HOSPITALIZAÇÃO DA CRIANÇA




O QUE SIGNIFICA A HOSPITALIZAÇÃO PARA A CRIANÇA
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA HOSPITALIZAÇÃO DA CRIANÇA
BIBLIOGRAFIA

O QUE SIGNIFICA A HOSPITALIZAÇÃO PARA A CRIANÇA
        A hospitalização é um processo “difícil” para qualquer pessoa, pois implica numa “separação” do indivíduo do seu meio familiar. Para a “criança” este processo será mais marcante e significativo, muitas vezes se tornando uma experiência traumática dependendo da fase em que ela se encontra.
        A separação da mãe e da família levam à criança a um estado de insegurança e “sofrimento”. Durante a hospitalização, este estado é agravado pelo mal estar e sofrimento impostos pelo “ambiente estranho”. O medo e a angústia da criança está relacionado com as experiências que ela já teve anteriormente com outras hospitalizações ou no próprio meio familiar, como no caso de mães que ameaçam o filho com “injeção” se ele não obedece. O sofrimento e as fantasias ameaçadoras da criança hospitalizada varia de acordo com a idade, características individuais com relação a própria doença e muitos outros fatores que vão interferir na adaptação da criança a esta situação.
        Diante do terrível desconhecido é muito importante que a equipe de enfermagem empenhe esforços no sentido de conquistar a confiança da criança. O primeiro passo é tratar a criança carinhosamente e permitir que ela permaneça o maior tempo possível com os pais. Uma maneira de facilitar a aproximação da criança é trata-la pelo apelido ou pelo nome através do qual é chamada em casa.
        A doença e a necessidade de hospitalização de uma criança, também é muito angustiante para os pais. Desse modo, grande parte da atenção do profissional deve ser dirigida aos pais, com o objetivo de lhes amenizar a ansiedade por ter que deixar o filho num ambiente estranho.
        A equipe de enfermagem deve, logo que possível, estabelecer diálogo com os pais para obter informações sobre os hábitos da criança em casa e fornecer-lhes as orientações quanto as rotinas da instituição, horários de visitas, funcionamento da unidade pediátrica, identificação dos profissionais que irão cuidar da criança e outras dúvidas manifestadas pelos familiares.
        Para uma melhor compreensão das reações dos pais, deve-se reconhecer que eles podem estar apresentando sentimento de culpa em relação a doença da criança e que esta reação pode ser agravada quando a hospitalização é necessária. Seus mecanismos de defesa podem se manifestar em uma inclinação para culpar ou outros, inclusive o pessoal de enfermagem .
        Atualmente muitos hospitais, baseados nas pesquisas de vários autores, já adotam o sistema de permanência conjunta com os pais e a criança durante o dia, não limitando horários para as visitas. 
        A participação dos pais nos cuidados com a criança é um fator positivo no tratamento e recuperação da mesma. Para que a presença dos pais represente um apoio ao tratamento é necessário que eles recebam orientação da equipe de enfermagem para o auxílio no banho, alimentação, repouso e recreação da criança.
     O profissional necessita ter sempre presente a limitação de uma criança em compreender novas situações.       Por isso uma atitude sincera e receptiva contribuirá para o relacionamento “profissional-criança-pais”. Deste modo será mais fácil para a equipe de enfermagem aceitar as atitudes agressivas e de raiva de uma criança quenão entende porque está doente, e porque sente dor, porque tem que ficar só, longe de sua casa e de seus familiares.

 

3. ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA HOSPITALIZAÇÃO DA CRIANÇA:
 Ler: SCHMITZ, E. M. Enfermagem em Pediatria e Puericultura. São Paulo: Atheneu, 1989. ( Cap.16)
 

BIBLIOGRAFIA ( Consultada e sugerida):

 MARCONDES, Eduardo. Pediatria básica. 8. ed. São Paulo, Sarvier, 1994. v.1 e 2.( Higiene Mental )

 SCHMITZ, E. M. Enfermagem em Pediatria e Puericultura. São Paulo: Atheneu, 1989. ( Cap.16)

 WHALEY, L.F. & WONG, D.L.. Enfermagem Pediátrica: Elementos Essenciais à Intervenção
             Efetiva. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989. ( Unidade 8 ).

 NETO, Alfredo Castro. As fases turbulentas da hospitalização.

TOSTA ,Rosa Maria. A Atividade Lúdica da Criança no Contexto da Internação Hospitalar.