Release:
O mais recente trabalho do
grupo “Vagabundos do Infinito”, é uma peça
que
procura ser cômica sem perder a profundidade e ser poética
sem perder a
contundência. O tema saiu das pesquisas do grupo, que abordam o
xamanismo e, no
caso deste espetáculo, mais especificamente o
“Sonhar” ou a prática de ter
sonhos lúcidos. Mas o grupo não fica só nesse
tema, também aproveita para
refletir (com bastante humor) sobre o fazer teatral, utilizando-se do
recurso
do metateatro, e ainda sobre diversas questões
contemporâneas, existenciais,
transcendentais, sexuais e tudo o mais.
A dramaturgia do espetáculo é
composta a partir de uma adaptação de trechos do longa-metragem “Waking Life”
de Richard Linklater e da peça “Aquela coisa toda” do grupo “Asdrúbal trouxe o
trombone”, além de textos do diretor e dos atores. O cenário, muito simples, é
composto de engradados de cerveja pintados de preto, uma grade e projeções de
luz.
O
grupo vem realizando há cerca de
três anos, no Curso de Artes Cênicas da UFSM, uma pesquisa
intitulada “Uma
relação da preparação xamânica com a
preparação do ator”, trabalhando a partir
da “Tensegridade” de Carlos Castaneda e de outras
práticas xamânicas além de
uma linha teatral inspirada principalmente em Artaud, Grotowski e
Barba.
Se a vida é sonho, o teatro é um
sonho dentro de um sonho e a peça convida seu público a atravessar essa tênue
barreira e a entrar nesse sonho acordado.