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Bacia Hidrográfica do Passo Fundo-Várzea

A Bacia Hidrográfica do Passo Fundo – Várzea possui uma cobertura florestal de 3.694,75 km², o que representa 1,307% da cobertura do Estado, sendo 3.656,38 km² (1,293%) de florestas nativas em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão e 38,37 km² (0,014%) de reflorestamentos assim distribuídos: 34,78 km² (0,012%) de Eucaliptos, 0,38 km² (0,00013%) de Pinus e 3,21 km² (0,0011%) de Acácia-negra.

EstágioS SucessionaIS Médio e Avançado

a) Composição Florística
Foram encontradas 149 espécies pertencentes a 48 famílias botânicas, entre os indivíduos com CAP ³ 30 cm, além de 2 árvores não identificadas, 12 cipós e 29 árvores mortas, 5 espécies exóticas: Tecoma stans, Morus alba, Morus nigra, Hovenia dulcis e Citrus sp., pouco representadas. As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média de 2,5490, conforme pode ser observado pelo Índice de Diversidade de Shannon, com apenas quatro parcelas entre as 33, com índice superior a 5,0.

As famílias Myrtaceae e Fabaceae foram as mais representativas da Bacia do Passo Fundo-Várzea, com 14 e 12 espécies, respectivamente, seguidas de Lauraceae, (9), Mimosaceae (8), Rutaceae (7), Caesalpiniaceae (7), Euphorbiaceae (7), Flacourtiaceae (6), Meliaceae (5), Rubiaceae (5), Sapindaceae (5), e Solanaceae (5);.Asteraceae (4), Das 35 famílias restantes, 5 apresentaram 3 espécies, 10 com 2 espécies e 20 apresentaram 1 espécie apenas.

b) Parâmetros Dendrométricos
Os parâmetros dendrométricos das parcelas amostradas na Bacia do Passo Fundo-Várzea indicaram um diâmetro médio de 19,17 cm, variando entre 12,46 cm (Parcela 227) e 25,70 cm (Parcela 223). O diâmetro mínimo foi 9,55 cm, que constitui o limite inferior fixado na amostragem para o levantamento do estoque de crescimento. O diâmetro máximo encontrado foi de 95,81 cm, pertencente a uma Phytolacca dioica (Umbú), árvore número 5 da parcela 222 - Carta Chapecó; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 52,06 %, variando de 24,89 % (Parcela 210) a 65,32 % (Parcela 222).

A altura total média da foi de 11,99 m, variando de 8,26 m (Parcela 232) a 15,56 m (Parcela 213); a altura total mínima medida foi de 1,40 m; a altura total máxima encontrada foi de 38,80 m, a qual pertence a Apuleia leiocarpa (Grápia), situada na parcela 239, árvore número 207. O coeficiente de variação médio da altura total foi de 33,31%, variando de 17,87% (Parcela 210) a 54,51% (Parcela 239).

A altura comercial média foi estimada em 6,04 m, variando entre 3,81 m (Parcela 232) e 7,51 m (Parcela 231); a altura comercial mínima medida foi de 1,00 m e a máxima de 24,60 m pertencente a uma Nectandra megapotamica (canela-preta) - árvore no 270 da parcela 239. O coeficiente de variação médio das alturas comerciais foi de 40,16%, variando entre 26,35% (Parcela 210) e 58,58% (Parcela 239).

O número médio de árvores, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm, foi estimado em 696,55 árvores/ha, variando entre 290,0 árvores/ha (Parcela 304) e 1.213,0 árvores/ha (Parcela 240).

A área basal média resultou em 25,51 m²/ha, variando entre 5,3200 m²/ha (Parcela 304) e 38,4800 m²/ha (Parcela 233).

O volume comercial médio foi estimado em 150,96 m³/ha, variando entre 28,67 m³/ha (Parcela 304) e 234,13 m³/ha (Parcela 217).

O Índice de Diversidade de Shannon foi de 2,5490, variando entre 1,7591 (Parcela 304) e 3,3872 (Parcela 239).

Comparando-se os parâmetros dendrométricos da Bacia do Passo Fundo - Várzea com a média geral do Estado, verifica-se que: o diâmetro, a altura total e o índice de Shannon foram maiores; já o número de árvores, a área basal e o volume comercial foram menores do que a média do Estado.

c) Produção Quantitativa por Espécie e por Hectare
Analisando-se esta Tabela, constata-se que as espécies que mais contribuiram para a composição do volume comercial, juntamente com as árvores mortas, foram as seguintes:

Espécie
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
%
(m²/ha)
%

Cupania vernalis

10,55

6,99

50,58

7,26

1,60

6,27

Luehea divaricata

9,91

6,56

51,68

7,42

1,65

6,47

Nectandra megapotamica

9,52

6,31

31,63

4,54

1,64

6,43

Phytolacca dioica

8,22

5,44

14,67

2,11

1,62

6,35

Ocotea puberula

7,57

5,01

18,33

2,63

1,32

5,17

Mortas

6,59

4,36

28,85

4,14

1,14

4,47

Nectandra lanceolata

4,71

3,12

7,35

1,06

0,81

3,18

Machaerium stipitatum

4,20

2,78

19,68

2,83

0,67

2,63

Patagonula americana

3,70

2,45

10,22

1,47

0,72

2,82

Lonchocarpus campestris

3,67

2,43

28,86

4,14

0,56

2,20

Machaerium paraguariense

3,33

2,21

13,77

1,98

0,48

1,88

Ateleia glazioviana

3,11

2,06

8,53

1,22

0,45

1,76

Dalbergia frutescens

2,78

1,84

18,02

2,59

0,43

1,69

Ocotea pulchella

2,51

1,66

10,33

1,48

0,34

1,33

Matayba elaeagnoides

2,36

1,56

12,24

1,76

0,43

1,69

Sebastinania commersoniana

2,27

1,50

17,10

2,46

0,37

1,45

Helietta apiculata

2,23

1,48

9,44

1,36

0,33

1,29

Ocotea diospyrifolia

2,18

1,44

5,29

0,76

0,43

1,69

Diatenopteryx sorbifolia

2,15

1,42

7,16

1,03

0,34

1,33

Casearia sylvestris

2,06

1,36

18,18

2,61

0,33

1,29

Sub-total

93,62

62,00

381,91

54,83

15,66

61,39

Restantes

57,37

38,00

314,60

45,17

9,85

38,61

TOTAL

150,99

100,00

696,51

100,00

25,51

100,00

Estas 20 espécies, juntamente com as árvores mortas, contribuiram com 93,62 m³/ha (62,00%) do volume comercial, 381,91 árvores/ha (54,83%) e 15,66 m²/ha (61,39%) da área basal. A Araucaria angustifolia foi uma das espécies de pouca ocorrência, apesar de estar em uma região onde houve seu clímax ecológico, ela apresentou apenas 0,3 indivíduos por hectare.

A estrutura diamétrica da produção quantitativa, para todas as espécies amostradas na Bacia do Passo Fundo-Várzea é apresentada na Tabela abaixo.

Classe DAP (cm)
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

10 - 20

48,32

32,00

482,31

69,25

7,27

28,50

20 - 30

38,92

25,78

130,84

18,79

6,02

23,60

30 - 40

27,52

18,23

49,41

7,09

4,57

17,91

40 - 50

15,13

10,02

18,54

2,66

2,85

11,17

50 - 60

7,20

4,77

6,73

0,97

1,52

5,95

60 - 70

7,84

5,19

5,60

0,80

1,77

6,96

70 - 80

2,74

1,81

1,70

0,24

0,70

2,74

80 - 90

2,69

1,78

1,08

0,16

0,59

2,31

> 90

0,63

0,42

0,30

0,04

0,22

0,86

TOTAL

150,99

100,00

696,51

100,00

25,51

100,00

Observa-se nestes resultados que, nas classes diamétricas 10-40 cm concentram-se 114,76 m³/ha (76,01%) do volume comercial, 662,56 árvores/ha (95,13 % do total) e 17,86 m²/ha (70,01 %) da área basal.

d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise qualitativa – Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) indica a seguinte distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por classe de qualidade do tronco:

Classe Qualidade
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Qualidade 1

19,03

12,60

58,49

8,40

3,04

11,92

Qualidade 2

82,63

54,73

313,98

45,08

13,90

54,49

Qualidade 3

41,24

27,31

284,16

40,79

7,20

28,22

Qualidade 4

2,44

1,62

14,33

2,06

0,50

1,96

Não classificado

5,65

3,74

25,55

3,67

0,87

3,41

TOTAL

150,99

100,00

696,51

100,00

25,51

100,00

 

Estes resultados mostram que a classe de qualidade 2 concentrava os maiores quantitativos da Bacia do Passo Fundo-Várzea, ou seja, 82,63 m³/ha (54,73%) do volume comercial, 313,98 árvores/ha (45,08%) e 13,90 m²/ha (54,49%) da área basal, os quais eram compostos por indivíduos com fuste reto a levemente tortuoso, cilíndrico ou com pequena excentricidade, sem defeitos aparentes, presença de galhos de pequeno porte.

e) Produção Qualitativa: Sanidade
Em relação às condições de sanidade, a distribuição dos volumes comerciais, número de árvores e área basal, por classe de sanidade e classe de diâmetro, da bacia do Passo Fundo - Várzea encontra-se na Tabela abaixo.

Estes resultados mostram que, 113,86 m³/ha (75,42%) do volume comercial, 510,18 árvores/ha (73,25%) e 19,02 m²/ha (74,56%) da área basal, eram constituídos por indivíduos que não apresentavam problemas aparentes de sanidade.

Sanidade
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Danos animais

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Danos complexos

17,17

11,37

89,10

12,79

3,15

12,35

Danos fungos

1,51

1,00

7,63

1,09

0,24

0,94

Danos insetos

0,92

0,61

5,16

0,74

0,20

0,78

Danos abióticos

9,88

6,54

47,69

6,85

1,67

6,55

Mortas

5,11

3,38

23,09

3,32

0,86

3,37

Saudável

113,86

75,42

510,18

73,25

19,02

74,56

Não classificado

2,54

1,68

13,66

1,96

0,37

1,45

TOTAL

1550,99

100,00

696,51

100,00

25,51

100,00

 

Os danos mais expressivos foram os complexos, que atingiam 11,37% do volume comercial, 12,79% do número de árvores e 12,35% da área basal.

f) Produção Qualitativa: Classe de Copa A análise da conformação da copa das árvores da Bacia do Passo Fundo-Várzea revelou a seguinte distribuição da produção qualitativa:

Classe de copa
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Copa curta

20,53

13,59

132,21

18,98

3,14

12,31

Copa danificada

11,66

7,72

62,54

8,98

2,01

7,88

Copa longa

33,14

21,95

105,95

15,21

6,18

24,23

Copa média

79,22

52,47

363,60

52,20

13,14

51,51

Não classificado

6,44

4,27

32,21

4,63

1,04

4,07

TOTAL

150,99

100,00

696,51

100,00

25,51

100,00

 

Esses resultados mostram que, 79,22 m³/ha (52,47%) do volume comercial, 363,60 árvores/ha (52,20%) e 13,14 m²/ha (51,51%) da área basal, eram compostos por indivíduos que apresentavam copa média, ou seja, copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores.

g) Produção Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos na comunidade indicou a distribuição da produção qualitativa, por classe de valorização apresentada na Tabela abaixo.

Observa-se nestes resultados que, 55,35 m³/ha (36,66%) do volume comercial, 152,48 árvores/ha (21,89%) e 9,36 m²/ha (36,69%) da área basal, eram constituídos de indivíduos que apresentaram crescimento promissor; no entanto, o maior número de árvores, 281,53 árvores/ha (40,42%) pertencia à classe de valorização – crescimento médio.

Tendência de valorização
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Cresc. insignificante

39,59

26,22

230,29

33,06

6,80

26,66

Cres.médio

49,60

32,85

281,53

40,42

8,31

32,57

Cres. promissor

55,35

36,66

152,48

21,89

9,36

36,69

Não classificado

6,45

4,27

32,21

4,63

1,04

4,08

TOTAL

150,99

100,00

696,51

100,00

25,51

100,00

 

h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica
A distribuição da produção qualitativa da Bacia do Passo Fundo-Várzea nos estratos verticais foi o seguinte:

Posição Sociológica
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Co-dominante

47,84

31,69

276,77

39,74

7,62

29,87

Dominada

21,76

14,41

225,12

32,32

3,63

14,23

Dominante

73,46

48,66

155,33

22,30

12,98

50,88

Suprimida

1,48

0,98

7,07

1,01

0,24

0,94

Não classificado

6,45

4,27

32,22

4,63

1,04

4,08

TOTAL

150,99

100,00

696,51

100,00

25,51

100,00

 

Os resultados mostram que os maiores quantitativos desta bacia, 73,46 m³/ha (48,66%) do volume comercial, 155,33 árvores/ha (22,30%) e 12,98 m²/ha (50,88%) da área basal pertenciam ao estrato dominante; contudo, o maior número de árvores –276,77 árvores/ha (39,74%) – pertencia ao estrato co-dominante.

i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
As espécies mais características e importantes da Bacia do Passo Fundo-Várzea estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância (VI). Estas espécies são as mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta, sendo as mais representativas da associação.

Estas 20 espécies (12,74% do total) representavam 56,46% da Densidade Relativa (número de indivíduos), 36,93% da Freqüência Relativa, 60,87% da Dominância Relativa (área basal), 51,42% do Valor de Importância e 58,67% do Valor de Cobertura total da floresta.

As 137 espécies restantes (87,26% das espécies), incluindo as exóticas, as não identificadas e cipós, representavam 43,54% da Densidade Relativa, 63,07% da Freqüência Relativa, 39,13% da Dominância Relativa, 48,58% do Valor de Importância e 41,34% do Valor de Cobertura total.

É importante destacar que as árvores mortas (4,12% do VI) aparecem em quarto lugar na ordem de importância das espécies. A participação das árvores mortas é significativa na composição das comunidades e constitui um fenômeno natural de substituição dos indivíduos na dinâmica da floresta.

Espécie

DR

FR

DoR

VI(%)

VI(%) Acum.

VC(%)

VC(%)
Acum.

Luehea divaricata

7,42

2,87

6,48

5,59

5,59

6,95

6,95

Cupania vernalis

7,26

3,02

6,27

5,52

11,11

6,77

13,72

Nectandra megapotamica

4,54

2,87

6,42

4,61

15,72

5,48

19,20

Mortas

4,14

3,74

4,48

4,12

19,84

4,31

23,51

Phytolacca dioica

2,10

1,58

6,34

3,34

23,18

4,22

27,73

Ocotea puberula

2,63

1,44

5,17

3,08

26,26

3,90

31,63

Lonchocarpus campestris

4,14

2,16

2,18

2,83

29,08

3,16

34,79

Machaerium stipitatum

2,83

1,15

2,65

2,21

31,29

2,74

37,53

Nectandra lanceolata

1,79

1,29

3,16

2,08

33,37

2,48

40,00

Machaerium paraguariense

1,98

2,30

1,87

2,05

35,42

1,93

41,93

Sebastiania commersoniana

2,46

2,01

1,44

1,97

37,39

1,95

43,88

Casearia sylvestris

2,61

2,01

1,27

1,96

39,36

1,94

45,82

Patagonula americana

1,47

1,58

2,81

1,95

41,31

2,14

47,96

Dalbergia frutescens

2,59

1,15

1,68

1,81

43,12

2,14

50,09

Matayba elaeagnoides

1,76

1,87

1,67

1,77

44,88

1,72

51,81

Ocotea pulchella

1,48

1,01

1,72

1,40

46,29

1,60

53,41

Diatenopteryx sorbifolia

1,03

1,72

1,34

1,36

47,65

1,19

54,59

Ateleia glazioviana

1,23

1,01

1,76

1,33

48,98

1,50

56,09

Myrocarpus frondosus

1,65

0,86

1,25

1,25

50,24

1,45

57,54

Campomanesia guazumifolia

1,35

1,29

0,91

1,18

51,42

1,13

58,67

Sub-total

56,46

36,93

60,87

51,42

-

58,67

-

Restantes

43,54

63,07

39,13

48,58

-

41,34

-

TOTAL

100,00

100,00

100,00

100,00

-

100,00

-

 

j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular dos indivíduos nos estratos, isto é, com maior número nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores, são as mais estáveis na associação.

k) Regeneração Natural

- Composição Florística:
Foram encontradas 95 espécies, pertencentes à 40 famílias botânicas, além de alguns indivíduos não identificados, incluindo cipós. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,6018.

As famílias Myrtaceae, com 8 espécies, Fabaceae, Lauraceae e Rutaceae (7), foram as mais representativas da regeneração natural, seguidas pela Sapindaceae (6); Caesalpiniaceae, Euphorbiaceae, Meliaceae e Mimosaceae (5). Das 30 famílias restantes, 3 apresentaram 3 espécies, 4 com 2 espécies e 23 apresentaram 1 espécie apenas.

- Parâmetros Dendrométricos:
O diâmetro médio foi de 3,67 cm, variando entre 2,01 cm (Parcela 237) e 7,64 cm (Parcela 201 e 202); o diâmetro mínimo foi de 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 9,52 cm, que constituem os limites fixados para o levantamento da regeneração natural; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 45,14%, variando de 15,19% (Parcela 201 e 202) a 91,71% (Parcela 236).

A altura total média, foi de 5,80 m, variando de 4,04 m (Parcela 232) a 8,74 m (Parcela 205); a altura total mínima medida foi de 1,40 m e a máxima foi 13,90 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 42,99%, variando de 28,25% (Parcela 213) a 65,64% (Parcela 208).

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou em 8.133,0 indivíduos/ha, variando entre 900,0 indivíduos/ha (Parcela 205) a 29.000,0 indivíduos/ha (Parcela 237).

A área basal média resultou em 5,57 m²/ha, variando entre 1,3380 m²/ha (Parcela 208) a 13,1631 m²/ha (Parcela 227).

O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,6227, variando entre 0,5661 (Parcela 210) a 2,9488 (Parcela 239).

- Distribuição de Freqüência
Foram encontrados 8.133,0 indivíduos por hectare na regeneração natural, sendo 2.906,4 menores que 3 m de altura, 3.131,5 entre 3 e 6 m de altura e 2.095,1 maiores que 6 m de altura.

As 20 espécies relacionadas na Tabela abaixo foram as mais abundantes na regeneração natural da Bacia do Passo Fundo-Várzea, com 5.475,1 indivíduos por hectare, ou 67,32% do total, sendo 2.266,7 menores que 3 m de altura, 2.179,7 entre 3 e 6 m de altura, e 1.028,7 maiores que 6 m de altura. As 78 espécies, restantes, juntamente com as não identificadas, cipós e indivíduos mortos, contribuiram com 32,68% dos indivíduos presentes na regeneração natural.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Gymnanthes concolor

406,1

13,97

309,7

9,89

18,2

0,87

734,0

9,02

Cupania vernalis

393,9

13,55

163,6

5,22

93,9

4,48

651,4

8,01

Matayba elaeagnoides

336,4

11,57

121,5

3,88

133,3

6,36

591,2

7,27

Trichilia elegans

245,5

8,45

224,5

7,17

63,9

3,05

533,9

6,56

Dalbergia frutescens

0,0

0,00

187,9

6,00

345,8

16,51

533,7

6,56

Chusquea sp.

90,9

3,13

151,5

4,84

60,6

2,89

303,0

3,73

Sebastiania commersoniana

60,6

2,09

163,6

5,22

57,9

2,76

282,1

3,47

Lonchocarpus campestris

66,7

2,29

154,5

4,93

60,6

2,89

281,8

3,46

Ilex brevicuspis

181,8

6,26

60,6

1,94

0,0

0,00

242,4

2,98

Patagonula americana

60,6

2,09

154,5

4,93

3,0

0,14

218,1

2,68

Nectandra megapotamica

121,2

4,17

66,7

2,13

21,5

1,03

209,4

2,57

Allophylus guaraniticus

30,3

1,04

72,7

2,32

15,2

0,73

118,2

1,45

Luehea divaricata

0,0

0,00

66,7

2,13

42,4

2,02

109,1

1,34

Machaerium paraguariense

30,3

1,04

60,6

1,94

12,1

0,58

103,0

1,27

Machaerium stipitatum

60,6

2,09

30,3

0,97

6,4

0,31

97,3

1,20

Acacia bonariensis

30,3

1,04

33,3

1,06

33,3

1,59

96,9

1,19

Aspidosperma parvifolium

90,9

3,13

3,03

0,10

0,0

0,00

93,9

1,15

Calyptranthes concinna

30,3

1,04

33,3

1,06

30,3

1,45

93,9

1,15

Campomanesia guazumifolia

30,3

1,04

60,6

1,94

0,0

0,00

90,9

1,12

Casearia decandra

0,0

0,00

60,6

1,94

30,3

1,45

90,9

1,12

Sub-total

2266,7

77,99

2179,7

69,61

1028,7

49,10

5475,1

67,32

Restantes

639,7

22,01

951,8

30,39

1066,4

50,90

2657,9

32,68

TOTAL

2906,4

100,00

3131,5

100,00

2095,1

100,00

8133,0

100,00

 

Merece destaque a grande ocorrência de cipós entre os indivíduos da regeneração natural, representando 10,77% do total.

l) Análise estatística
A partir das 33 unidades amostrais levantadas nos estágios médio e avançado da Bacia Hidrográfica do Passo Fundo-Várzea, resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com casca:

- Média aritmética = 154,91 m³/ha
- Variância = 2.510,01 (m³/ha)²
- Desvio padrão = 50,10 m³/ha
- Coeficiente de variação = 32,34%
- Variância da média = 78,50 (m³/ha)²
- Erro padrão = ± 8,86 m³/ha
- Erro de amostragem
a) Erro absoluto = ± 17,53 m³/ha
b) Erro relativo = ± 11,32%
- Intervalo de confiança para a média
IC [137,37 m³/ha £ x £ 172,45 m³/ha] = 95%
- Total da população = 56.640.982 m³
- Intervalo de confiança para o total
IC [50.227.692 m³ £ X £ 63.054.273 m³] = 95%

Estágio Sucessional Inicial

a) Composição florística
Foram encontradas 10 espécies pertencentes à 5 famílias botânicas, além de uma espécie exótica, uva-do-japão (Hovenia dulcis) e indivíduos mortos. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,2489. A família Fabaceae, com 4 espécies, foi a mais representativa desses Estágios Iniciais, seguida de Asteraceae, com 3 espécies; e Mimosaceae, Caesalpiniaceae e Verbenaceae, com 1 espécie.

Parâmetros dendrométricos
O diâmetro médio foi de 4,29 cm, variando entre 3,81 cm (Parcela 226) e 4,77 cm (Parcela 225); o diâmetro mínimo foi 1,08 cm e o diâmetro máximo foi de 14,16 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 39,75%, variando entre 33,57% (Parcela 225) e 45,94% (Parcela 226).

A altura total média foi de 4,91 m, variando entre 4,12 m (Parcela 226) a 5,70 m (Parcela 225); a altura total mínima medida foi de 1,70 m e a máxima foi 8,70 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 29,80%, variando entre 25,51% (Parcela 225) e 34,10% (Parcela 226).

O número médio de indivíduos, considerando todos com CAP ³ 3,0 cm, resultou 11.700,0 indivíduos/ha, variando entre 10.200,0 indivíduos/ha (Parcela 225) e 13.200,0 indivíduos/ha (Parcela 226).

A área basal média resultou em 16,66 m²/ha, variando entre 15,0540 m²/ha (Parcela 226) e 18,2620 m²/ha (Parcela 225).

O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,2489, variando entre 0,7727 (Parcela 225) e 1,7250 (Parcela 226). Distribuição de freqüência Foram encontrados 11.700,0 indivíduos por hectare nos estágios iniciais de sucessão, sendo 2.750,0 menores que 3 m de altura, 5.300,0 entre 3 e 6 m de altura e 3.650,0 maiores que 6 m de altura.

As 12 espécies relacionadas nesta Tabela, incluindo a exótica e as árvores mortas, foram as encontradas nos estágios iniciais da Bacia do Passo Fundo - Várzea, contribuindo com a totalidade dos indivíduos amostrados.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Dalbergia frutescens

500,0

18,18

2700,0

50,94

1750,0

47,95

4950,0

42,31

Lonchocarpus campestris

550,0

20,00

1600,0

30,19

550,0

15,07

2700,0

23,08

Bauhinia fortificata

100,0

3,64

650,0

12,26

1250,0

34,25

2000,0

17,09

Ateleia glazioviana

1000,0

36,36

0,0

0,00

50,0

1,37

1050,0

8,97

Eupatorium sp.

500,0

18,18

0,0

0,00

0,0

0,00

500,0

4,27

Baccharis semiserrata

0,0

0,00

150,0

2,83

50,0

1,37

200,0

1,71

Baccharis punctulata

0,0

0,00

50,0

0,94

0,0

0,00

50,0

0,43

Lonchocarpus nitidus

0,0

0,00

50,0

0,94

0,0

0,00

50,0

0,43

Acacia bonariensis

0,0

0,00

50,0

0,94

0,0

0,00

50,0

0,43

Hovenia dulcis

50,0

1,82

0,0

0,00

0,0

0,00

50,0

0,43

Mortas

50,0

1,82

0,0

0,00

0,0

0,00

50,0

0,43

Vitex megapotamica

0,0

0,00

50,0

0,94

0,0

0,00

50,0

0,43

Sub-total

2750,0

100,00

5300,0

100,00

3650,0

100,00

11700,0

100,00

Restantes

0,0

0,00

0,0

0,00

0,0

0,00

0,0

0,00

TOTAL

2750,0

100,0

5300,0

100,0

3650,0

100,0

11700,0

100,0

 

As 5 espécies mais abundantes nos estágios iniciais desta bacia foram: Dalbergia frutescens, Lonchocarpus campestris, Bauhinia fortificata, Ateleia glazioviana e Eupatorium sp, as quais contribuiram com 95,72% do número total de indivíduos.