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Bacia Hidrográfica Santa Maria A Bacia Hidrográfica do Santa Maria possui uma cobertura florestal de 1.012,91 km², o que representa 0,358% da cobertura do Estado, sendo 861,33 km² (0,305%) de florestas nativas em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão e 151,58 km² (0,054%) de reflorestamentos assim distribuídos: 125,69 km² (0,044%) de Eucaliptos e 25,89 km² (0,009%) de Pinus. Estágio Sucessional Médio e Avançado a) Composição Florística As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média de 1,6642, conforme calculado pelo Índice de Diversidade de Shannon, o qual apresentou variação entre 0,8932 (Parcela 2302) a 2,4004 (Parcela 1808). A família Anacardiaceae com 3 espécies, foi a mais representativa da Bacia do Santa Maria, seguida de Euphorbiaceae; Lauraceae; Sapindaceae e Ulmaceae com 2 espécies. As 12 famílias restantes apresentaram 1 espécie apenas. b) Parâmetros Dendrométricos Os parâmetros dendrométricos das parcelas amostradas na Bacia do Santa Maria indicaram um diâmetro médio de 18,57 cm, variando entre 16,92 cm (Parcela 1807) e 21,13 cm (Parcela 2302); o diâmetro mínimo foi 9,55 cm, que constitui o limite inferior fixado na amostragem para o levantamento do estoque de crescimento; o diâmetro máximo encontrado nesta bacia foi 39,95 cm pertencente a um espécime de Cupania vernalis (comboatá-vermelho), árvore nº 50 da parcela 1808 - Carta de São Gabriel; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 39,75%, variando de 37,19% (Parcela 2302) a 41,73% (Parcela 1808). A altura total média foi de 7,95 m, variando de 7,35 m (Parcela 1808) a 8,55 m (Parcela 2302); a altura total mínima medida foi de 1,60 m; a altura total máxima encontrada foi de 15,30 m da espécie Blepharocalyx salicifolius (murta), árvore número 52 da parcela 1807; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 32,84%, variando de 28,59% (Parcela 2302) a 36,85% (Parcela 1808). A altura comercial média foi estimada em 3,73 m, variando entre 3,63 m (Parcela 1807) a 3,81 m (Parcela 1808); a altura comercial mínima medida foi de 1,10 m; a altura comercial máxima medida foi 8,50 m, pertencente a um espécime de Sebastiania commersoniana (branquilho-comum) – árvore 9 da parcela 2302; e o coeficiente de variação médio das alturas comerciais foi de 43,64%, variando entre 38,84% (Parcela 1808) a 53,01% (Parcela 2302). O número médio de árvores, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm, foi estimado em 953,33 árvores/ha, variando entre 720,0 árvores/ha (Parcelas 2302) a 1.100,0 árvores/ha (Parcelas 2302). A área basal média resultou em 30,7733 m²/ha, variando entre 18,790 m²/ha (Parcela 1807) e 43,670 m²/ha (Parcela 2302). O volume comercial médio foi estimado em 170,51 m³/ha, variando entre 98,5400 m³/ha (Parcela 1807) e 259,94 m³/ha (Parcela 2302). Comparando-se os parâmetros dendrométricos da Bacia do Santa Maria com a média geral do Estado, verifica-se que: o diâmetro, o número de árvores, a área basal e o volume comercial foram maiores; já a altura total e o índice de Shannon foram menores do que a média do Estado. c) Produção Quantitativa por Espécie
e por Hectare
Essas 20 espécies, incluindo com as árvores mortas, contribuiram com 169,71 m³/ha (99,53%) do volume comercial, 940,01 árvores/ha (98,60%) e 30,62 m²/ha (99,51%) da área basal. Analisando-se a estrutura diamétrica da produção quantitativa, para todas as espécies amostradas na Bacia do Santa Maria, constatou-se a distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por hectare, apresentada na Tabela abaixo. Observa-se nesta Tabela que, nas classes diamétricas
10-40 cm concentram-se a totalidade do estoque de produção,
isto é, 170,51 m³/ha (100,0%) do volume comercial, 953,33 árvores/ha
(100%) e 30,77 m²/ha (100%) da área basal.
d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
Estes dados mostram que a classe de qualidade 2 concentra os maiores quantitativos da Bacia do Santa Maria, ou seja, 90,02 m³/ha (52,79%) do volume comercial, 370,0 árvores/ha (38,81%) do número de árvores e 14,82 m²/ha (48,19%) da área basal, o qual é composto por indivíduos com características com fuste reto a levemente tortuoso, cilíndrico ou pequena excentricidade, sem defeitos aparentes, presença de pequenos galhos, que permite obter madeira de boa qualidade. e) Produção Qualitativa: Sanidade Os resultados mostram que a os maiores quantitativos desta
bacia eram constituídos por indivíduos que apresentavam
danos abióticos, os quais incidiam sobre 81,00 m³/ha (47,50%) do
volume comercial, 350,0 árvores/ha (36,71%) do número de
árvores e 13,57 m²/ha (44,10%) da área basal. Os danos complexos
atingiam 44,62 m³/ha (26,17%) do volume comercial, 313,33 árvores/ha
(32,87%) do número de árvores e 9,19 m²/ha (29,87%) da área
basal.
f) Produção Qualitativa: Classe de Copa
A análise da formação da copa das árvores
da Bacia do Santa Maria (Anexo 4.16.c) revelou a seguinte distribuição
da produção quantitativa:
Esses resultados mostram que, 83,86 m³/ha (49,18%) do volume comercial, 396,65 árvores/ha (41,60%) do número de árvores e 13,60 m²/ha (44,20%) da área basal eram compostos por indivíduos que apresentavam copa média, ou seja, copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores. g) Produção Qualitativa: Tendência
de Valorização
Observa-se nesses resultados que os maiores quantitativos da Bacia do Santa Maria, 75,30 m³/ha (44,16%) do volume comercial, 476,66 árvores/ha (50,00%) do número de árvores e 15,12 m²/ha (49,14%) da área basal, eram constituídos por indivíduos que apresentavam tendência à crescimento insignificante, embora o maior volume comercial (48,03%) pertencia à classe de crescimento médio. h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica A distribuição da produção quantitativa da Bacia do Santa Maria nos estratos verticais foi o seguinte:
Os resultados mostram que 78,91 m³/ha (46,28%) do volume comercial, 293,33 árvores/ha (30,77%) do número de árvores e 13,35 m²/ha (43,40%) da área basal eram compostos por indivíduos que ocupavam o estrato dominante. As árvores co-dominantes representavam 30,78% do volume comercial, 37,41% do número de árvores e 31,04% da área basal. i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal Estas 20 espécies (83,33% do total), juntamente com as árvores mortas, representam 98,62% da Densidade Relativa (número de indivíduos), 87,16% da Freqüência Relativa, 99,49% da Dominância Relativa (área basal), 95,09% do Valor de Importância e 99,06% do Valor de Cobertura total da floresta. A maioria das espécies tiveram todos os parâmetros contribuindo para o resultado do valor de importância, porém Sebastiania commersoniana ficou melhor hierarquizada na estrutura da floresta, principalmente, devido a freqüência e dominância de seus indivíduos. As outras 4 espécies (16,67% do total), representavam 1,38% da Densidade Relativa, 12,84% da Freqüência Relativa, 0,51% da Dominância Relativa, 4,91% do Valor de Importância e 0,95% do Valor de Cobertura total.
As árvores mortas (7,30% do VI) aparecem em terceiro lugar na ordem de importância das espécies, caracterizando um fenômeno natural de substituição dos indivíduos na dinâmica da floresta. j) Análise
Fitossociológica: Estrutura Vertical k) Regeneração Natural - Composição
Florística: A família Myrtaceae foi a mais representativa na regeneração natural, com 3 espécies, seguida de Euphorbiaceae (2). As 9 famílias restantes apresentaram 1 espécie apenas. - Parâmetros
Dendrométricos: A altura total média, foi de 5,55 m, variando de 5,04 m (Parcela 2302) a 5,94 m (Parcela 1807); a altura total mínima medida foi de 1,60 m e a máxima foi 2,40 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 30,04%, variando de 18,23% (Parcela 2302) a 40.95% (Parcela 1807). O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou 8.367,0 indivíduos/ha, variando entre 5.100,0 indivíduos/ha (Parcela 1807) e 11.000,0 indivíduos/ha (Parcela 2302). A área basal média resultou em 6,95 m²/ha, variando entre 2,48 m²/ha (Parcela 1807) e 10,34 m²/ha (Parcela 2302). A média do Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,3388, variando entre 0,9188 (Parcela 2302) e 1,9565 (Parcela 1807). - Distribuição
de Freqüência As 14 espécies relacionadas na Tabela abaixo, foram as amostradas na regeneração natural, com 7.699,5 indivíduos por hectare ou 92,03% do total. Destes indivíduos 1.666,5 apresentavam alturas menores que 3 m; 4.266,4 entre 3 e 6 m; e 1.766,6 maiores que 6 m de altura. A espécie restante (cipós) contribuiu com 667,2 indivíduos por hectare, o que representa 7,97% do total. As 5 espécies com maior ocorrência na regeneração natural desta bacia foram: Sebastiania commersoniana, Celtis iguanaea, Macfadyena unguiscati, Scutia buxifolia, Nectandra megapotamica, as quais representavam 86,44% dos indivíduos.
l) Análise
estatística - Média
aritmética= 170,51 m³/ha
Estágio Sucessional Inicial a) Composição florística A família Myrtaceae, com 6 espécies foi a mais representativa desses Estágios Iniciais, seguida de Mimosaceae (4); Sapindaceae (3); Anacardiaceae, Euphorbiaceae, Myrsinaceae, Polygonaceae e Sapotaceae (2). As 11 famílias restantes apresentaram uma única espécie. b) Parâmetros dendrométricos A altura total média foi de 4,52 m, variando entre 3,03 m (Parcela 1812) a 5,89 m (Parcela 1222); a altura total mínima foi de 1,60 m e a máxima de 11,60 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 27,64%, variando entre 12,06% (Parcela 1812) e 35,95% (Parcela 1810). O número médio, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm, resultou 16.983,33 indivíduos/ha, variando entre 10.700,0 indivíduos/ha (Parcela 1811) e 25.000,0 indivíduos/ha (Parcela 2509). A área basal média resultou em 20,02 m²/ha, variando entre 10,44 m²/ha (Parcela 1812) e 27,74 m²/ha (Parcela 1220). E o Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,5668, variando entre 0,9232 (Parcela 1811) e 2,1508 (Parcela 2509). c) Distribuição de freqüência
As 20 espécies relacionadas nesta Tabela foram as de maior ocorrência nos estágios iniciais da Bacia do Santa Maria, contribuindo com 15.166,9 indivíduos por hectare (89,31%), sendo 4.416,9 indivíduos com alturas menores que 3 m, 8.049,9 entre 3 e 6 m, e 3.383,5 indivíduos com altura maior do que 6 m.
As 5 espécies mais abundantes nos estágios iniciais desta bacia foram: Daphnopsis racemosa, Sebatiania commersoniana, Diospyros inconstans, Schinus molle e Acacia bonariensis, as quais contribuiram com 57,60% do número total de indivíduos. As 16 espécies restantes contribuiram com apenas 10,69% dos indivíduos presentes nos estágios iniciais de sucessão. Destaca-se ainda, uma significativa presença de indivíduos mortos, com 350,0 indivíduos por hectare (2,06%), e 333,3 cipós (1,96%). |
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