<<volta
RESULTADOS
POR TIPO FITOGEOGRÁFICO
Região
da Floresta Ombrófila Densa
A Floresta
Ombrófila Densa, em seus estágios iniciais, médios
e avançados de sucessão, ocupa uma área de
683,75 km² (68.375 ha), o que representa 0,24% da superfície
do Estado e 1,39% da área total coberta com florestas naturais.
Estágios Sucessionais Médio e Avançado
a) Composição
Florística
A
relação das espécies amostradas encontra-se
na Tabela "Composição florística das parcelas
- Tipo Fitogeográfico: Ombrófila Densa" (Anexo
3.1.a).
Foram encontradas 181 espécies pertencentes à 55 famílias
botânicas, considerando-se os indivíduos com CAP >
ou = 30 cm, além de 23 árvores não identificadas,
38 árvores mortas e algumas espécies exóticas,
tais como: Citrus sp., Tecoma stans e Hovenia dulcis, respectivamente
com 1, 3 e 2 indivíduos.
As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade
média de 2,825, conforme o índice de Diversidade de
Shannon, embora algumas parcelas apresentaram índices superiores
a 3,0.
As famílias Myrtaceae, com 28 espécies, e Lauraceae,
com 16 espécies, foram as mais expressivas da Floresta Ombrófila
Densa, seguidas de Euphorbiaceae (10), Flacourtiaceae e Rubiaceae
(7), Fabaceae, Solanaceae e Moraceae (6), Mimosaceae, Annonaceae,
Meliaceae, Myrsinaceae e Sapotaceae (5), Asteraceae, Bignoniaceae,
Rutaceae e Sapindaceae (4), Aquifoliaceae, Arecaceae, Cecropiaceae
e Verbenaceae (3). Das 34 famílias restantes, 7 apresentaram
2 espécies e 27, 1 única espécie.
b) Parâmetros Dendrométricos
Os
parâmetros dendrométricos das parcelas amostradas na
Floresta Ombrófila Densa indicaram um diâmetro médio
de 17,78 cm, variando entre 14,38 cm (Parcela 1522) e 21,73 cm (Parcela
1510); o diâmetro mínimo foi 9,55 cm, que constitui
o limite inferior fixado para o levantamento do estoque de crescimento;
o diâmetro máximo foi 155,02 cm pertencente a uma árvore
de Ficus organensis (Figueira-da-folha-miúda), número
432 da parcela 1548 - Carta Gravataí; o coeficiente de variação
médio dos diâmetros foi de 52,79%, variando de 35,24%
(Parcela 1528) a 77,83% (Parcela 1553).
A altura total
média foi de 10,17 m, variando de 6,48 m (Parcela 1553) a
12,64 m (Parcela 1529); a altura total mínima medida foi
de 1,50 m; a altura total máxima encontrada foi de 28,3 m
de uma espécie não identificada da parcela 1529 ;
o coeficiente de variação médio da altura total
foi de 31,30%, variando de 21,16% (Parcela 1512) a 49,73% (Parcela
1517).
A altura comercial média foi estimada em 6,01 m, variando
entre 4,34 m (Parcela 1553) e 7,49 m (Parcela 1549); a altura comercial
mínima medida foi de 1,30 m e a máxima de 20,8 m,
pertencente a um Tetrorchidium rubrivenium (Canemaçu) - árvore
543 da parcela 1549; e o coeficiente de variação médio
das alturas comerciais foi de 38,35%, variando entre 22,69% (Parcela
1553) e 48,33% (Parcela 1518).
O número
médio de árvores da Floresta Ombrófila Densa,
considerando todos os indivíduos com CAP ³
30 cm, foi estimado em 1.076,71 árvores/ha, variando
entre 660 árvores/ha (Parcela 1528) e 2.070 árvores/ha
(Parcela 1517).
A área basal média resultou em 34,33 m²/ha, variando
entre 13,03 m²/ha (Parcela 1528) e 52,29 m²/ha (Parcela 1517).
O volume comercial
médio da Floresta Ombrófila Densa foi estimado em
196,78 m³/ha, variando entre 81,79 m³/ha (Parcela 1528) e 288,92
m³/ha (Parcela 1548).
O Índice de Diversidade de Shannon foi de 2,8250, variando
entre 1,6186 (Parcela 1553) e 3,6697 (Parcela 1548).
Comparando-se
os parâmetros dendrométricos da Floresta Ombrófila
Densa com a média geral do Estado, verifica-se que esta apresentou
diâmetro médio menor, altura aproximadamente igual,
e número de árvores, área basal, volume e índice
de Shannon, superiores à média do Estado.
c) Produção Quantitativa por Espécie e por
Hectare
Espécie
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Alchornea
triplinervia
Euterpe edulis
Cabralea canjerana
Mortas
Tetrorchidium rubrivenium
Calyptranthes concinna
Virola bicuhyba
Casearia sylvestris
Sebastiania commersoniana
Nectandra megapotamica
Tibouchina sellowiana
Talauma ovata
Ficus organensis
Guapira opposita
Nectandra lanceolata
Piptocarpha tomentosa
Nectandra oppositifolia
Alsophila sp
Cedrela fissilis
Ficus luschnathiana
Sub-total
Restantes
TOTAL
|
12,35
10,45
8,76
6,67
6,14
5,77
5,43
4,89
4,59
4,22
4,12
4,02
3,89
3,84
3,58
3,40
3,30
3,20
3,12
2,87
104,61
92,17
196,78
|
6,28
5,31
4,45
3,39
3,12
2,93
2,76
2,49
2,33
2,14
2,09
2,04
1,98
1,95
1,82
1,73
1,68
1,63
1,59
1,46
53,16
46,84
100,00
|
42,38
94,42
44,06
50,64
24,00
17,84
8,65
50,58
34,00
19,58
17,85
8,82
1,93
34,49
11,42
12,92
11,03
49,30
15,36
8,85
558,12
518,56
1076,68
|
3,94
8,77
4,09
4,70
2,23
1,66
0,80
4,70
3,16
1,82
1,66
0,82
0,18
3,20
1,06
1,20
1,02
4,58
1,43
0,82
51,84
48,16
100,00
|
2,14
1,26
1,78
1,12
1,01
1,41
0,98
0,87
0,87
0,73
1,10
0,61
1,34
0,79
0,53
0,53
0,48
0,52
0,47
0,63
19,17
15,16
34,33
|
6,23
3,67
5,18
3,26
2,94
4,11
2,85
2,53
2,53
2,13
3,20
1,78
3,90
2,30
1,54
1,54
1,40
1,51
1,37
1,84
55,84
44,16
100,0
|
Estes resultados
mostram que as espécies relacionadas nesta Tabela, incluindo
as árvores mortas, foram as que mais contribuiram para a
composição do volume comercial. Para efeito de comparação
com os resultados médios do Estado, tomou-se também
um grupo de 20 espécies.
Estas 20 espécies, incluindo as árvores mortas, contribuiram
com 104,61 m³/ha (53,16%) do volume comercial, 558,12 árvores/ha
(51,84%) e 19,17 m²/ha (55,84%) da área basal.
Analisando-se
a estrutura diamétrica da produção quantitativa,
para todas as espécies amostradas na Floresta Ombrófila
Densa, constata-se a distribuição apresentada na Tabela
abaixo.
Classe
DAP(cm)
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
10
- 20
20 - 30
30 - 40
40 - 50
50 - 60
60 - 70
70 - 80
80 - 90
> 90
TOTAL
|
77,60
54,96
27,97
16,81
4,48
5,39
2,20
0,25
7,12
196,78
|
39,44
27,93
14,21
8,54
2,28
2,74
1,12
0,13
3,61
100,00
|
800,72
185,79
54,75
21,36
4,36
4,29
1,71
0,14
3,57
1.076,69
|
74,37
17,26
5,09
1,98
0,40
0,40
0,16
0,01
0,33
100,00
|
33,26
25,52
14,16
9,43
2,97
4,17
2,10
0,23
8,16
100,00
|
33,26
25,52
14,16
9,43
2,97
4,17
2,10
0,23
8,16
100,00
|
Observa-se nesta
Tabela que, nas classes diamétricas 10-40 cm concentravam-se
160,53 m³/ha (81,58%) do volume comercial, 1.041,26 árvores/ha
(96,71%) e 25,04 m²/ha (72,96%) da área basal.
d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
Estes
resultados evidenciam que a classe de qualidade 2 concentrava os
maiores quantitativos da Floresta Ombrófila Densa, ou seja,
83,70 m³/ha (42,53%) do volume comercial, 410,54 árvores/ha
(38,13%) e 14,61 m²/ha (42,58%) da área basal, por hectare,
era composta por indivíduos com fuste reto a levemente tortuoso,
cilíndrico ou com pequena excentricidade, sem defeitos aparentes,
presença de galhos de pequeno porte ...
Classe
Qualidade
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Qualidade
1
Qualidade 2
Qualidade 3
Qualidade 4
Não classificada
TOTAL
|
42,17
83,70
59,28
4,00
7,63
196,78
|
21,43
42,53
30,13
2,03
3,88
100,00
|
184,52
410,54
411,68
15,52
54,42
1076,68
|
17,14
38,13
38,24
1,44
5,05
100,00
|
6,93
14,61
10,59
0,88
1,32
34,33
|
20,19
42,58
30,84
2,55
3,84
100,00
|
e) Produção Qualitativa: Sanidade
Em relação
às condições de sanidade, constatou-se a seguinte
distribuição dos quantitativos, por classe de sanidade:
Classe
Sanidade
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Danos
por animais
Danos complexos
Danos por fungos
Danos por insetos
Danos abióticos
Árvores mortas
Árvores saudáveis
Não classificada
TOTAL
|
0,00
23,17
0,31
2,43
3,68
6,53
159,52
1,14
196,78
|
0,00
11,77
0,16
1,24
1,87
3,32
81,06
0,58
100,00
|
0,00
108,76
3,43
9,68
13,43
49,14
886,25
5,99
1076,68
|
0,00
10,10
0,32
0,90
1,25
4,56
82,31
0,56
100,00
|
0,00
4,23
0,04
0,42
0,66
1,10
27,62
0,26
34,33
|
0,00
12,31
0,13
1,22
1,91
3,20
80,46
0,77
100,00
|
Como se pode
observar, 159,52 m³/ha (81,06%) do volume comercial, 886,25 árvores/ha
(82,31%) e 27,62 m²/ha (80,46%) da área basal eram constituídos
por indivíduos saudáveis. Os danos mais expressivos
foram os complexos, que incidiam sobre 23,17 m³/ha (11,77%) do volume
comercial, 108,76 árvores/ha (10,10%) e 4,23 m²/ha (12,31%)
da área basal.
f) Produção Qualitativa: Classe de Copa
A análise
da formação da copa das árvores da Floresta
Ombrófila Densa revelou a seguinte distribuição
da produção quantitativa:
Classe
Copa
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Copa
curta
Copa danificada
Copa longa
Copa média
Não classificada
TOTAL
|
46,15
3,68
43,12
97,31
6,52
196,78
|
23,45
1,87
21,91
49,45
3,32
100,00
|
337,21
15,90
153,33
520,11
50,13
1076,68
|
31,32
1,48
14,24
48,31
4,65
100,00
|
7,20
0,67
8,13
17,20
1,13
34,33
|
20,97
1,97
23,68
50,10
3,28
100,00
|
Esses resultados
mostram que, 97,31 m³/ha (49,45%) do volume comercial, 520,11 árvores/ha
(48,31%) e 17,20 m²/ha (50,10%) da área basal apresentavam
copa média, ou seja, copas com comprimento entre ½
e ¼ da altura total das árvores.
g) Produção Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise
das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos
na comunidade, indicou a distribuição da produção
quantitativa da Floresta Ombrófila Densa, por classe de valorização
é apresentada na Tabela abaixo.
Observa-se nesses
resultados que os maiores quantitativos da Floresta Ombrófila
Densa, 76,41 m³/ha (38,83%) do volume comercial, 423,78 árvores/ha
(39,36%) e 13,95 m²/ha (40,64%) da área basal, apresentavam
crescimento médio, isto é, os indivíduos tem
possibilidade de mudança lenta na posição sociológica.
Posição
Sociológica
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Estrato
co-dominante
Estrato dominado
Estrato dominante
Estrato suprimido
Não classificada
TOTAL
|
68,35
33,14
87,23
1,54
6,52
196,78
|
34,74
16,84
44,33
0,78
3,31
100,00
|
450,65
325,86
239,42
10,60
50,13
1076,68
|
41,85
30,26
22,24
0,99
4,66
100,00
|
11,27
5,45
16,21
0,27
1,13
34,33
|
32,83
15,88
47,22
0,78
3,29
100,00
|
Os resultados
mostram que os maiores quantitativos da Floresta Ombrófila
Densa, 87,23 m³/ha (44,33%) do volume comercial, 239,42 árvores/ha
(22,24%) e 16,21 m²/ha (47,22%) da área basal, eram compostos
por indivíduos que ocupam o estrato dominante, seguido do
co-dominante e do dominado.
i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
As
20 espécies mais características e importantes da
Floresta Ombrófila Densa estão relacionadas abaixo,
por ordem do Valor de Importância (VI). Estas espécies
são as mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta,
sendo as mais representativas da associação.
Estas 20 espécies
(10,75% do total) representavam 54,43% da Densidade Relativa (número
de indivíduos), 23,58% da Freqüência Relativa,
48,53% da Dominância Relativa (área basal), 42,18%
do Valor de Importância e 51,48% do Valor de Cobertura total
da floresta.
As 166 espécies restantes (89,25% das espécies), incluindo
as exóticas encontradas, mais as não identificadas
e cipós representavam 45,57% da Densidade Relativa, 76,42%
da Freqüência Relativa, 51,47% da Dominância Relativa,
57,82% do Valor de Importância e 48,52% do Valor de Cobertura
total.
Espécies
|
DR
|
FR
|
DoR
|
VI(%)
|
Vi(%)Acum.
|
VC(%)
|
VC(%)Acum.
|
Euterpe
edulis
Alchornea triplinervia
Cabralea canjerana
Mortas
Casearia sylvestris
Guapira opposita
Alsophila sp.
Tetrorchidium rubrivenium
Sebastiania commersoniana
Calyptranthes concinna
Nectandra megapotamica
Tibouchina sellowiana
Cedrela fissilis
Meliosma sellowii
Cupania vernalis
Piptocarpha tomentosa
Cinnamomun glaziovii
Mysine umbellata
Nectandra lanceolata
Gymnathes concolor
Sub total
Restantes
TOTAL
|
8,77
3,94
4,09
4,70
4,70
3,20
4,58
2,23
3,16
1,66
1,82
1,66
1,43
1,29
1,26
1,20
1,05
1,32
1,06
1,31
54,43
45,57
100,0
|
1,16
2,13
2,13
2,32
1,74
1,74
0,58
1,35
0,39
0,19
1,16
0,19
1,35
1,16
1,35
0,58
1,16
1,16
0,58
1,16
23,58
76,42
100,0
|
3,68
6,24
5,21
3,27
2,53
2,32
1,53
2,95
2,54
4,09
2,14
3,22
1,38
1,11
0,87
1,54
1,07
0,74
1,56
0,54
48,53
51,47
100,0
|
4,54
4,10
3,81
3,43
2,99
2,42
2,23
2,18
2,03
1,98
1,71
1,69
1,39
1,19
1,16
1,11
1,09
1,07
1,07
1,00
42,18
57,82
100,0
|
4,54
8,64
12,45
15,88
18,87
21,29
23,52
25,70
27,73
29,71
31,41
33,10
34,49
35,68
36,84
37,94
39,04
40,11
41,18
42,18
|
6,23
5,09
4,65
3,99
3,62
2,76
3,06
2,59
2,85
2,88
1,98
2,44
1,41
1,20
1,07
1,37
1,06
1,03
1,31
0,93
51,48
48,52
100,0
|
6,23
11,32
15,97
19,96
23,57
26,33
29,39
31,98
34,83
37,70
39,68
42,12
43,53
44,73
45,79
47,16
48,22
49,25
50,56
51,49
|
É importante
destacar que as árvores mortas (3,43% do VI) apareciam em
quarto lugar na ordem de importância das espécies.
A participação das árvores mortas é
significativa na composição das comunidades e constitui
um fenômeno natural de substituição dos indivíduos
na dinâmica da floresta.
j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies
com distribuição regular dos indivíduos nos
estratos, isto é, com maior número nos estratos inferiores,
diminuindo para os superiores, são as mais estáveis
na associação.
A situação particular de cada espécie na estrutura
vertical da Floresta Ombrófila Densa pode ser verificada
nessa Tabela.
k) Regeneração Natural
- Composição
Florística:
Foram
encontradas 89 espécies pertencentes a 32 famílias
botânicas, além de alguns indivíduos não
identificados, incluindo cipós. O Índice de Diversidade
de Shannon foi de 2,0347.
As famílias
Myrtaceae e Lauraceae foram as mais representativas da regeneração
natural, com 12 e 9 espécies, respectivamente, seguidas de
Euphorbiaceae, com 7 espécies, Meliaceae e Rutaceae, com
5 espécies; Fabaceae, Moraceae e Rubiaceae, com 4 espécies;
Monimiaceae e Sapindaceae, com 3 espécies. Das 22 famílias
restantes, 11 apresentaram 2 espécies e 11 apresentaram 1
espécie apenas.
- Parâmetros Dendrométricos:
O diâmetro
médio da regeneração natural foi de 3,83 cm,
variando entre 2,10 cm (Parcela 1516) e 7,89 cm (Parcela 1549);
o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo
foi de 9,52 cm, que constituem os limites fixados para o levantamento
da regeneração natural; o coeficiente de variação
médio dos diâmetros foi de 39,28%, variando de 14,25%
(Parcela 1549) a 64,89% (Parcela 1516).
A altura total
média da regeneração natural, na Floresta Ombrófila
Densa, foi de 5,97 m, variando de 4,56 m (Parcela 1529) a 8,32 m
(Parcela 1549); a altura total mínima medida foi de 1,70
m e a máxima foi 13,4 m; o coeficiente de variação
médio da altura total foi de 37,99%, variando de 27,67% (Parcela
1549) a 57,49% (Parcela 1512).
O número
médio de indivíduos na regeneração natural,
considerando todos os indivíduos com CAP ³
3,0 cm e < 30,0cm, resultou 5.175,71 indivíduos/ha,
variando entre 90 indivíduos/ha (Parcela 1549) e 12.400 indivíduos/ha
(Parcela 1516).
A área
basal média da regeneração natural resultou
em 4,96 m²/ha, variando entre 0,4400 m²/ha (Parcela 1549) e 12,5030
m²/ha (Parcela 1522).
O Índice de Diversidade de Shannon foi de 2,0347, variando
entre 1,6770 (Parcela 1549) e 2,6421 (Parcela 1548).
- Distribuição de Freqüência
A distribuição do número de indivíduos
por classes diamétricas e classes de altura das espécies
amostradas na regeneração natural (CAP entre 3 e 30
cm) da Floresta Ombrófila Densa encontra-se sumarizada na
Tabela abaixo.
Foram encontrados
5.175,7 indivíduos por hectare na regeneração
natural, sendo 1.829,3 menores que 3 m de altura, 2.289,3 entre
3 e 6 m de altura e 1.057,1 maiores que 6 m de altura.
As 20 espécies
relacionadas nesta Tabela foram as mais abundantes na regeneração
natural, contribuindo com 3.544,0 indivíduos por hectare,
o que representa 68,47% da regeneração natural. As
demais espécies, com 1.631,7 indivíduos por hectare,
contribuiram com 31,53% dos indivíduos presentes na regeneração
natural.
Espécies
|
Altura
< 3 m
|
Altura
3-6 m
|
Altura
> 6 m
|
Total
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
Inga
marginata
Boehmeria caudata
Mollinedia sp.
Piper gaudichaudianum
Euterpe edulis
Psychotria suterella
Trichilia lepidota
Daphnopsis racemosa
Geonoma gamiova
Myrsine sp.
Rollinia sylvatica
Allophylus edulis
Sorocea bonplandii
Esenbeckia grandiflora
Sebastiania commersoniana
Trichilia pallens
Zanthoxylum rhoifolium
Mollinedia schottiana
Aiouea saligna
Citronella paniculata
Sub total
Restantes
TOTAL |
500,0
85,7
71,4
150,0
78,6
0,0
71,4
142,9
142,9
0,0
0,0
0,0
7,8
71,4
0,0
64,3
0,0
71,4
71,4
71,4
1600,6
228,7
1829,3
|
27,33
4,68
3,90
8,20
4,30
0,00
3,90
7,81
7,81
0,00
0,00
0,00
0,43
3,90
0,00
3,52
0,00
3,90
3,90
3,90
87,50
12,5
100,00
|
215,0
314,3
242,9
86,4
86,4
178,6
71,4
0,0
0,0
0,7
85,7
71,4
39,3
7,1
78,6
15,0
0,0
7,1
7,1
0,0
1507,0
782,3
2289,3
|
9,39
13,73
10,61
3,77
3,77
7,80
3,12
0,00
0,00
0,03
3,74
3,12
1,72
0,31
3,43
0,66
0,00
0,31
0,31
0,00
65,83
34,17
100,00
|
1,4
71,4
7,1
0,0
23,6
0,0
16,4
0,0
0,0
115,0
14,3
28,6
48,6
14,3
7,1
2,9
78,6
0,0
0,0
7,1
436,4
620,7
1057,1
|
0,13
6,75
0,67
0,00
2,23
0,00
1,55
0,00
0,00
10,88
1,35
2,71
4,60
1,35
0,67
0,27
7,44
0,00
0,00
0,67
41,28
58,72
100,00
|
716,4
471,4
321,4
236,4
188,6
178,6
159,2
142,9
142,9
115,7
100,0
100,0
95,7
92,8
85,7
82,2
78,6
78,5
78,5
78,5
3544,0
1631,7
5175,7
|
13,84
9,11
6,21
4,57
3,64
3,45
3,08
2,76
2,76
2,24
1,93
1,93
1,85
1,79
1,66
1,59
1,52
1,52
1,52
1,52
68,47
31,53
100,00
|
Observou-se ainda, uma expressiva presença de cipós,
ocorrendo 214,3 indivíduos por hectare, o que representa
4,14% do total.
l) Análise estatística
A partir das 14 unidades amostrais levantadas nos estágios
médio e avançado da Floresta Ombrófila Densa,
resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com
casca:
- Média aritmética: = 196,78 m³/ha
- Variância: = 3.020,60 (m³/ha)²
- Desvio padrão: = 54,96 m³/ha
- Coeficiente de variação: = 27,93%
- Variância da média: = 232,26 (m³/ha)²
- Erro padrão: = ± 15,24 m³/ha
- Erro de amostragem
a) Erro
absoluto: - = ± 30,17 m³/ha
b) Erro
relativo: - = ± 15,33%
- Intervalo
de confiança para a média
IC [166,60 m³/ha £ x £
226,96 m³/ha] = 95%
- Total da população = 13.454.833 m³
- Intervalo de confiança para o total
IC [1.139.127 m³ £ X £
15.518.390 m³] = 95%
Estágio Sucessional Inicial
d) Composição florística
Foram
encontradas 17 espécies pertencentes à 7 famílias
botânicas, incluindo uma espécie exótica, a
goiabeira (Psidium guajava). O Índice de Diversidade de Shannon
foi de 1,2440.
A família
Asteraceae, com 9 espécies, foi a mais representativa desses
Estágios Iniciais, seguida de Melastomataceae e Myrsinaceae,
com 2 espécies e Bignoniaceae, Cunoniaceae, Escalloniaceae
e Fabaceae, com 1 espécie apenas.
e) Parâmetros dendrométricos
O diâmetro
médio dos estágios iniciais foi de 2,49 cm, variando
entre 1,41 cm (Parcela 1554) e 4,15 cm (Parcela 1523); o diâmetro
mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de
22,60 cm; o coeficiente de variação médio dos
diâmetros foi de 41,21%, variando entre 22,94% (Parcela 1554)
e 57,90% (Parcela 1523).
A altura total
média dos estágios iniciais foi de 2,35 m, variando
entre 1,53 m (Parcela 1554) a 3,22 m (Parcela 1523); a altura total
mínima medida foi de 1,30 m e a máxima foi 2,00 m;
o coeficiente de variação médio da altura total
foi de 21,60%, variando entre 12,65% (Parcela 1554) e 26,91% (Parcela
1511).
O número
médio de indivíduos nos estágios iniciais,
considerando todos os indivíduos com CAP
³ 3,0 cm, resultou 20.036,67 indivíduos/ha, variando
entre 1.110,0 indivíduos/ha (Parcela 1523) e 41.000,0 indivíduos/ha
(Parcela 1511).
A área
basal média dos estágios iniciais resultou em 5,37
m²/ha, variando entre 1,5037 m²/ha (Parcela 1523) e 11,8044 m²/ha
(Parcela 1511).
O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,2440, variando
entre 0,6682 (Parcela 1554) e 1,9889 (Parcela 1511).
f) Distribuição de freqüência
Espécies
|
Altura
< 3 m
|
Altura
3-6 m
|
Altura
> 6 m
|
Total
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
Baccharis
articulata
Tibouchina sp.
Myrsine coriacea
Baccharis semiserrata
Eupatorium polystachyum
Baccharis sp.
Eupatorium serratum
Piptocarpha tomentosa
Baccharis spicata
Eupatorium rufescens
Lamanonia ternata
Baccharis punctulata
Escallonia bifida
Jacaranda puberula
Machaerium stipitatum
Myrsine sp.
Psidium guajava
Tibouchina sellowiana
Sub-total
Restantes
TOTAL |
3666,7
2666,7
2000,0
2333,3
333,3
1000,0
1000,0
1000,0
666,7
666,7
336,7
0,0
100,0
333,3
0,0
0,0
333,3
43,3
16480,0
0,0
16480,0
|
22,25
16,18
12,14
14,16
2,02
6,07
6,07
6,07
4,05
4,05
2,04
0,00
0,61
2,02
0,00
0,00
2,02
0,26
100,00
0,0
100,0
|
0,0
666,7
1000,0
0,0
1333,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
333,3
76,7
0,0
3,3
16,7
0,0
126,7
3556,7
0,0
3556,7
|
0,00
18,74
28,12
0,00
37,49
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
9,37
2,16
0,00
0,09
0,47
0,00
3,56
100,00
0,0
100,0
|
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
|
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
100,0
100,00
|
3666,7
3333,4
3000,0
2333,3
1666,6
1000,0
1000,0
1000,0
666,7
666,7
336,7
333,3
176,7
333,3
3,3
16,7
333,3
170,0
20036,7
0,0
20036,7
|
18,30
16,64
14,97
11,65
8,32
4,99
4,99
4,99
3,33
3,33
1,68
1,66
0,88
1,66
0,02
0,08
1,66
0,85
100,00
0,00
100,0
|
Foram encontrados
20.036,7 indivíduos por hectare nos Estágios Iniciais
de Sucessão, sendo 16.480,0 menores que 3 m de altura, 3.556,7
entre 3 e 6 m de altura e nenhum indivíduo maior que 6 m
de altura.
As 18 espécies
relacionadas nesta Tabela foram as amostradas nos estágios
iniciais da Floresta Ombrófila Densa, contribuindo com 20.036,7
indivíduos por hectare, o que representa 100,0% do número
de indivíduos. Destes, 16.480,0 apresentavam alturas menores
que 3 m, 3.556,7 entre 3 e 6 m, e nenhum indivíduo foi amostrado
com altura maior do que 6 m.
Baccharis articulata, Tibouchina sp., Myrsine coriacea,
Baccharis semiserrata e Eupatorium polystachyum foram
as espécies mais abundantes nos estágios iniciais
deste tipo fitogeográfico, contribuindo com 69,88% do número
total de indivíduos.
<<volta
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Parque do Espinilho
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