A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, através do Departamento de Florestas
e áreas Protegidas do Estado do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal
de Santa Maria, através dos Departamentos de Ciências Florestais, Engenharia
Rural e Geociências, apresentam o Relatório Final do Inventário Florestal
Contínuo do Rio Grande do Sul, elaborado com o objetivo de fornecer
uma abordagem detalhada sobre o trabalho, incluindo sua origem, os aspectos
metodológicos, a estruturação do banco de dados e os resultados obtidos.
Este trabalho resulta da dedicação e esforço da equipe técnica da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, contando com a colaboração de técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, com o acompanhamento da Gerência Técnica constituída por representantes do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (DEFAP) e da Coordenação do trabalho na Universidade Federal de Santa Maria, ao longo de 03 anos de atividades.
O Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul foi planejado e organizado de forma a utilizar as técnicas mais avançadas, tanto na área de geoprocessamento quanto na área da mensuração florestal, a partir da definição do tipo de inventário a ser implantado e da experiência internacional em trabalhos similares.
A partir deste momento, o Rio Grande do Sul conta com um instrumento moderno de avaliação quantitativa e qualitativa de seus recursos florestais, incluindo o Mapeamento do Uso Atual da Terra. Este instrumento fornece informações detalhadas, suficientes e confiáveis, indispensáveis para a definição de políticas de desenvolvimento, de uso e conservação destes importantes recursos.
Além disso, os produtos do inventário (mapas, resultados quantitativos e qualitativos, banco de dados) apresentam informações em diferentes níveis, ponto amostral, carta geográficas da DSG ou Região Fisiográfica, Tipo Fitogeográfico, Bacia Hidrográfica, e Estado, inseridos em um banco de dados, que auxiliarão no planejamento, controle e fiscalização por parte do poder público, e servirão de referência na análise de projetos de licenciamento florestal e ambiental, tanto para o poder público como para os técnicos e proprietários de florestas, bem como para a educação ambiental e para a pesquisa científica.
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Objetivos gerais O Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul tem como objetivo principal fornecer, periodicamente (de 5 em 5 anos), informações atualizadas, suficientes e confiáveis sobre o estado dos recursos florestais e suas mudanças com o tempo, para embasar a definição de políticas florestais, a administração de recursos florestais e a elaboração de planos estratégicos, de curto e longo prazos, para o desenvolvimento e uso das florestas do Estado. Objetivos específicos Recursos Florestais e demais
formações vegetais naturais a) determinar a cobertura florestal, por tipo fitogeográfico, por carta, por bacia hidrográfica, por município e para o Estado; b) determinar o estoque madeireiro das florestas nativas do Estado, por unidade amostral, tipo fitogeográfico, por bacia hidrográfica e para o Estado; c) levantar a composição florística e a estrutura fitossociológica, por unidade amostral, por tipo fitogeográfico, por bacia hidrográfica e para o Estado; d) determinar a estrutura diamétrica das espécies, por unidade amostral, por tipo fitogeográfico, por bacia hidrográfica e para o Estado; e) levantar a regeneração natural, por unidade amostral, por tipo fitogeográfico, por bacia hidrográfica e para o Estado; f) levantar as condições silviculturais das florestas e práticas necessárias para os próximos 5 anos, por unidade amostral, por tipo fitogeográfico e por bacia hidrográfica; g) registrar a ocorrência de espécies da fauna, por unidade amostral, por tipo fitogeográfico e por bacia hidrográfica; Parcelas Permanentes para determinar: a) o crescimento periódico das florestas em diâmetro, altura, área basal e volume, por unidade amostral, por tipo fitogeográfico, por bacia hidrográfica e para o Estado; b) o ingresso ou recrutamento periódico das florestas, por unidade amostral, por tipo fitogeográfico, por bacia hidrográfica e para o Estado; c) a mortalidade periódica das florestas, por unidade amostral, por tipo fitogeográfico, por bacia hidrográfica e para o Estado; d) a intensidade de cortes, por unidade amostral, por tipo fitogeográfico, por bacia hidrográfica e para o Estado; e) a ocorrência de danos nas florestas causados por incêndios, pragas, doenças, poluição, ventos, etc. por unidade amostral, por tipo fitogeográfico, por bacia hidrográfica e para o Estado; f) a atualização dos dados auferidos no inventário inicial. Recursos florestais
plantados a) determinar a área coberta por florestas plantadas, por gênero, por carta, por bacia hidrográfica e para o Estado; b) classificar as áreas de florestas por classe de tamanho, por gênero, por região fisiográfica, por bacia hidrográfica e para o Estado; c) determinar a produção madeireira, por gênero, por unidade amostral, por região fisiográfica e para o Estado; d) determinar as estimativas dos parâmetros dendrométricos das florestas, por gênero, por unidade amostral, por região fisiográfica e para o Estado; e) determinar e classificar a qualidade dos povoamentos, por gênero, por unidade amostral, por região fisiográfica e para o Estado; f) elaborar equações volumétricas, por gênero e para o Estado; Parcelas permanentes para determinar: a) o crescimento médio anual e periódico das florestas em diâmetro, altura, área basal e volume, por espécie e idade, por unidade amostral, por região fisiográfica e para o Estado; b) a intensidade de cortes e desbastes, por espécie, por unidade amostral, por região fisiográfica e para o Estado; c) a ocorrência de danos nas florestas causados por incêndios, pragas, doenças, poluição, ventos, etc., por unidade amostral, por região fisiográfica e para o Estado; Informações complementares a) quantificar as áreas de culturas agrícolas, de pastagens, de lâminas d'água, banhados, infra-estrutura, mineração, áreas degradadas, áreas em processo de arenização e áreas sem uso definido; b) registrar atividades de recreação e ecoturismo existente nas áreas amostradas (localização, acesso, condições para visitação pública, etc.); c) registrar as áreas de florestas nativas submetidas ao uso múltiplo, áreas de proteção e de unidades de conservação; d) registrar, por observação e relato dos proprietários, a ocorrência de espécies de fauna nas áreas amostradas. |
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Coordenação: Mapeamento do Uso
Atual da Terra Identificação Botânica Prof. Solon Jonas Longhi,
Engº Florestal, MSc., Dr. - UFSM - Coordenador Digitação e consistência de dados Prof. Doádi Antônio Brena,
Engº Florestal, MSc. Dr. - UFSM Processamento e análise de dados Prof. Ênio Giotto, Engº
Florestal, MSc. Dr. - UFSM - Coordenador Coleta de dados de campo Christiano Andreola Krewer, Engº Florestal Auxiliares
Estagiários - Acadêmicos do Curso de Engenharia Florestal
Secretária Naira Maria Segatto de Oliveira, Serv. Técnico Administrativo - UFSM
A Coordenação da Equipe Executora do Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul agradece todas as pessoas que contribuíram, direta ou indiretamente, para que este trabalho fosse realizado. Inicialmente, externa sua gratidão ao Governador Antonio Britto que, juntamente com o então Secretário da Agricultura e do Abastecimento Cezar Schirmer e o Diretor do Departamento de Recursos Naturais Renováveis Milton Landri Stacke, decidiram realizar o Inventário Florestal do Rio Grande do Sul através de um Convênio com a Universidade Federal de Santa Maria. Agradece ao Governador Olívio Dutra, ao Secretário de Estado do Meio Ambiente Cláudio Langone, ao Diretor do Departamento de Florestas e áreas Protegidas Luiz Felipe Kunz Júnior, que deram continuidade e concluiram esta primeira edição do trabalho. Do mesmo modo, agradece ao Governador Germano Rigotto, ao Secretário de Estado do Meio Ambiente José Alberto Wenzel, ao Diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas Antônio Carlos Bueno e Souza, que estão disponibilizando os resultados desta primeira edição aos usuários e à quem cabe a missão de realizar a segunda edição do Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul em 2004, com possibilidade de ser realizado um novo Mapeamento do Uso da Terra ainda em 2003. À Universidade Federal de Santa Maria, na pessoa do Magnífico Reitor Paulo Jorge Sarkis, pela confiança e apoio incondicionais depositados à Equipe Executora e esforço permanente para que o trabalho não sofresse solução de continuidade. Aos membros da Gerência Técnica do Inventário Florestal pelo Estado: Fátima Miranda Pereira, Salete Beatriz Ferreira, Maria Cristina Flora Souza e Vili Saldanha pela convivência nestes três anos de trabalho. De modo particular, aos colegas Fernando e Porto (in memorium) falecidos em um acidente aéreo em 2.001. À Fundaçao de Apoio á Tecnologia e Ciência pelo competente gerenciamento financeiro do Convênio. Aos colegas Solon Jonas Longhi, Pedro Roberto de Azambuja Madruga e Enio Giotto pela dedicação, companheirismo e competência no desempenho das funções que lhes foram confiadas. A todos os membros da Equipe Executora e a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para realização deste trabalho, a nossa sincera gratidão
Prof. Doádi Antônio Brena Coordenador
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