“TEATRO AGORA É LIVRE”: AS CONTRADIÇÕES DE GAMA E SILVA E AS NEGOCIAÇÕES COM O SETOR TEATRAL (1967-1968)Miliandre Garcia1
Resumo: Com a posse do ministro Gama e Silva na pasta da Justiça em 1967, iniciou-se um movimento de protesto de artistas e intelectuais contra a censura de diversões públicas, com destaque ao setor teatral que arcava com o ônus da recém-transferência da censura para Brasília. Essa ampla movimentação da intelectualidade desencadeou atitudes ambíguas do ministro que, inicialmente, apoiou a maior reivindicação do setor e prometeu pôr um fim à censura teatral para, em seguida, apoiar o governo no seu projeto de politização da censura e continuidade da prática centralizada. Essa mudança de posição de Gama e Silva é o ponto de partida para se analisar a emergência de um acirrado debate sobre o assunto.
Palavras-chave: Ministério da Justiça; Gama e Silva; censura teatral; ditadura militar; resistência cultural.
Abstract: n 1967 began a protest movement against censorship of public entertainment, with a special participation of artists and intellectuals involved with theater. This movement of the intelligentsia has generated ambiguous attitudes of the minister of Justice Gama e Silva, who initially supported the demand of the artists and promised to put an end to theatrical censorship to then endorse the government in its project of politicization of censorship. Gama e Silva’s change of position is the starting point for analyzing the emergence of a strong debate on the subject.
Keywords: Ministry of Justice; Gama e Silva; theatrical censorship; military dictatorship; cultural resistance.
1 Professora do Departamento de História da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestrado em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
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