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Capa | Editorial | Sumário | Apresentação        ISSN 1679-849X Revista nº 8 

NOTAS PARA UMA TEORIA DA LÍRICA, SEGUNDO ADORNO E BENJAMIN

Cristiano Augusto da Silva Jutgla1


O presente trabalho procura discutir criticamente alguns elementos discursivos de Benjamin e Adorno sobre poesia,2 cuja importância abre caminho para o esboço de uma teoria da lírica moderna.3
É importante ressaltar que não pretendemos realizar uma interpretação da poesia moderna4 valendo-nos dos escritos de Benjamin e Adorno como aporte teórico; nosso intento, bem mais modesto, é levantar recursos lingüísticos utilizados por ambos filósofos em suas análises sobre a lírica moderna. Trata-se de uma tentativa de compreensão do modus dicendi da Escola de Frankfurt sobre o assunto por meio de trechos de seus ensaios.
Um exemplo deste modus dicendi frankfurtiano aparece em texto escrito entre 1954 e 1958, no qual Adorno preocupa-se com o caráter conservador do ensaio no ambiente acadêmico da Alemanha:
Apesar de toda a inteligência acumulada que Simmel e o jovem Lukács, Kassner e Benjamin confiaram ao ensaio, à especulação sobre objetos específicos já culturalmente pré-formados, a corporação acadêmica só tolera como filosofia o que se veste com dignidade do universal, do permanente, e hoje em dia, se possível, com a dignidade do "originário"; só se preocupa com alguma obra particular do espírito na medida em que esta possa ser utilizada para exemplificar categorias universais, ou pelo menos tornar o particular transparente em relação a elas.5
A relação entre forma e conteúdo na teoria crítica deve ser ousada; ela precisa romper em seus meios de análise e composição. É plausível afirmar que só há crítica sobre obras inovadoras para seus contextos se o medium de análise, o ensaio, se configurar em forma e conteúdo também de maneira arriscada, tal como seu objeto.
Não é à toa que os textos de Walter Benjamin sobre poesia, em especial os que tratam de Baudelaire, contenham um modo de dizer que concretiza as propostas defendidas por Adorno. Nos trabalhos benjaminianos, os elementos discursivos dialogam com o conteúdo debatido de maneira 'estranha' para o que entendemos ou aprendemos acerca de uma análise nas academias. Teríamos aqui o primeiro aspecto para uma teoria da lírica, segundo Adorno e Benjamin:

1. O texto crítico só consegue se aproximar de fato do poema moderno caso ele próprio se
constitua de maneira tensa tal como seu objeto.

O texto analítico não conseguirá seu intento se for construído sobre uma base de explicação lógica, cartesiana; ele necessita, pelo contrário, romper com esta moldura, pois o texto em debate assim o exige. Para se teorizar sobre a lírica moderna, há de se valer de outras formas e meios, num jogo dialético entre a tensão da obra e a tensão reflexiva no ensaio.
Este primeiro aspecto de uma teoria da lírica frankfurtiana diz, aparentemente, mais respeito ao modo através do qual Adorno e Benjamin escrevem sobre poesia moderna do que ao como se configura a poesia moderna. Dizemos aparentemente, posto que seus ensaios assumem os impasses formais da lírica moderna como a questão central de debate em tal intensidade e importância que estes se "apropriam" das características centrais da poesia lírica moderna, caindo a tradicional fronteira entre sujeito e objeto de conhecimento. Opera-se na atividade analística uma metalinguagem construída com os recursos discursivos, estilísticos, retóricos semelhantes aos empregados pelos poetas modernos.
Os dois filósofos procedem a uma associação entre crítica e objeto. Assim, o choque provocado pela poesia de Baudelaire, por exemplo, é discutido por Benjamin em seu ensaio também através de alegorias e imagens que procuram de modo semelhante causar choques em seu leitor.
Destacamos agora outro dado importante para o esboço de uma teoria da lírica moderna, o caráter indissociável entre poesia e contexto de produção, exemplificado em dois ensaios conhecidos de Benjamin: "Melancolia de esquerda" e "Sobre alguns temas em Baudelaire". Comecemos por este último, no qual ressalta a discrepância entre a estranheza do verso baudelaireano e a dificuldade de seus leitores em compreendê-lo:
Baudelaire contava com leitores aos quais a leitura da lírica oferecia dificuldades. A esses leitores destina-se o poema introdutório Fleurs du Mal. Sua força de vontade, conseqüentemente também de concentração, não vai muito longe; preferem os prazeres sensíveis e conhecem bem o spleen que anula o interesse e a receptividade. Causa espanto encontrar um lírico que se dirige a tal público, o mais ingrato de todos.6
A preocupação com as relações entre escritor e leitor é explícita neste trecho de abertura do ensaio. Aqui ele chama a atenção para a modernidade de Baudelaire pelo efeito de estranhamento e dificuldade que seus poemas causam no público francês, fato que coloca em xeque o tripé sobre o qual se assenta o sistema literário tradicional: autor-obra-público, o qual seria organizado por meio de um pacto harmonioso entre as três partes: o autor escreve uma obra com valores de exaltação da vida burguesa; uma editora o publica, pois sabe que terá público, e, por fim, este de fato a compra e sente-se satisfeito em se ver naquela literatura.
Em outro ensaio, sobre o poeta Erich Kästner, Benjamin também foca sua discussão no diálogo entre poesia e contexto:
Os poemas de Kästner estão reunidos hoje em três imponentes volumes. Mas quem pretende investigar as características dessas estrofes deveria de preferência lê-las em seu formato original. Em livros, elas parecem comprimidas e um pouco sufocadas, ao passo que nos jornais deslizam como peixes na água. Se essa água nem sempre é das mais puras e se muitos detritos nela flutuam, tanto melhor para o autor, cujos peixes poéticos podem assim desenvolver-se mais e engordar com maior facilidade.7
Este breve trecho parece ser bastante produtivo quanto aos movimentos de quebra de paradigmas defendidos por Benjamin; ele parte de uma dimensão 'inusitada', como a organização das poesias em "três imponentes volumes", demonstrando que este aspecto editorial não é irrelevante porque revela dados importantes sobre as condições de recepção e o "horizonte de expectativa de seu público",8 o qual, junto com a poesia de Kästner, é criticado por sua pseudo-melancolia de esquerda.
O primeiro parágrafo do ensaio não é constituído por uma apresentação passo a passo do geral para o particular; em seu lugar Benjamin usa uma imagem metafórica para lançar logo de início a vertente de sua leitura, qual seja, os poemas publicados nos jornais são "como peixes na água", "que podem engordar com mais facilidade", metáfora que denota sem maiores rodeios o tom de sua crítica. Prova disso é o complemento, também imagético metafórico, destas primeiras linhas. "Se essa água nem sempre é das mais puras e se muitos detritos nela flutuam, (...)", parece a água ser o suporte de publicação, no caso, o jornal, objeto recorrente no pensamento benjaminiano.9
No segundo parágrafo, o filósofo aprofunda sua crítica aos leitores de Kästner, os "detritos" que flutuam na água em que nadam seus peixes, pondo em xeque uma lírica que se propõe de esquerda, mas que pactua com um público marcado por um "fatalismo em sua maneira de pensar".
Pelo exemplo citado, notamos que a argumentação de Benjamin centra-se nos 'acertos' de cumplicidade entre a poesia de Erich Kästner e a pequena burguesia alemã. Para tanto, o filósofo entrevê uma íntima relação entre a forma e conteúdo dos versos e os valores deste grupo social.
Notamos, portanto, que a imagem metafórica se coloca neste breve ensaio de Benjamin como elemento analítico, emprego este recorrente em outros ensaios seus e de Adorno. A imagem aqui é alçada sobre a lírica a uma instância para além de um instrumento auxiliar na reflexão. Na teoria crítica, a imagem é o próprio centro, reflexão e instrumento de análise. Através dela, Benjamin, nos dois ensaios citados, afirma que as relações entre texto e contexto carregam marcas e problemas históricos que são indissociáveis quando se pensa sobre poesia moderna. Temos o segundo aspecto de uma teoria da lírica moderna.

2. A relação inseparável entre texto e contexto de produção na análise crítica da poesia moderna

Avançando um pouco mais, percebemos, além da imagem metafórica, mais outro instrumento crítico de análise, também interno aos ensaios de Adorno e Benjamin.
O choque, igualmente tomado de "empréstimo" a poetas modernos, desempenha uma função diretamente ligada ao leitor. Um exemplo desse emprego aparece em suas idéias sobre a imprensa, desenvolvidos em "O narrador".
No lugar da informação anódina ou da poesia que compactua com o estado de paralisia de seus leitores, como é o caso de Kästner, Benjamin percebe no impacto de poetas como Brecht ou Baudelaire, um instrumento recorrente na lírica moderna que provoca o público:
Quanto maior for a parte do choc em cada impressão isolada; quanto mais estímulos, quanto maior for o sucesso com que ela opere; e quanto menos estímulos; quanto maior for o sucesso Baudelaire que ela opere; e quanto menos eles penetrarem na experiência, tanto mais corresponderão ao conceito de "vivência". (...) Esse elemento foi fixado por Baudelaire numa imagem crua. Ele fala de um duelo no qual o artista, antes de sucumbir, grita de espanto. Esse duelo é o próprio processo de criação. Baudelaire colocou, portanto, a experiência do choc no próprio centro do trabalho artístico.10
De modo muito semelhante, na discussão sobre o caráter de resistência de alguns poetas modernos, Adorno afirma algo próximo sobre o poeta francês:
No poema lírico o sujeito nega, por identificação com a linguagem, tanto sua mera contradição monadológica em relação à sociedade, quanto seu mero funcionar no interior da sociedade socializada. Quanto mais cresce, porém, a ascendência desta sobre o sujeito, mais precária é a situação da lírica. A obra de Baudelaire foi a primeira a registrar esse processo, na medida em que, como a mais alta conseqüência do Weltschmerz [dor do mundo] europeu, não se contentou com os sofrimentos do indivíduo, mas escolheu como tema de sua acusação a própria modernidade, enquanto negação completa do lírico, extraindo dela suas faíscas poéticas, por força de uma linguagem heroicamente estilizada.11
Além do emprego de imagens metafóricas e do efeito de choque, ambos frankfurtianos usam a ironia12 como um outro instrumento analítico. Adorno se vale, no trecho citado abaixo, da ironia não para a análise propriamente dita da lírica, mas para tentar romper com a visão sistematizante dos ouvintes sociólogos de sua "Palestra sobre Lírica e sociedade":
Os senhores levantarão a suspeita de que um intelectual pode acabar se tornando culpado daquilo que Hegel reprovava no "intelecto formal", ou seja, por ter uma perspectiva geral do todo, ficar acima da existência singular de que fala, isto é, simplesmente não vê-la, apenas etiquetá-la. O que incomoda em um procedimento como este será especialmente sensível, para os senhores, no caso da lírica. Afinal, trata-se de manusear o que há de mais delicado, de mais frágil, aproximando-o justamente daquela engrenagem, de cujo contato o ideal da lírica, pelo menos no sentido tradicional, sempre pretendeu resguardar.13
Interessa no trecho acima o emprego deste recurso discursivo para destacar o caráter de resistência da lírica ao capitalismo. Para Adorno, contraditoriamente, esta questão não teria sido tomada como problema por seus colegas de Sociologia. Para estes, a poesia seria, em consonância com uma idéia hegeliana, a "expressão de um eu", apartado da história. A crítica do franfkfurtiano vai em sentido oposto, isto é, quanto mais individual for a expressão poética, mais social ela será:
Não se trata de deduzir a lírica da sociedade; seu teor social é justamente o espontâneo, aquilo que não é simples conseqüência das relações vigentes em dado momento. (...) O auto-esquecimento do sujeito, que se entrega à linguagem como algo objetivo, é o mesmo que o caráter imediato e involuntário de sua expressão: assim a linguagem estabelece a mediação entre lírica e sociedade no que há de mais intrínseco. Por isso, a lírica se mostra mais profundamente assegurada, em termos sociais, ali onde não fala conforme o gosto da sociedade, ali onde não comunica nada, mas sim o sujeito, alcançando a expressão feliz, chega a uma sintonia com a própria linguagem, seguindo o caminho que ela mesma gostaria de seguir.14
Adorno lança uma provocação ao público, afirmando que refletir sobre poesia é "manusear o que há de mais delicado", tarefa estranha para os esquemas explicativos de algumas correntes da Sociologia. Chegamos a um terceiro aspecto de uma teoria da lírica, segundo Adorno e Benjamin:

3. Parte da lírica moderna retoma de maneira crítica figuras de linguagem tradicionais estanques

Um exemplo deste terceiro aspecto é a poesia de Brecht que, conforme procuramos mostrar em trabalho recente,15 realiza uma espécie de retomada do sentido reflexivo e comunicativo da palavra por meio de choques semânticos. Sua linguagem de início simples na verdade carrega uma busca por um diálogo crítico do leitor com seus textos:
A esta mudança [empreendida por Brecht] de papéis de topoi tradicionalmente consagrados, bem como à revitalização da linguagem comum para fins retóricos, denominamos de choque semântico. É mister dizer que tal arregimentação de recursos expressivos tem no leitor, ou melhor, na leitura crítica do leitor, seu objetivo principal, em outras palavras, toda a lírica brechtiana é perpassada pela comunicabilidade entre emissor e receptor.
Há nestas reflexões um modo que conscientemente se afasta e cria um modo de discutir poesia em quem o próprio texto é lançado como sujeito e objeto de análise. Esta atitude crítica se contrapõe radicalmente aos procedimentos lógicos e causais do pensamento cartesiano e positivista, ela permite a criação de uma análise imagética metafórica, impactante e irônica que, tal como nos poemas, estão configurados de forma tensa, ao menos naqueles admirados por Adorno e Benjamin. Nesse sentido, os aspectos de uma teoria da lírica moderna seriam:

1.O texto crítico só consegue se aproximar de fato do poema moderno caso ele se constitua de maneira tensa tal como seu objeto.
2. A importância da relação indissociável entre texto e contexto de produção na análise da poesia moderna.
3. Parte da lírica moderna retoma de maneira crítica figuras de linguagem tradicionais estanques.

Concluímos o trabalho com apenas três aspectos, tendo consciência de que o pensamento de Adorno e Benjamin contêm muitos outros, uma vez que, o modus operandi frankfurtiano alerta para o fato de que qualquer categoria, instrumento, forma artística ou analítica pode histórica e socialmente assumir-se como crítica ou alienada, dependendo de seu uso e comprometimento; dois exemplos explícitos são, de um lado, as reflexões de Benjamin sobre a melancolia na poesia de Kästner e, de outro, as discussões sobre Baudelaire. É como se os filósofos alemães, ao recuperarem categorias e instrumentos analíticos os mais diversos, lhes dessem um novo fôlego semântico e, ao mesmo tempo, novas funções para a teoria.
Trata-se de uma luta do pensamento que não se descola da textualidade de ambos os filósofos; ela está inserida na tentativa de reagir aos traumas coletivos da primeira metade do século XX. Este modo "inconstante" e "aberto" de Adorno e Benjamin ao abordar a lírica moderna exige, por parte do pesquisador, uma discussão crítica muitas vezes também "inconstante" e "aberta" sobre tais categorias; parece ser este o caminho mais coerente com seus próprios autores, caso desejemos encontrar referenciais para a elaboração de uma teoria da lírica, segundo a Escola de Frankfurt. Foi o que procuramos fazer neste breve trabalho.


Bibliografia:

ADORNO, Theodor. Palestra sobre lírica e sociedade. In: Notas de literatura I. Tradução: Jorge de Almeida. São Paulo: Ed. 34/Duas Cidades. 2003.
____. Crítica cultural e sociedade. In: Prismas. Tradução: Augustin Wernet e Jorge de Almeida. São Paulo: Ática. 2001.
____. Teoria Estética. Lisboa: Martins Fontes. 1988.
BENJAMIN, Walter. Melancolia de esquerda. A propósito do novo livro de poemas de Erich Kästner. In: ____ Magia e técnica, arte política. Tradução: Sérgio Paulo Rouanet 7. ed. São Paulo: Brasiliense. 1994.
____. Sobre alguns temas em Baudelaire. In: Benjamin, Habermas et alii. São Paulo: Abril Cultural. 1983.
____. A modernidade. Revista Tempo Brasileiro, jan-mar 1971, no 26-27.
D´ÂNGELO, Martha. A modernidade pelo olhar de Walter Benjamin. Estudos Avançados, v.20, n. 56 São Paulo jan./abr. 2006.
FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da lírica moderna. 2a ed. Tradução de: Marise M. Curioni e Dora F. da Silva. São Paulo: Duas Cidades. 1991.
HORKHEIMER, Max. Teoria tradicional e teoria crítica. In: Benjamin, Habermas et alii. Tradução José Lino Grünnewald et alii. São Paulo: Abril Cultural. 1983.
SILVA, Cristiano Augusto da. A poesia de Brecht de 1933 a 1956: ascensão e queda? Dissertação de mestrado. FFLCH/USP. São Paulo, outubro, 2003.


1 Doutorando em Literatura Brasileira - USP- Professor Assistente de Teoria Literária - UNEB - Brumado - BA - email: unebteoria@yahoo.com.br
2 Os textos utilizados para este trabalho foram: BENJAMIN, Walter. Sobre alguns temas em Baudelaire. In: Benjamin, Habermas et alii. São Paulo: Abril Cultural. 1983. BENJAMIN, Walter. Melancolia de esquerda. A propósito do novo livro de poemas de Erich Kästner. In: ____ Magia e técnica, arte política. Tradução: Sérgio Paulo Rouanet 7. ed. São Paulo: Brasiliense. 1994. ____ A modernidade. Revista Tempo Brasileiro, jan-mar 1971, no 26-27. ADORNO, Theodor. Palestra sobre lírica e sociedade. In: Notas de literatura I. Tradução: Jorge de Almeida. São Paulo: Ed. 34/Duas Cidades. 2003. ____ Crítica cultural e sociedade. In: Prismas. Tradução: Augustin Wernet e Jorge de Almeida. São Paulo: Ática. 2001.
3 O presente texto está diretamente ligado à minha tese de doutorado "Lírica e autoritarismo em A rosa do povo", orientada pelo Prof. Jaime Ginzburg (FFLCH-USP). Agradeço à Universidade do Estado da Bahia, Uneb, a bolsa de doutorado.
4 Para este propósito, sugerimos consulta à obra de FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da lírica moderna. 2. ed. Tradução de: Marise M. Curioni e Dora F. da Silva. São Paulo: Duas Cidades. 1991.
5 ADORNO, Theodor. O ensaio como forma. In: Notas de literatura I. p. 15-6.
6 BENJAMIN, Walter. Sobre alguns temas em Baudelaire. In: Benjamin, Habermas, Horkheimer, Adorno. Tradução: José Lino Grünnewald et alii. São Paulo: Abril Cultural. 1983. p.27.
7 BENJAMIN, Walter. Melancolia de esquerda. A propósito do novo livro de poemas de Erich Kästner. In: ____ Magia e técnica, arte política. Op. cit. p. 73.
8 JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária. Tradução: Sergio Tellaroli. São Paulo: Ática. 1994.
9 Cf. BENJAMIN, Walter. O narrador. In: Magia e técnica, arte política. Tradução: Sérgio Paulo Rouanet. 7. ed. São Paulo: Brasiliense. 1994.
10 Sobre alguns temas em Baudelaire. op. cit. p.34.
11 ADORNO, Theodor. Palestra sobre lírica e sociedade.In: Notas de literatura I. p.74-5.
12 Sugiro como exemplo ao leitor três poemas de Brecht: "Sobre a violência", "Sobre a esterilidade" ou "Perguntas de um trabalhador que lê", que dialogam com os três aspectos discutidos aqui. Cf. BRECHT, Bertolt. Poemas 1913-1956. 5. ed. Seleção e tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Ed. 34. 2000.
13 Ibidem. p.65.
14 Ibidem, p. 73.
15 SILVA, Cristiano Augusto da. A poesia de Brecht de 1933 a 1956: ascensão e queda? Dissertação de mestrado. FFLCH/USP. São Paulo, outubro, 2003.

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