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Capa | Editorial | Sumário | Apresentação ISSN 1679-849X | Revista nº 14  |
APRESENTAÇÃOOs organizadores do número 14 da Revista Eletrônica Literatura e Autoritarismo têm o privilégio de trazer a contribuição do escritor Wilson Bueno em dois momentos: o primeiro através da tradução para o Francenglish de um texto que será publicado pela Oxford Press University – AQUIDAUANA AFTERNOON – e o segundo por meio da entrevista que o escritor concedeu a Antônio Rodrigues Belon - WILSON BUENO, O POETA DE CURITIBA: UM PEQUENO RETRATO EM FORMA DE ENTREVISTA DO CANTOR DAS TARDES MELANCÓLICAS DA FLORESTA.
Com o título LITERATURA: COMPREENSÃO CRÍTICA, esta edição procura apresentar textos que contribuem para o questionamento de certas estruturas consolidadas no ato de ler as obras literárias e a cultura. Assim, João Luis Pereira Ourique e Maiane Liana Hatschbach Ourique trazem o artigo COMPREENDER A CULTURA EM SEU DEVIR: PROCESSOS DE LEITURA E FORMAÇÃO, no qual buscam discutir os processos que interferem na compreensão dos contextos históricos trazidos pela tradição literária e do próprio contexto em que o leitor se insere.
Enéias Farias Tavares apresenta um estudo sobre a obra Maus na perspectiva da literatura de testemunho. Com o título LITERATURA DE TESTEMUNHO NO PRIMEIRO VOLUME DE MAUS, DE ART SPIEGELMAN: A IMPOSSIBILIDADE DA NARRATIVA FACTUAL, Tavares parte da importância que tais produções tiveram e ainda possuem para que as atrocidades cometidas durante a Segunda Grande Guerra sejam percebidas pelas novas gerações e sentidas como parte do processo histórico.
REPRESENTAÇÕES ACERCA DO ESTRANGEIRO E DA CIDADE INTERIORANA EM LIMITE BRANCO, DE CAIO FERNANDO ABREU, de Ana Paula Cantarelli, apresenta um estudo sobre o primeiro romance do escritor gaúcho, destacando a mudança do interior para a capital do Rio Grande do Sul e as consequentes transformações advindas dos choques culturais experienciados pelo escritor.
Gizele Cristiana Carneiro e Níncia Cecília Ribas Borges Teixeira contribuem para esta edição com um artigo sobre Clarice Lispector. No trabalho, intitulado LETRAS DISSECADAS: A CRÔNICA CLARICEANA COMO EXERCÍCIO DA INTROSPECÇÃO, as pesquisadoras se propõem a uma “reflexão que busque compreender de que forma a escritora, a partir das ‘revoluções’ ocorridas no interior do ser humano, retira a matéria-prima para suas crônicas, gerando de certa forma uma situação paradoxal, já que a gênese da crônica são os fatos cotidianos exteriores ao sujeito”.
O diálogo interdisciplinar entre Literatura e História é destacado por Maria Aparecida Munhoz de Omena e Luciane Munhoz de Omena no artigo intitulado DA LITERATURA À HISTÓRIA EM IDEÓLOGO, DE FÁBIO LUZ. As autoras consideram que a obra de Fábio Luz “vem ao encontro de todo indivíduo perplexo diante de uma sociedade discriminatória, em que o valor do homem concentra-se na propriedade e, em contrapartida, a igualdade, a fraternidade, o respeito mútuo e o amor são elementos relegados a segundo plano”.
CENSURA TEATRAL NO BRASIL: UMA VISÃO HISTÓRICA, de Seleste Michels da Rosa, aborda “a censura teatral brasileira desde que ela iniciou, entre 1833 e 1843, até 1988, quando a constituição brasileira acabou qualquer tipo de censura e permitiu a completa liberdade de expressão”. A autora admite que o ensaio ainda é um rascunho, mas ele se torna interessante sob o ponto de vista do resgate histórico, mostrando as “incongruências e inconsistências” da censura no Brasil.
Matheus Trevizam discute a “polifonia” virgiliana em seu artigo MARAVILHAMENTO OU APREENSÃO NO ENCÔMIO DA ITÁLIA? O SEGUNDO LIVRO DAS “GEÓRGICAS” DE VIRGÍLIO, no qual, além da bibliografia especializada sobre o tema, apresenta a leitura do próprio poema.
E, fechando este número da Revista, o texto de Elcio Cornelsen, intitulado TOTALITARISMO, reflete sobre a história deste conceito-chave que embasa as discussões do Grupo de Pesquisa.
Agradecemos aos autores por sua valiosa contribuição à Revista Literatura e Autoritarismo. Com seus trabalhos, certamente trazem idéias e abordagens que auxiliam a discussão em torno de nossa visão sobre os estudos literários.
João Luis Pereira Ourique
Rosani Ketzer Umbach (Organizadores) |
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