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Literatura e Autoritarismo
Dossiê “Escritas da Violência”
Capa | Editorial | Sumário | Apresentação        ISSN 1679-849X Dossiê  

MEMÓRIAS E ESQUECIMENTOS EM FLÁVIO TAVARES

Diego Porto Del Cistia Nieto1
Resumo: O presente artigo toca em alguns temas fundamentais sobre a análise da memória de pessoas que passaram pela experiência da tortura. Para isso, usarei partes selecionadas do livro Memórias do Esquecimento, do jornalista Flávio Tavares. Entre prisões, torturas e exílios, Tavares dá um passo adiante no que se refere a testemunhos do período de ditadura militar no Brasil (1964 – 1985) tentando entender e interpretar o que lhe ocorreu, buscando sentido a esses acontecimentos e sabendo dos limites dessa tarefa. Outro ponto a ser mencionado é a interessante flutuação temporal no qual suas memórias escritas vão se construindo, se alternando continuamente entre passado e presente.
Palavras-chave: Memória, testemunho, tortura, Ditadura Militar.
Abstract: this article deals with some essential topics about the analysis of the memory of people who had experienced torture. In order to do this, I will use selected parts of the book Memórias do Esquecimento, from the journalist Flavio Tavares. Between prisons, torture and exiles, Tavares takes a step forward among testimonies about the period of the military dictatorship in Brazil (1964-1985), trying to understand and reflect about what has happened to him, searching for a meaning about this events and knowing the limits of this task. Another point to be mentioned is the interesting time fluctuation in which his written memories are built, alternating past and present continually.
Keywords: Memory, testimony, torture, Military Dictatorship.
“Mas pode-se contar? Poder-se-á contar?
Vem-me a dúvida desde esse primeiro instante”

Jorge Semprun, 1995
O livro Memórias do Esquecimento2 (1999), de Flávio Tavares, é uma obra que se destaca quando pensamos em relatos de memória do período da ditadura militar brasileira (1964-1985). Colunista político do jornal Última Hora e professor da Universidade de Brasília (UnB), Tavares foi preso três vezes entre 1964 e 1969. Passou por sessões de tortura e foi um dos presos trocado pelo embaixador americano Charles Elbrick, seqüestrado em 1969. No exílio, entre outros países, esteve na Argentina entre 1975 e 1977, convivendo com o medo de ser pego por outra ditadura. Em 1977, ao viajar da Argentina para o Uruguai, foi seqüestrado pela repressão uruguaia, sendo torturado e ficando desaparecido por quase trinta dias. Depois, passou mais seis meses em prisão nesse país.
Seu livro de memórias foi escrito muito tempo depois de sua experiência traumática, num intenso trabalho de memória no qual faz uma reflexão sobre a tortura, o exílio e a sua segunda experiência extrema, fora do país. Reflete, entre outras coisas, sobre os limites existentes para contar aquilo que passou. Uma voz, ainda que trêmula, tentando esboçar possibilidades futuras a partir de um presente massacrado pelo passado. Essa literatura destaca-se pela dilaceração do ser humano, onde pequenos fragmentos da memória aparecem tentando dar forma à dor. Ou seria a dor tentando dar forma à memória?
De maneira geral, a obra é dividida em duas grandes partes. Na primeira ele nos fala dos episódios diretamente ligados ao exílio, com o momento da viagem, de dentro do avião. Curioso notarmos que aqui há uma alternância entre o presente e o passado na narrativa, questão que abordarei mais à frente. A segunda parte se inicia com os bastidores do poder em Brasília em 1964 às vésperas do golpe. Caminha por aqueles anos iniciais da ditadura militar e o começo da resistência armada, liderada por Leonel Brizola, então no Uruguai. No final, salta do ano de 1968 para o que chamou de “morrer em terra alheia” com a prisão no Uruguai em 1977. É nessa parte, com novas torturas, que sua narrativa volta para o tempo presente. Nesse trabalho focarei mais na primeira parte do livro e na sua experiência de tortura no Uruguai, em que, conforme dito, o fluxo temporal da narrativa é alternado de forma dinâmica entre passado e presente.
O testemunho de Tavares possui vida e morte. O terror político assume a forma de uma técnica de produção do silêncio, principalmente ao implantar o medo. Há o desejo e a impossibilidade de esquecer e ao mesmo tempo a necessidade de contar. Ele mesmo nos dá uma pista na sua introdução:
Lutei com a necessidade de dizer e a absoluta impossibilidade de escrever. (...) Esquecer? Impossível, pois o que eu vi caiu também sobre mim, e o corpo ou a alma dos sofridos não podem evitar que a mente esqueça ou que a mente lembre. Sou um demente escravo da mente (Tavares, 2005, p. 13-15).
Ainda na introdução, questiona incisivamente a lembrança com diversas perguntas: “Tendo tudo para contar, sempre quis esquecer. Por que lembrar o major torturador, os interrogatórios dias e noites adentro? Para que lembrar da brutalidade da ditadura(...)? (Tavares, 2005, p. 13-14). O título “Memórias do Esquecimento” talvez remeta a essas memórias de um desejado esquecimento que não chega nunca. Que o acompanha em sonhos, que o acompanha na escrita. Que o acompanha sempre.
As questões da possibilidade da representação do evento traumático, assim como seus limites são fundamentais quando lidamos com escritos dessa natureza. Ou seja, devemos refletir sobre até que ponto a memória fragmentada de alguém igualmente fragmentado pela violência consegue dar forma a essa experiência nos seus testemunhos. Também é importante pensarmos sobre como essa memória ainda habita o presente entre o esquecimento e o silêncio, impostos ou não. Pois mesmo estando temporalmente no “pós” choque, não podemos tomar isso como algo já superado. Ainda estamos mergulhados no evento, e as representações dele são constantes, seja no esquecimento ou não.
Ainda que habitemos nessa memória do choque, a perda de algo a ser compartilhado – a chamada experiência transmissível, principalmente entre aqueles que sofreram repressão violenta – nos ajuda a indicar uma ruptura entre passado e presente. A memória do choque - a experiência extrema, o incomunicável - aponta para a perda da palavra como elo que tornava possível compartilhar experiências. Assim, o indivíduo, por incapacidade de narrar, compromete sua história e o seu testemunho e vive em um eterno presente.
Márcio Seligmann-Silva, no artigo “O Testemunho e a Política da Memória: O tempo depois das catástrofes”, trabalha com algumas definições de testemunho e destaca que a categoria de superstes, ou seja, a testemunha que é sobrevivente de um evento limite, “remete à situação singular do sobrevivente como alguém que habita na clausura de um acontecimento extremo que o aproximou da morte” (Seligmann-Silva, 2005, p. 81). Nas palavras de Tavares, isso ganha destaque: “De tudo o que passou ficou esse namoro com a morte que me acompanha nos momentos mais esdrúxulos. (...) De onde me vem esse ardor de perigo, essa paixão pela morte que não morri? Por ser um sobrevivente?” (Tavares, 2005, p. 292).
É importante ressalvar que é fundamental entender o testemunho como algo complexo onde História, visão, narrativa e julgamentos complementam-se, nem sempre com ausência de conflitos. Testemunho, portanto, não pode ser confundido com a historiografia e nem com autobiografia. É um fragmento que se junta à disciplina histórica para colher traços do passado. E a literatura de testemunho tem um importante papel nesse modo diverso de se relacionar com o passado. Sua idéia parte necessariamente de determinado presente para a elaboração do testemunho: “a memória é concebida como um local de construção de uma cartografia” (Seligmann-Silva, 2006, p. 79). Assim, nesse modelo, diferentes pontos no mapa da memória entrecruzam-se para a construção de um passado.
Em Tempo passado (2007), Beatriz Sarlo problematiza a idéia do testemunho como construção e fonte para a História de um país. Defende a idéia de que é melhor compreender que recordar, uma vez que a memória e a construção de um passado não dependem somente do testemunho em primeira pessoa, mas também de informações de outras fontes como a jornalística e documental. Comenta também sobre o papel da literatura, operando numa dimensão específica e particular, como fonte de entendimento do passado. A literatura intima e dialoga de forma mais forte as bases morais e subjetivas do que o depoimento. Tavares dá um passo além de um simples depoimento. Há muita reflexão em suas páginas. Há uma construção detalhada de cada passo dado, de cada dor sentida. Tarefa que não deixa de cumprir, ainda que para isso ele esteja presente em longas sessões de tortura que a lembrança o faz passar.
A escrita de Tavares, principalmente quando lida com a tortura sofrida durante sua prisão em 1969 no Rio de Janeiro, está fortemente marcado pelo tempo presente. Ele está diretamente mergulhado nesse presente quando faz referência à tortura, à prisão e à viagem para o exílio. Nessa parte da narrativa, o começo do livro, Tavares encontra-se dentro do avião partindo para o exílio: “No avião militar que nos conduz ao México, sinto frio.” (Tavares, 2005, p. 23). E Mais à frente: “Tudo é tensamente monótono nesse avião da FAB, da paisagem interna dos espaços desocupados às caras apreensivas dos soldados que se revezam na guarda, de pé, e não nos tiram os olhos” (Tavares, 2005, p. 37). É esse o ponto de partida para a recordação e construção da narrativa. É como se ele estivesse dentro do avião e a partir desse momento lembra como foi preso e como começou o processo todo de tortura e exílio. Um pouco mais à frente no texto, preso no PIC (Pelotão de Investigações Criminais), no Rio de Janeiro, Tavares tem o seu primeiro contato com a violência da repressão e novamente o narrador mostra-se no tempo presente: “Continuo algemado e tudo é tão rápido, feito com tanta destreza que não percebo aonde querem chegar com aqueles fios que me enrolam nos dedos da mão. Em seguida, sinto uma lança pelo braço e pelo corpo, uma lança seca, que não sangra, mas perfura de dentro para fora” (Tavares, 2005, p. 33).
Há um movimento de construção da memória e da narrativa na obra de Tavares. Imerso no presente, o autor intercala as sessões de tortura com algumas histórias ligadas à resistência e à oposição, principalmente as que culminaram na sua prisão, quase em sua totalidade no passado. Lembrar e escrever são atividades dolorosas na medida em que, quando escreve a partir desse presente sobre a tortura, ou a viagem para o exílio, é como ele se estivesse amarrado e amordaçado em um interrogatório, sendo obrigado a lembrar seus passos e suas histórias. Esse auto-interrogatório funciona como uma espécie de tortura: sofre, apanha, sente dor, sente-se esmiuçado e lembra, constrói e conta. Após suas sessões de auto-tortura ele reflete. Sua reflexão faz-se presente ao longo da obra toda, sempre após a violência que comete contra si mesmo. “O choque elétrico é a primeira dor profunda, mas a grande humilhação, símbolo da derrota e do ultraje, é despir-se (...). É o momento de mútua corrupção entre vítima e algoz” (Tavares, 2005, p. 39).
Tavares luta contra o esquecimento do horror e da violência das ditaduras pelas quais passou e é aqui que vemos a tarefa política proposta por sua narrativa. Além disso, conforme dito anteriormente, esse tipo de literatura de testemunho deve ser combinada com outros estudos, como por exemplo, a historiografia, para termos uma dimensão nova sobre a questão. Jeanne Marie Gagnebin, no artigo “Verdade e memória do passado” (2006), problematiza algumas questões envolvidas no tema:
[o historiador] precisa transmitir o inenarrável, manter viva a memória dos sem-nome, ser fiel aos mortos que não puderam ser enterrados. Sua ‘narrativa afirma que o inesquecível existe’ mesmo se nós não podemos descrevê-lo. Tarefa altamente política: lutar contra o esquecimento e a denegação é também lutar contra a repetição do horror (Gagnebin, 2006, p. 47).
Após a prisão no quartel do PIC, Tavares foi um dos prisioneiros trocado pela liberdade do embaixador americano Charles Elbrick, seqüestrado em 1969. Partiu para o exílio, onde permaneceu por 10 anos. Passou boa parte do tempo no México onde trabalhou como correspondente dos jornais Excelsior e Estado de São Paulo. Exilou-se também na Argentina e em Portugal.
Em 1977, foi seqüestrado pela repressão uruguaia, tendo ficado desaparecido por quase um mês, vendado e algemado. Interessante notar que, novamente ao falar da violência sofrida, o tempo volta para o presente:
Continuo vendado e só percebo que estou sendo içado por uma roldana – que pelas costas me agarra as algemas – quando meu corpo se eleva do solo. (...) Aos poucos, porém, uma dormência nos braços se expande pelo corpo como uma gangrena seca, progressiva. (...) Essa sensação de necrose só chega ao corpo. A mente continua lúcida (Tavares, 2005, p. 286).
Tavares também passou por uma experiência de dois fuzilamentos simulados e reflete: “Senti, apenas, aquela profunda tristeza das despedidas. Pensei nos meus filhos. (...) Ou morri pensando neles (...) Eu caminhei, eles dispararam, senti as balas e a morte (...) Simulados? (...) naquela madrugada de 15 de julho de 1977, eu fui executado em terra alheia e morri” (Tavares, 2005, p. 281).
Nesse ponto, ao falar de sua experiência extrema no Uruguai, a narrativa de Tavares alterna entre o tempo passado e o tempo presente. Podemos, talvez, pensarmos que a narrativa está no passado, principalmente por ele ter mencionado sua morte. Sua relação com esse momento é outra. Ele já não vive mais esse presente. Há diferenças entre essas manifestações do teor testemunhal e, como a maioria, esbarra no choque e na fragmentação. Ainda sim, percebemos em sua obra que ele tenta dar um passo além da denúncia e do remorso. A todo momento reflete. Tenta entender. Luta contra essa dor que é a sua memória e que não consegue esquecer. “(...) história que não inventei e que foram tão só refeitas, cosidas no tempo e no espaço, numa fiação paciente e dolorosa. Vivida – não inventada -, essa história deixou marcas, cicatrizes, neuroses (...) às vezes até diagnosticáveis até no olhar das vítimas (...) Ou tímida, recolhida e encapsulada em si mesma” Tavares, 2005, p. 289). Diferente de Penélope, sua fiação paciente e dolorosa talvez não tenha fim.

1. Imagens
Selecionei algumas imagens publicadas no livro Memórias do Esquecimento, que são fundamentais para que tenhamos uma nova dimensão da participação de Flávio Tavares na luta contra as ditaduras brasileira e uruguaia, principalmente. As imagens são significativas e representam o ativo trabalho do autor na busca para a redemocratização do período. Elas estão em uma seqüência cronológica, numa tentativa, muitas vezes difícil, senão impossível, de representar a trajetória das memórias de Tavares. Num primeiro momento temos a já clássica foto da ida para o exílio. Logo depois, a chegada ao México, momento de alívio e medo àqueles que foram expulsos. A terceira foto é peça fundamental da narrativa dessas memórias: Tavares foi preso e torturado por outra ditadura militar, mesmo estando exilado. Na seqüência, vemos a volta para casa pela lei da Anistia de 1979 e o encontro com o colega exilado, dez anos depois.

Figura 1
Na foto acima estão 13 dos 15 presos políticos trocados pela liberdade do embaixador norte - americano Charles Elbrick, seqüestrado em 1969. Tavares nunca suspeitou que pudesse ser um dos presos envolvidos na troca. Nessa foto estão embarcando para o exílio no México, todos algemados, num caso que ganhou destaque em boa parte da imprensa, nacional e internacional. Tanto o seqüestro do embaixador norte-americano quanto a libertação dos prisioneiros também ganharam um destaque diferente muitos anos depois, quando foram base para o filme brasileiro “O que é isso, companheiro?”, de 1997, e para o documentário “Hércules 56”, de 2006.

Figura 2
Nessa foto (fig. 2), temos a chegada do avião Hércules 56 ao destino dos exilados, o México. Além de Flávio Tavares, o destaque na foto é Gregório Bezerra (1900-1983), membro ativo do Partido Comunista Brasileiro, já perseguido político antes do golpe militar de 1964 pelo Estado Novo e um dos mais famosos presos torturados pela ditadura brasileira. Os prisioneiros viajaram todo o percurso algemados. Somente quando chegaram ao exílio é que as algemas foram retiradas logo após o pouso, porém, apenas por pressão dos agentes do governo mexicano responsáveis pela recepção aos presos políticos.

Figura 3
A foto acima (Fig. 3) é importante no longo caminho percorrido por Tavares no exílio. Em meados dos anos 70, utilizando um pseudônimo para poder ser correspondente do jornal “O Estado de São Paulo”, morou na Argentina e conviveu com o clima tenso do golpe militar de 1976. Em 1977, entrou no Uruguai para uma cobertura jornalística e acabou sendo preso pela ditadura uruguaia, ficando trinta dias desaparecido. Foi torturado e passou por dois fuzilamentos simulados. Esse é um momento fundamental do texto em que Tavares anuncia que morreu A pressão internacional fez com que o governo militar do Uruguai o mostrasse à imprensa mundial na prisão após esse período de “desaparecimento”, para comprovar que ainda estava vivo.

Figura 4
A foto acima (fig. 4) representa o momento do regresso ao país. A anistia permitiu a sua volta em 1979, dez anos após ser exilado pela repressão.

Figura 5
Voltando do exílio, Tavares se reencontra com Gregório Bezerra no aeroporto de Recife, dez anos depois de terem aparecido juntos naquela fotografia no México (fig. 3). Desde então, Tavares desenvolveu uma carreira bem sucedida dentro do jornalismo, e seu livro de memórias tem uma grande importância não só como base para uma análise da escrita da memória traumática, mas também dentro da memória coletiva do Brasil. Como uma das poucas obras que tratam abertamente do período da ditadura militar, Memórias do Esquecimento deve ser lida também como um forte apoio para o debate acerca da memória oficial de nosso país, o processo de anistia e de justiça às vítimas do regime militar, processo esse que vem caminhando a passos pequenos e intermitentes.

Bibliografia

GAGNEBIN, J. M. Verdade e memória do passado. In: _____. Lembrar. Escrever. Esquecer. São Paulo: Ed. 34, 2006.
SARLO, B. Tempo Passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Cia das Letras, 2007.
SELIGMANN-SILVA, M. O Testemunho e a Política da Memória: o tempo depois das catástrofes. Projeto História, São Paulo, n. 30, jun.2005, p. 71-98.
SELIGMANN-SILVA, M. Literatura e Trauma: um novo paradigma. In: _____. O Local da Diferença: ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução. São Paulo: Ed. 34, 2006.
SEMPRUN, J. A Escrita ou a Vida. São Paulo: Cia das Letras, 1995.
TAVARES, F. Memórias do Esquecimento. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2005.


1 Historiador, Mestrando em Teoria Literária pela UNICAMP, bolsista CNPq. E-mail: porto_dr@terra.com.br
2 A edição aqui utilizada foi publicada em 2005 pela Ed. Record, tendo sido revista e ampliada pelo autor da original publicada pela Ed. Globo em 1999.

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