<<volta
RESULTADOS
GERAIS PARA O ESTADO
De acordo com
os resultados apresentados no Capítulo III, o Rio Grande
do Sul possui 49.329,27 km² (4.932.927 ha) de florestas naturais
em estágios iniciais, médios e avançados de
sucessão, o que representa 17,44% da superfície do
Estado.
Os resultados gerais foram obtidos processando-se, conjuntamente,
todas as unidades amostrais levantadas em florestas naturais, visando
reportar a realidade do conjunto e estabelecer comparativos.
Estágios Sucessionais Médio e Avançado
a) Composição
Florística
Nas 366 unidades
amostrais levantadas no Estado foram encontradas 383 espécies
pertencentes a 213 gêneros e 81 famílias botânicas,
dentre os indivíduos com CAP > ou = 30 cm. Além
destas, ocorreram 39 árvores mortas, 4 cipós e 3 não
identificadas, por hectare, e 14 espécies exóticas:
Citrus sp., Tecoma stans, Hovenia dulcis, Melia
azedarach, Eribotrya japonica, Morus nigra, Morus
alba, Psidium guajava, Platanus x acerifolia,
Sequoia sempenvirens, Ligustrum lucidum, Prunus
persica, Persea americana e Syzygium jambos.
As comunidades
amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média
de 2,38, conforme calculado pelo Índice de Diversidade de
Shannon, o qual apresentou variação entre 0,6616 (Parcela
631) e 3,6697 (Parcela 1548).
As famílias
encontradas no
Estado foram as seguintes: Myrtaceae (69 espécies), Lauraceae
(25 espécies), Mimosaceae e Euphorbiaceae (16 espécies),
Fabaceae (15 espécies), Asteraceae e Rubiaceae (13 espécies),
Solanaceae (11 espécies), Flacourtiaceae, Rutaceae, Verbenaceae
e Bignoniaceae (10 espécies), Meliaceae, e Sapindaceae (9
espécies), Moraceae (8 espécies), Anacardiaceae, Aquifoliaceae,
Caesalpiniaceae, Sapotaceae e Celastraceae (7 espécies),
Annonaceae (5 espécies), Myrsinaceae (6 espécies),
Apocynaceae, Araliaceae, Melastomataceae, Monimiaceae, Rhamnaceae
e Ulmaceae (4 espécies).
Das 53 famílias
restantes, 7 apresentaram 3 espécies, 16 apresentaram 2 espécies,
e 30 apresentaram 1 espécie apenas.
b) Parâmetros Dendrométricos
O diâmetro médio de 18,27 cm, variando entre 12,26
cm (Parcela 835) e 32,44 cm (Parcela 628); o diâmetro mínimo
foi 9,55 cm, que constitui o limite inferior fixado na amostragem
para o levantamento do estoque de crescimento; o diâmetro
máximo encontrado foi de 155,02 cm, pertencente a um exemplar
de Ficus organensis (Figueira-miúda), árvore nº
432 da parcela 1548 - Carta de Gravataí; o coeficiente de
variação médio dos diâmetros foi de 48,99%,
variando de 19,78% (Parcela 631) a 102,05% (Parcela 1509).
A altura total
média foi de 10,55 m, variando de 2,9 m (Parcela1602) a 16,09
m (Parcela 316); a altura total mínima medida foi de 1,0
m; a altura total máxima encontrada foi de 38,8 m, pertencente
a um exemplar de Apuleia leiocarpa, árvore nº 207 (Parcela
239); o coeficiente de variação médio da altura
total foi de 30,42%, variando de 10,9% (Parcela 1210) a 68,9% (Parcela
839).
A altura comercial
média foi estimada em 5,43 m, variando entre 2,98 m (Parcela
1602) e 14,78 m (Parcela 1546); a altura comercial mínima
medida foi de 0,3 m; a altura comercial máxima medida, sem
considerar árvores mortas e cipós, foi de 29,3 m,
pertencente a um exemplar de Araucaria angustifolia - árvore
813 da parcela 320; e o coeficiente de variação médio
das alturas comerciais foi de 41,19%, variando entre 19,49% (Parcela
1602) e 84,62% (Parcela 913).
O número
médio de árvores, considerando todos os indivíduos
com CAP> ou = 30 cm, foi estimado em 857,63 árvores/ha,
variando entre 130 árvores/ha (Parcela 1601) e 2.070 árvores/ha
(Parcela 1517).
A área
basal média resultou em 28,04 m²/ha, variando entre
3,59 m²/ha (Parcela 1601) e 62,02 m²/ha (Parcela 2807).
O volume comercial médio foi estimado em 164,14 m³/ha,
variando entre 14,18 m³/ha (Parcela 1601) e 440,36 m³/ha
(Parcela1541).
c) Produção Quantitativa por Espécie e por
Hectare
A distribuição
dos indivíduos por espécie e por classe de diâmetro,
esta resumida nas Tabelas abaixo.
As 20 espécies
que mais contribuíram para a composição do
volume comercial, liderada pela Araucaria angustifolia, incluindo
as árvores mortas, estão apresentadas na Tabela abaixo,
as quais foram responsáveis por, aproximadamente, metade
do estoque de produção das florestas naturais do Estado,
ou seja, 83,66 m³/ha (51,09%) do volume comercial, 409,66 árvores/ha
(47,77%) e 13,69 m²/ha (48,88%) da área basal.
Analisando-se
a estrutura diamétrica da produção quantitativa,
para todas as espécies amostradas no Estado, verifica-se
que: na classe diamétrica 10-20 cm concentravam-se 58,31
m³/ha (35,60%) do volume comercial, 626,79 árvores/ha
(73,09%) e 9,17 m²/ha (32,76%) da área basal; na classe
20-30 cm, 41,75 m³/ha (25,49%) do volume comercial, 148,94
árvores/ha (17,37%) e 6,88 m²/ha (24,58%) da área
basal; na classe 30-40 cm, 26,04 m³/ha (15,90%) do volume comercial,
50,07 árvores/ha (5,84%) e 4,61 m²/ha (16,47%) da área
basal; na classe 40-50 cm, 15,29 m³/ha (9,34%) do volume comercial,
18,36 árvores/ha (2,14%) e 2,85 m²/ha (10,188%) da área
basal; na classe 50-60 cm, 8,66 m³/ha (5,29%) do volume comercial,
6,97 árvores/ha (0,81%) e 1,63 m²/ha (5,82%) da área
basal; na classe 60-70 cm, 5,63 m³/ha (3,44%) do volume comercial,
3,47 árvores/ha (0,40%) e 1,12 m²/ha (4,00%) da área
basal; na classe 70-80 cm, 41,75 m³/ha (25,49%) do volume comercial,
148,94 árvores/ha (17,37%) e 6,88 m²/ha (24,58%) da
área basal; na classe 80-90 cm, 2,42 m³/ha (1,48%) do
volume comercial, 0,76 árvores/ha (0,09%) e 0,42 m²/ha
(1,50%) da área basal; e na classe > 90 cm, 2,55 m³/ha
(1,56%) do volume comercial, 0,80 árvores/ha (0,09%) e 0,68
m²/ha (2,43%) da área basal.
Espécie
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Araucaria
angustifolia
Sebastiania commersoniana
Mortas
Nectandra megapotamica
Luehea divaricata
Lithraea brasiliensis
Cupania vernalis
Matayba elaeagnoides
Patagonula americana
Parapiptadenia rigida
Ocotea puberula
Ocotea pulchella
Blepharocalyx salicifolius
Euterpe edulis
Allophylus edulis
Eugenia uniflora
Nectandra lanceolata
Casearia sylvestris
Lithraea molleoides
Cabralea canjerana
Sub-total
Restantes
TOTAL
|
11,7
9,09
7,45
5,58
5,27
4,81
4,73
4,27
3,19
3,19
3,15
3,14
2,89
2,56
2,28
2,26
2,17
2,08
1,98
1,87
83,66
80,11
163,77
|
7,14
5,55
4,55
3,41
3,22
2,94
2,89
2,61
1,95
1,95
1,92
1,92
1,76
1,56
1,39
1,38
1,33
1,27
1,21
1,14
51,08
48,92
100,00
|
14,54
71,33
39,31
22,36
23,56
28,13
28,55
18,55
9,8
11,63
9,88
10,8
13,01
20,52
18,22
24,59
7,2
20,24
11,25
6,19
409,66
447,96
857,62
|
1,70
8,32
4,58
2,61
2,75
3,28
3,33
2,16
1,14
1,36
1,15
1,26
1,52
2,39
2,12
2,87
0,84
2,36
1,31
0,72
47,77
52,23
100,00
|
1,30
1,59
1,25
0,91
0,93
0,88
0,75
0,76
0,60
0,56
0,50
0,59
0,50
0,27
0,41
0,41
0,36
0,36
0,41
0,35
13,69
14,31
28,00
|
4,64
5,68
4,46
3,25
3,32
3,14
2,68
2,71
2,14
2,00
1,79
2,11
1,79
0,96
1,46
1,46
1,29
1,29
1,46
1,25
48,89
51,11
100,00
|
Classe
DAP(cm)
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
10
- 20
20 - 30
30 - 40
40 - 50
50 - 60
60 - 70
70 - 80
80 - 90
> 90
TOTAL |
58,31
41,75
26,04
15,29
8,66
5,63
3,12
2,42
2,55
163,77
|
35,60
25,49
15,90
9,33
5,29
3,44
1,91
1,48
1,56
100,00
|
626,79
148,94
50,07
18,36
6,97
3,47
1,45
0,76
0,81
857,62
|
73,09
17,37
5,84
2,14
0,81
0,40
0,17
0,09
0,09
100,00
|
9,17
6,88
4,61
2,86
1,63
1,12
0,63
0,42
0,68
28,00
|
32,75
24,57
16,46
10,22
5,82
4,00
2,25
1,50
2,43
100,00
|
Nesta distribuição
do estoque de crescimento pode-se verificar também que, nas
classes diamétricas de10-40 cm concentravam-se 126,1 m³/ha
(77,00%) do volume comercial, 825,8 árvores/ha (96,29%) e
20,66 m²/ha (73,78%) da área basal.;
d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
Qualidade
do tronco
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Qualidade
1
Qualidade 2
Qualidade 3
Qualidade 4
Não classificado
TOTAL |
26,04
74,96
51,54
4,65
6,55
163,77
|
15,90
45,77
31,47
2,84
4,02
100,00
|
66,74
359,80
370,56
25,96
34,56
857,62
|
7,78
41,95
43,21
3,03
4,03
100,00
|
3,91
12,77
9,27
0,98
1,07
28,00
|
13,96
45,61
33,11
3,50
3,82
100,00
|
Estes resultados
mostram que a classe de qualidade 1 (Fuste reto, cilíndrico,
sem defeitos internos aparentes, livres de nós e galhos,
que permite obter madeira de alta qualidade) concentra 26,04 m³/ha
(15,90%), 66,74 árvores/ha (7,78%) e 3,91 m²/ha (13,96%)
da área basal; a classe de qualidade 2 (Fuste reto a levemente
tortuoso, cilíndrico ou com pequena excentricidade, sem defeitos
aparentes, presença de pequenos galhos, que permite obter
madeira de boa qualidade) concentra 74,96 m³/ha (45,77%), 359,80
árvores/ha (41,95%) e 12,77 m²/ha (45,61%) da área
basal; a classe de qualidade 3 (Fuste com tortuosidade acentuada,
excêntrico ou não, com sinais de defeitos internos
e externos, presença de galhos de porte regular, que permite
obter madeira com qualidade regular) concentra 51,54 m³/ha
(31,47%), 370,56 árvores/ha (43,21%) e 9,27 m²/ha (33,11%)
da área basal; a classe de qualidade 4 (Fuste inaproveitável,
podre, oco, que não permite qualquer aproveitamento) concentra
4,65 m³/ha (2,84%), 25,96 árvores/ha (3,03%) e 0,98
m²/ha (3,50%) da área basal; e as não classificadas
concentram 6,58 m³/ha (4,02%), 34,56 árvores/ha (4,03%)
e 1,07 m²/ha (3,82%) da área basal.
e) Produção Qualitativa: Sanidade
Sanidade
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Danos
animais
Danos complexos
Danos fungos
Danos insetos
Danos abióticos
Mortas
Saudável
Não classificado
TOTAL |
0,08
19,09
5,12
3,75
16,84
5,36
110,60
2,93
163,77
|
0,05
11,66
3,13
2,29
10,28
3,27
67,53
1,79
100,00
|
0,25
99,67
25,40
16,47
101,91
29,01
568,46
16,45
857,62
|
0,03
11,62
2,96
1,92
11,88
3,38
66,29
1,92
100,00
|
0,02
3,44
0,96
0,74
3,11
0,94
18,33
0,46
28,00
|
0,07
12,29
3,43
2,64
11,11
3,36
65,46
1,64
100,00
|
Nesta Tabela
pode-se observar que: 0,08 m³/ha (0,05%) do volume comercial,
0,25 árvores/ha (0,03%) e 0,02 m²/ha (0,07%) da área
basal apresentaram danos por animais; 19,09 m³/ha (11,66%)
do volume comercial, 99,67 árvores/ha (11,62%) e 3,44 m²/ha
(12,29%) da área basal apresentaram danos complexos (causados
por mais de um agente); 5,12 m³/ha (3,13%) do volume comercial,
25,40 árvores/ha (2,96%) e 0,96 m²/ha (3,43%) da área
basal apresentaram danos por fungos (causadores de apodrecimento);
3,75 m³/ha (2,29%) do volume comercial, 16,47 árvores/ha
(1,92%) e 0,74 m²/ha (2,64%) da área basal apresentaram
danos por insetos; 16,84 m³/ha (10,28%) do volume comercial,
101,91 árvores/ha (11,88%) e 3,11 m²/ha (11,11%) da
área basal apresentaram danos abióticos (especialmente
pelos ventos); 5,36 m³/ha (3,27%) do volume comercial, 29,01
árvores/ha (3,38%) e 0,94 m²/ha (3,36%) da área
basal eram compostos por árvores mortas; 110,60 m³/ha
(67,53%) do volume comercial, 568,47 árvores/ha (66,29%)
e 18,33 m²/ha (65,46%) da área basal eram compostos
por árvores saudáveis; e 2,93 m³/ha (1,79%) do
volume comercial, 16,45 árvores/ha (1,92%) e 0,46 m²/ha
(1,64%) da área basal eram compostos por árvoreas
não classificadas.
f) Produção
Qualitativa: Classe de Copa
Classe
de Copa
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
Copa
curta
Copa danificada
Copa longa
Copa média
Não classificado
TOTAL |
35,36
6,01
23,35
92,01
7,04
163,77
|
21,59
3,67
14,26
56,18
4,30
100,00
|
186,68
35,03
108,48
489,58
37,85
857,62
|
21,77
4,08
12,65
57,09
4,41
100,00
|
5,13
1,10
4,59
16,01
1,17
28,00
|
18,32
3,93
16,39
57,18
4,18
100,00
|
Observa-se nesta
Tabela que 35,36 m³/ha (21,59%) do volume comercial, 186,68
árvores/ha (21,77%) e 5,13 m²/ha (18,32%) da área
basal eram compostos por árvores que apresentavam copa curta
(comprimento menor do que ¼ da altura total da árvore);
6,01 m³/ha (3,67%) do volume comercial, 35,03 árvores/ha
(4,08%) e 1,10 m²/ha (3,93%) da área basal apresentaram
copa danificada (por ação dos ventos, ou falta de
espaço no dossel); 23,35 m³/ha (14,26%) do volume comercial,
108,48 árvores/ha (12,65%) e 4,59 m²/ha (16,39%) da
área basal apresentavam copa longa (comprimento maioer do
que ½ da altura total da árvore); 92,01 m³/ha
(56,18%) do volume comercial, 489,58 árvores/ha (57,09%)
e 16,01 m²/ha (57,18%) da área basal apresentavam copa
média (comprimento entre ½ e ¼ da altura total
da árvore; e 7,04 m³/ha (4,30%) do volume comercial,
37,85 árvores/ha (4,41%) e 1,17 m²/ha (4,18%) da área
basal eram compostos por árvores não classificadas.
g) Produção
Qualitativa: Tendência de Valorização
Classe
de valorização
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Cresc.
insignificante
Cresc. médio
Cresc. promissor
Não classificado
TOTAL
|
48,02
63,09
45,69
6,97
163,77
|
29,32
38,52
27,90
4,26
100,00
|
311,53
357,79
150,77
37,53
857,62
|
36,33
41,72
17,58
4,37
100,00
|
8,40
10,81
7,63
1,16
28,00
|
30,00
38,61
27,25
4,14
100,00
|
Observa-se nestes
resultados que: 48,02 m³/ha (29,32%) do volume comercial, 311,53
árvores/ha (36,33%) e 8,40 m²/ha (30,00%) da área
basal eram compostos por árvores com crescimento insignificante
(os indivíduos não dispõem de espaço
no dossel para crescer, tendendo a permanecer na mesma posição
sociológica); 63,09 m³/ha (38,52%) do volume comercial,
357,79 árvores/ha (41,72%) e 10,81 m²/ha (38,61%) da
área basal eram compostos por árvores com crescimento
médio (os indivíduos dispõem de espaço
com restrições, possibilitando mudança lenta
na posição sociológica); 45,69 m³/ha (27,90%)
do volume comercial, 150,76 árvores/ha (17,58%) e 7,63 m²/ha
(27,25%) da área basal eram compostos por árvores
com crescimento promissor (os indivíduos possuem espaço
ideal para crescer, propiciando mudança ascendente na posição
sociológica); e 6,97 m³/ha (4,26%) do volume comercial,
37,52 árvores/ha (4,37%) e 1,16 m²/ha (4,14%) da área
basal eram compostos por árvores com não classificadas.
h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica
Posição
Sociológica
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Estrato
co-dominante
Estrato dominado
Estrato dominante
Estrato suprimido
Não classificada
TOTAL |
57,82
23,18
73,71
2,05
7,01
163,77
|
35,31
14,15
45,01
1,25
4,28
100,00
|
374,73
239,51
189,08
16,93
37,37
857,62
|
43,69
27,93
22,05
1,97
4,36
100,00
|
9,68
4,12
12,67
0,37
1,16
28,00
|
34,57
14,72
45,25
1,32
4,14
100,00
|
Observa-se nestes
resultados que: 57,82 m³/ha (35,31%) do volume comercial, 374,73
árvores/ha (43,69%) e 9,68 m²/ha (34,57%) da área
basal eram compostos por árvores que ocupavam o estrato co-dominante;
23,18 m³/ha (14,15%) do volume comercial, 239,51 árvores/ha
(27,93%) e 4,12 m²/ha (14,72%) da área basal eram compostos
por árvores que ocupavam o estrato dominado; 73,71 m³/ha
(45,01%) do volume comercial, 189,08 árvores/ha (22,05%)
e 12,67 m²/ha (45,25%) da área basal eram compostos
por árvores que ocupavam o estrato dominante; 2,05 m³/ha
(1,25%) do volume comercial, 16,93 árvores/ha (1,97%) e 0,37
m²/ha (1,32%) da área basal eram compostos por árvores
que ocupavam o estrato suprimido; e 7,01 m³/ha (4,28%) do volume
comercial, 37,37 árvores/ha (4,36%) e 1,16 m²/ha (4,14%)
da área basal eram compostos por árvores não
classificadas.
i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
As espécies
mais importantes do Estado estão relacionadas abaixo, por
ordem do Valor de Importância (VI), sendo as mais abundantes,
dominantes e freqüentes da floresta.
Estas 20 espécies (5,00% do total), juntamente com as mortas,
representavam 48,99% da Densidade Relativa (número de indivíduos),
30,03% da Freqüência Relativa, 48,77% da Dominância
Relativa (área basal), 42,60% do Valor de Importância
e 48,88% do Valor de Cobertura total da floresta.
Espécie
|
DR
|
FR
|
DoR
|
VI(%)
|
VI(%)
Acum
|
VC(%)Acum
|
VC(%)Acum
|
Sebastiania
commersoniana
Mortas
Cupania vernalis
Luehea divaricata
Nectandra megapotamica
Lithraea brasiliensis
Araucaria angustifolia
Matayba elaeagnoides
Allophylus edulis
Eugenia uniflora
Casearia sylvestris
Ocotea pulchella
Blepharocalyx salicifolius
Parapiptadenia rigida
Patagonula americana
Ocotea puberula
Sebastiania brasiliensis
Euterpe edulis
Podocarpus lambertii
Lithraea molleoides
Sub total
Restantes
TOTAL
|
8,32
4,58
3,33
2,75
2,61
3,28
1,69
2,16
2,12
2,87
2,36
1,26
1,52
1,35
1,14
1,15
1,60
2,39
1,20
1,31
48,99
51,01
100,00
|
2,53
3,57
2,10
1,83
2,03
1,33
0,82
1,82
2,24
1,46
1,58
1,47
1,28
1,10
1,09
1,27
1,48
0,21
0,44
0,38
30,03
69,97
100,00
|
5,69
4,45
2,69
3,33
3,26
3,16
4,63
2,71
1,48
1,47
1,29
2,09
1,78
2,00
2,15
1,79
0,79
0,96
1,58
1,47
48,77
51,23
100,00
|
5,51
4,20
2,71
2,64
2,63
2,59
2,38
2,23
1,95
1,93
1,74
1,61
1,53
1,48
1,46
1,40
1,29
1,19
1,07
1,05
42,60
57,40
100,00
|
5,51
9,71
12,42
15,06
17,69
20,28
22,66
24,89
26,84
28,77
30,51
32,12
33,65
35,13
36,59
37,99
39,28
40,47
41,54
42,60
|
7,01
4,52
3,01
3,04
2,94
3,22
3,16
2,44
1,80
2,17
1,83
1,68
1,65
1,68
1,65
1,47
1,20
1,68
1,39
1,39
48,88
51,12
100,00
|
7,01
11,52
14,53
17,57
20,51
23,73
26,89
29,32
31,12
33,29
35,12
36,79
38,44
40,12
41,76
43,23
44,43
46,10
47,49
48,88
|
A maioria das
espécies tiveram todos os parâmetros contribuindo para
o resultado do valor de importância, porém Sebastiania
commersoniana ficou melhor hierarquizada na estrutura da floresta,
principalmente, devido a densidade e dominância de indivíduos.
As outras 380
espécies (95,00% do total), incluindo as exóticas
encontradas mais os cipós representavam 51,01% da Densidade
Relativa, 69,97% da Freqüência Relativa, 51,23% da Dominância
Relativa, 57,40% do Valor de Importância e 51,12% do Valor
de Cobertura total.
As árvores mortas (4,20% do VI) aparecem em segundo lugar
na ordem de importância das espécies, caracterizando
um processo natural de substituição dos indivíduos
na dinâmica da floresta.
j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies
com distribuição regular de indivíduos nos
estratos, isto é, com maior número nos estratos inferiores,
diminuindo para os superiores são os mais estáveis
na associação.
k) Regeneração
Natural
- Composição
Florística:
Foram
encontradas 333 espécies pertencentes a 186 gêneros
e 75 famílias, além de alguns indivíduos mortos
e não identificados, incluindo cipós. O Índice
de Diversidade médio de Shannon foi de 1,6374.
A família
Myrtaceae foi a mais representativa na regeneração
natural, com 60 espécies; Lauraceae (20 espécies),
Solanaceae (16 espécies), Rubiaceae (14 espécies),
Mimosaceae e Euphorbiaceae (12), Asteraceae e Fabaceae (11), Flacourtiaceae
e Meliaceae (9), Rutaceae e Sapindaceae (8), Verbenaceae e Celastraceae
(7); Anacardiaceae, Caesalpiniaceae, Moraceae e Myrsinaceae (6),
Aquifoliaceae (5), Annonaceae, Bignoniaceae, Monimiaceae, Sapotaceae
e Melastomataceae (4). Das 51 famílias restantes, 9 apresentaram
3 espécies, 11 apresentaram 2 espécies e 31 famílias
com 1 espécie apenas.
- Parâmetros
Dendrométricos:
O diâmetro
médio da regeneração natural foi de 3,48 cm,
variando entre 1,45 cm (Parcela 712) e 8,00 cm (Parcela 1304 e 1605);
o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo
foi de 8,72 cm; o coeficiente de variação médio
dos diâmetros foi de 44,81%, variando de 2,89% (Parcela 1304)
a 94,09% (Parcela 1603).
A altura total
média da regeneração natural, foi de 5,67 m,
variando de 1,67 m (Parcela 1603) a 9,81 m (Parcela 1209); a altura
total mínima medida foi de 1,30 m e a máxima foi 25
m; o coeficiente de variação médio da altura
total foi de 37,96%, variando de 6,65% (Parcela 1707) a 70,71% (Parcela
712).
O número
médio de indivíduos na regeneração natural,
considerando todos os indivíduos com CAP ³
3,0 cm e < 30,0cm, resultou 7.545,9 indivíduos/ha,
variando entre 20 indivíduos/ha (Parcela 1605) e 29.000 indivíduos/ha
(Parcela 237).
A área
basal média da regeneração natural resultou
em 5,61 m²/ha, variando entre 0,1005 m²/ha (Parcela 1605)
e 22,3220 m²/ha (Parcela 1104).
A média do Índice de Diversidade de Shannon foi de
1,6374, variando entre 0,1461 (Parcela 1223) e 3,1752 (Parcela 1319).
- Distribuição
de Freqüência
A distribuição do número de indivíduos
por classes diamétricas e classes de altura das espécies
amostradas na regeneração natural (CAP entre 3 e 30
cm) do Estado encontra-se, de forma resumida, na Tabela abaixo.
Espécies
|
Altura
< 3 m
|
Altura
3-6 m
|
Altura
> 6 m
|
Total
|
Nº
|
%
|
Nº
|
%
|
Nº
|
%
|
Nº
|
%
|
Eugenia
uniflora
Gymnanthes concolor
Sebastiania commersoniana
Cupania vernalis
Sebastiania brasiliensis
Myrciaria tenella
Trichilia elegans
Allophylus edulis
Scutia buxifolia
Matayba elaeagnoides
Casearia sylvestris
Blepharocalyx salicifolius
Pilocarpus pennatifolius
Styrax leprosus
Sorocea bonplandii
Guettarda uruguensis
Allophylus guaraniticus
Dalbergia frutescens
Eugenia uruguayensis
Myrsine umbellata
Sub-total
Restantes
TOTAL |
141,8
152,5
78,5
135,2
92,7
95,4
89,6
27,4
50,8
60,7
18,6
45,9
42,9
45,9
32,5
27,6
59,6
8,5
45,4
23,2
1274,7
1357,1
2631,8
|
5,39
5,79
2,98
5,14
3,52
3,62
3,40
1,04
1,93
2,31
0,71
1,74
1,63
1,74
1,23
1,05
2,26
0,32
1,73
0,88
48,43
51,57
100,0
|
392,1
183,1
185,1
141,5
113,4
104,7
100,0
106,8
74,5
59,6
66,2
51,2
55,7
43,8
52,7
31,3
24,2
31,1
26,0
43,1
1886,1
1557,0
3443,1
|
11,39
5,32
5,38
4,11
3,29
3,04
2,90
3,10
2,16
1,73
1,92
1,49
1,62
1,27
1,53
0,91
0,70
0,90
0,76
1,25
54,78
45,22
100,0
|
72,4
48,4
75,6
39,3
55,0
32,9
21,6
28,5
28,9
33,2
32,0
16,5
10,9
12,2
15,7
27,6
2,2
43,5
11,1
12,4
619,9
851,1
1471,0
|
4,92
3,29
5,14
2,67
3,74
2,24
1,47
1,94
1,96
2,26
2,18
1,12
0,74
0,83
1,07
1,88
0,15
2,96
0,75
0,84
42,14
57,86
100,0
|
606,3
384,0
339,2
316,0
261,1
233,0
211,2
162,7
154,2
153,5
116,8
113,6
109,5
101,9
100,9
86,5
86,0
83,1
82,5
78,7
3780,7
3765,2
7545,9
|
8,03
5,09
4,50
4,19
3,46
3,09
2,80
2,16
2,04
2,03
1,55
1,51
1,45
1,35
1,34
1,15
1,14
1,10
1,09
1,04
50,10
49,90
100,0
|
Dos 7.545,9
indivíduos por hectare encontrados na regeneração
natural, 2.631,8 apresentavam alturas menores
que 3 m, 3.443,1
entre 3 e 6 m e 1.471,0 maiores que 6 m de altura.
As 20 espécies relacionadas nesta Tabela foram as mais abundantes
na regeneração natural, contribuindo com 3.780,7 indivíduos
por hectare, o que representa 50,10% da regeneração
natural. As demais espécies, com 3.765,2 indivíduos
por hectare, contribuiram com 49,90% dos indivíduos.
Observou-se
ainda, uma expressiva presença de cipós, ocorrendo
308,66 indivíduos por hectare, o que representa 4,09% do
total.
Estágios
Sucessionais Iniciais
a) Composição
florística
Foram
encontradas 204 espécies pertencentes à 55 famílias
botânicas, além de indivíduos não identificados,
mortos, cipós e 8 espécies exóticas (Tecoma
stans, Persia americana, Melia azadarach, Hovenia dulcis, Ligustrum
lucidum, Prunus persica, Psidium guajava e Acacia mearnsii).
O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,5095.
As famílias
Myrtaceae e Asteraceae, com 22 espécies, foram as mais representativas
dos Estágios Iniciais, seguidas de Mimosaceae (12), Lauraceae
(9), Fabaceae e Solanaceae (8); Anacardiaceae, Flacourtiaceae, Rutaceae
e Sapindaceae (7); Euphorbiaceae, Melastomataceae e Myrsinaceae
(6); Meliaceae e Ulmaceae (5), Caesalpiniaceae e Sapotaceae (4);
Annonaceae, Aquifoliaceae, Boraginaceae, Celastraceae e Rubiaceae
(3).
Das 33 famílias
restantes, 11 apresentaram 2 espécies e 22 uma única
espécie.
b) Parâmetros
dendrométricos
O diâmetro
médio dos estágios iniciais foi de 3,67 cm, variando
entre 1,24 cm (Parcela 863) e 12,85 cm (Parcela 1803); o diâmetro
mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de
74,8 cm; o coeficiente de variação médio dos
diâmetros foi de 53,36%, variando entre 22,49% (Parcela 861)
e 155,59% (Parcela 864).
A altura total
média, foi de 4,11 m, variando entre 1,53 m (Parcela 1554)
a 7,68 m (Parcela 1224); a altura total mínima medida foi
de 1,30 m e a máxima foi 21,20 m; o coeficiente de variação
médio da altura total foi de 31,82%, variando entre 11,15%
(Parcela 808) e 69,40% (Parcela 627).
O número
médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos
com CAP > ou = 3,0 cm, resultou 13.327,41 indivíduos/ha,
variando entre 1.110,0 indivíduos/ha (Parcela 1523 e 2407)
e 43.000,0 indivíduos/ha (Parcela 1524).
A área
basal média resultou em 12,82 m²/ha, variando entre
1,0254 m²/ha (Parcela 2407) e 39,2316 m²/ha (Parcela 2409).
O Índice
de Diversidade de Shannon foi de 1,5095, variando entre 0,2204 (Parcela
606) e 2,5847 (Parcela 845).
c) Distribuição
de freqüência
A distribuição do número de indivíduos
por classes de diâmetro e de altura das espécies amostradas
nos estágios iniciais (CAP > 3 cm) das florestas do Estado
encontra-se sumarizados na Tabela abaixo, destacando-se as espécies
mais abundantes.
Foram encontrados
13.327,4 indivíduos por hectare nos estágios iniciais
de sucessão, sendo 4.915,2 menores que 3 m de altura 6.463,9
entre 3 e 6 m de altura e 1.948,3 indivíduos maior que 6
m de altura.
Espécie
|
Altura
< 3 m
|
Altura
3-6 m
|
Altura
> 6 m
|
Total
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
Eugenia
uniflora
Baccharis semiserrata
Sebastiania commersoniana
Cupania vernalis
Escallonia bifida
Dodonaea viscosa
Dalbergia frutescens
Myrcia bombycina
Scutia buxifolia
Eupatorium serratum
Baccharis dracunculifolia
Mortas
Acacia bonariensis
Matayba elaeagnoides
Acacia caven
Vernonia tweediana
Macchaerium paraguariense
Lithraea molleoides
Blepharocalyx salicifolius
Styrax leprosus
Sub-total
Restantes
TOTAL |
248,2
361,1
59,3
111,1
188,0
37,0
74,1
222,2
124,1
120,4
222,2
80,6
168,5
67,6
215,7
203,7
46,3
66,7
47,2
65,8
2729,8
2185,4
4915,2
|
5,05
7,35
1,21
2,26
3,82
0,75
1,51
4,52
2,52
2,45
4,52
1,64
3,43
1,38
4,39
4,14
0,94
1,36
0,96
1,34
55,54
44,46
100,0
|
501,8
320,4
430,5
289,8
154,0
286,1
203,7
64,8
136,1
157,4
60,2
147,2
70,4
105,6
1,9
9,3
154,6
74,1
97,2
93,5
3358,6
3105,3
6463,9
|
7,76
4,96
6,66
4,48
2,38
4,43
3,15
1,00
2,11
2,44
0,93
2,28
1,09
1,63
0,03
0,14
2,39
1,15
1,50
1,45
51,96
48,04
100,0
|
109,3
7,4
179,6
50,0
4,6
5,6
44,5
26,9
34,3
9,3
0,9
29,6
6,5
72,2
0,0
0,0
9,3
56,5
51,8
30,6
728,9
1219,4
1948,3
|
5,61
0,38
9,22
2,57
0,24
0,29
2,28
1,38
1,76
0,48
0,05
1,52
0,33
3,71
0,00
0,00
0,48
2,90
2,66
1,57
37,41
62,59
100,0
|
859,3
688,9
669,4
450,9
346,6
328,7
322,3
313,9
294,5
287,1
283,3
257,4
245,4
245,4
217,6
213,0
210,2
197,3
196,2
189,9
6817,3
6510,1
13327,4
|
6,45
5,17
5,02
3,38
2,60
2,47
2,42
2,36
2,21
2,15
2,13
1,93
1,84
1,84
1,63
1,60
1,58
1,48
1,47
1,42
51,15
48,85
100,0
|
As 20 espécies
relacionadas nesta Tabela foram as mais abundantes nos estágios
iniciais, contribuindo com 6.817,3 indivíduos por hectare,
o que representa 51,15% do total. As demais espécies, com
6.510,1 indivíduos por hectare, contribuiram com 48,85% dos
indivíduos presentes nos estágios iniciais de sucessão.
Eugenia uniflora,
Baccharis semiserrata, Sebastiania commersoniana e Cupania vernalis
foram as espécies mais abundantes nos estágios
iniciais em nível de Estado, contribuindo com 20,02% do número
total de indivíduos.
<<volta
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