Espetáculos
 


VIDA ACORDADA

Um espetáculo inspirado na animação “Waking Life” de R. Linklater e no trabalho do “Asdrúbal Trouxe o Trombone”. Nesta peça, o grupo “Vagabundos do Infinito” aborda uma das temáticas de sua pesquisa, a do “Sonhar” ou “sonhos lúcidos” de um modo bem humorado e irreverente, fazendo ainda uma reflexão sobre o fazer teatral.

 

  

Sinopse:

                   “Vida Acordada” conta a história de um grupo de teatro às voltas com seu cotidiano de ensaios e apresentações. Conflitos, crises e descobertas trazem reflexões sobre o fazer teatral. Tudo com muita irreverência e humor. Essa trupe está ora ensaiando, ora encenando um espetáculo que conta a história de um sujeito que encontra-se preso em seus sonhos. Quando pensa que acordou de um sonho descobre que ainda está sonhando. Nessas transições de um sonho a outro o sujeito torna-se lúcido, ou seja, tem a plena consciência de estar sonhando, porém não consegue acordar. Nesses sonhos, encontra diversas personagens que lhe falam direta ou indiretamente coisas bastante complexas sobre a vida e os próprios sonhos. 

                        A peça mostra a trupe teatral dos “Vagabundos do Infinito” transitando entre seu cotidiano de representação e seu imaginário retratado nas apresentações e ensaios. Nas transições entre esses dois mundos o grupo acaba interpolando esses dois universos. A vida passa a ser examinada através do imaginário e do onírico, sob uma outra interpretação, que a torna interligada a esses mundos. Através da história do sujeito a trupe teatral navega por novas realidades ou novas formas de perceber a realidade. Sonha acordada, transformando a representação em vivência do mito, levando a consciência para o sonho e trazendo o sonho para a vida desperta transitando pelo imaginário.

   





"Tudo são camadas..."


            O enredo de “Vida Acordada” propõe que rompamos os acordos que não fizemos e que nos mantém atrelados a uma interpretação banalizada da vida, e que busquemos novos acordos que nos permitam uma nova consciência, uma nova interpretação e novas experiências plenas de possibilidades.

 

 


Ficha Técnica:

Direção: Paulo Márcio

Elenco: Angélica Ertel

            Gabriela Amado

            Graciane Pires

             Leonel Henckes

            Márcia Chiamulera

            Marco Antônio Barreto

            Tiago Telles

Texto: Adaptação do filme "Waking Life" de Richard Linklater de trechos de "Aquela Coisa Toda" do Grupo "Asdrubal Trouxe o Trombone", além de textos do próprio grupo.

Iluminação: 

            Concepção: Paulo Márcio

            Operação: Vinicius Canto Blanco

Sonoplastia: Paulo Márcio

Figurino e Maquiagem: O Grupo

Fotografia: Francieli Rebelatto

            Duração: 130'



 Rider Rider
 
 
Release:

            O mais recente trabalho do grupo “Vagabundos do Infinito”, é uma peça que procura ser cômica sem perder a profundidade e ser poética sem perder a contundência. O tema saiu das pesquisas do grupo, que abordam o xamanismo e, no caso deste espetáculo, mais especificamente o “Sonhar” ou a prática de ter sonhos lúcidos. Mas o grupo não fica só nesse tema, também aproveita para refletir (com bastante humor) sobre o fazer teatral, utilizando-se do recurso do metateatro, e ainda sobre diversas questões contemporâneas, existenciais, transcendentais, sexuais e tudo o mais.

            A dramaturgia do espetáculo é composta a partir de uma adaptação de trechos do longa-metragem “Waking Life” de Richard Linklater e da peça “Aquela coisa toda” do grupo “Asdrúbal trouxe o trombone”, além de textos do diretor e dos atores. O cenário, muito simples, é composto de engradados de cerveja pintados de preto, uma grade e projeções de luz.

            O grupo vem realizando há cerca de três anos, no Curso de Artes Cênicas da UFSM, uma pesquisa intitulada “Uma relação da preparação xamânica com a preparação do ator”, trabalhando a partir da “Tensegridade” de Carlos Castaneda e de outras práticas xamânicas além de uma linha teatral inspirada principalmente em Artaud, Grotowski e Barba.

            Se a vida é sonho, o teatro é um sonho dentro de um sonho e a peça convida seu público a atravessar essa tênue barreira e a entrar nesse sonho acordado.