Revista II


 

Comissão Editorial: 

- Hugo Anibal Gonzalez Vela
- João Armando Dessimon Machado
- Paulo Mucenecki
- Cristiano Nunes Gonçalves

Editorial: 

           A produção científica da Universidade Brasileira é um fato que vem sendo questionado nos últimos anos, alguns setores da mídia e até mesmo setores oficiais chegaram a estabelecer uma crítica sistemática nos primeiros anos da presente década. Muitos deles, embalados mais pelos rumores, do que por informações vindas de pesquisas rigorosas. Não conta ainda o Brasil com dados totais e gerais sobre sua produção científica e a real situação dos seus docentes e funcionários, que lhe permita realmente um redimensionamento da sua Universidade, mais de acordo às próprias transformações ocorridas no seio da Sociedade, inserida no contexto das mudanças globais. 

           Os esforços para conhecer tal processo com maiores detalhes tem sido isolados, obtendo-se informações mais regionais do que nacionais. E quando se publicam dados e críticas, extrapola-se um fato para o universo da comunidade universitária do país. O fato talvez se explique por que no Brasil de hoje, existam dezenas de universidades, algumas sofisticadas, com saliente infra-estrutura e corpo docente graduado nos últimos níveis e campos do conhecimento humano, e outras, muito modestas, sem qualquer infra-estrutura e dificuldades de Recursos Humanos capacitados, a rigor, são escolas que se autodenominam universidades. Esse fato obviamente é uma dentre as variáveis que interferem na produção científica da Universidade. 

           Contudo, apesar dos ataques dos inimigos da Ciência e da Cultura, a Universidade Brasileira e sua produção científica permite que o Brasil esteja entre os 30 países que mais publicam no mundo. Numa pesquisa mundial realizada pelo Instituto para a Informação Científica (ISI), dos EUA, as estatísticas mostraram uma listagem de 30 países cujos cientistas publicaram em conjunto mais de 80. A classificação foi dada segundo o número de citações que esses trabalhos receberam em estudos científicos pelo mundo afora. 

           Em resumo, a comprovação adversa de muitas teorias tidas como certas, no próprio mundo científico global, com todas suas nuances, conduzem ao desafio da superação de uma ambigüidade de submissão e contestação frente a modelos analíticos que atualmente se encontram defasados de uma visão realmente integrada do mundo, frente ao qual setores da universidade tendem a ficar imobilizados. Fato esse que logicamente fica para outra oportunidade. 

           Nesse contexto, cientes da necessidade de superar a crise estrutural e conjuntural que afeta a Universidade, dentre a que se situa a falta de produção científica, o DEAER e o CPGExR, unem seus esforços para oferecer uma modesta contribuição nesse sentido. 

           O presente número traz seis artigos distribuídos conforme a linha editorial de cada número, que para esse é o Associativismo e suas múltiplas formas, o qual vem se manifestando como uma alternativa viável à solução dos diversos problemas que atingem a população rural e urbana. 

           Foram elaboradas as seguintes abordagens: inicialmente a Extensão Rural, em segundo lugar uma análise à Sociologia Rural e em seguida quatro artigos ligados às cooperativas dos Assentados do Movimento sem Terra e às tendências de cooperativização entre produtores da região de Santa Maria. 

A Comissão Editorial

 

Sumário:

Editorial 01
Por uma Nova Extensão Rural: Fugindo da Obsolência. 
Francisco Roberto Caporal e José Antônio Costa Beber 
07
A Crítica da Sociologia Rural "Tradicional e a Busca de Abordagens Contemporâneas para o Espaço Agrário. 
José Marcos Froehlich 
33
O Sistema Cooperativado dos Assentados: Primeiros Resultados de um Processo. 
Hugo Anibal Gonzalez Vela 
49
Estrutura Agrária no RS: o Assentamento Nova Ramada. 
Derli Bolsin Trindade e Norton Luís Bueno da Silva 
63
Os Pequenos Produtores Familiares e a Cooperação Agrícola. 
Luís Alberto Cadoná e Hugo Anibal Gonzalez Vela 
79
Tendências da Cooperativização entre os Orizicultores de Santa Maria - RS. 
Hermiro Teixeira Mendes Filho 
111
Normas para publicação de trabalhos.
113

Voltar