<<volta
RESULTADOS
POR TIPO FITOGEOGRÁFICO
Região
das Áreas de Tensão Ecológica
As florestas
da Região das Áreas de Tensão Ecológica,
em seus estágios iniciais, médios e avançados
de sucessão, ocupam uma área de 3.199,65 km² (319.965
ha), o que corresponde a 1,13% da superfície do Estado e
6,49% da área total coberta com florestas naturais
Estágios
Sucessionais Médio e Avançado
a) Composição
florística
Foram encontradas 147 espécies pertencentes à 47 famílias
botânicas, entre os indivíduos com CAP
³ 30 cm, 1 árvore não identificada, 35
árvores mortas e 2 cipós não identificados,
além de 1 indivíduo da espécies exótica
Tecoma stans. As comunidades amostradas apresentaram, em
conjunto, uma diversidade média de 2,4721, conforme pode
ser observado pelo Índice de Diversidade de Shannon, embora
algumas parcelas apresentaram índices superiores a 3,0.
As famílias
Myrtaceae e Lauraceae foram as mais representativas
das florestas da Área de Tensão Ecológica,
com 19 e 11 espécies, respectivamente, seguidas de Fabaceae
(8); Flacourtiaceae e Mimosaceae (7); Meliaceae
e Rutaceae (6); Anacardiaceae, Euphorbiaceae, Moraceae
e Sapindaceae (5); Caesalpiniaceae (4); Rubiaceae,
Araliaceae, Bignoniaceae, Boraginaceae, Sapotaceae, Solanaceae,
Ulmaceae e Verbenaceae, com 3 espécies. Das 27
famílias restantes, 8 apresentaram 2 espécies e 19
apresentaram 1 espécie apenas.
b) Parâmetros
Dendrométricos
Os dados das parcelas amostradas na Região das Áreas
de Tensão Ecológica
indicaram os seguintes parâmetros dendrométricos: O
diâmetro médio foi estimado em 18,00 cm, variando entre
12,83 cm (Parcela 1809) e 22,45 cm (Parcela 618); o diâmetro
mínimo foi 9,55 cm e o diâmetro máximo foi 101,86
cm pertencente a um Ficus insipida (Figueira), árvore
nº 68 da Parcela 1456 - Carta Caxias do Sul; o coeficiente
de variação médio dos diâmetros foi de
48,65%, variando entre 27,47% (Parcela 602) e 74,81% (Parcela 121).
A altura total
média foi estimada em 10,23 m, variando de 7,35 m (Parcela
1808) a 13,62 m (Parcela 1449); a altura total mínima medida
foi de 1,30 m; a altura total máxima amostrada foi de 29,90
m, correspondente a árvore nº 43 da Parcela 1456 – Cordia
trichotoma (Louro); o coeficiente de variação
médio da altura total foi de 30,65%, variando entre 17,42%
(Parcela 603) e 41,55% (Parcela 625). A altura comercial média
foi estimada em 5,02 m, variando entre 3,63 m (Parcela 619) e 7,16
m (Parcela 1456); a altura comercial mínima medida foi de
1,00 e a máxima foi de 19,70 m, pertencente à árvore
284 – Jacaranda micrantha (Caroba), da Parcela 1456; e o
coeficiente de variação médio das alturas comerciais
foi de 41,33%, variando entre 28,51% (Parcela 603) e 56,17% (Parcela
614).
O número
médio de árvores, considerando todos os indivíduos
com CAP ³ 30 cm, foi estimado em
806,61 árvores/ha, variando entre 470 árvores/ha (Parcela
616) e 1.360 árvores/ha (Parcela 1809).
A área
basal média resultou em 24,70 m²/ha, variando entre 9,71
m²/ha (Parcela 602) e 36,24 m²/ha (Parcela 121). O volume comercial
médio foi estimado em 137,26 m³/ha, variando entre 59,74
m³/ha (Parcela 602) e 189,15 m³/ha (Parcela 1318). O Índice
de Diversidade de Shannon foi de 2,4721, variando entre 1,539 (Parcela
603) e 3,136 (Parcela 1318).
Comparando-se
os parâmetros dendrométricos da Região das Áreas
de Tensão Ecológica com a média geral do Estado,
verifica-se que esta apresentou índice de Shannon maior;
e diâmetro médio, alturas total e comercial, número
de árvores, área basal e volume comercial menores
do que a média do Estado.
c) Produção
Quantitativa por Espécie e por Hectare
A Tabela "Produção Quantitativa por Espécie
por Hectare – Florestas Naturais – E.M.A. das Áreas de Tensão
Ecológica, mostra a distribuição do volume
comercial, número de árvores, área basal, altura
comercial e altura total, por espécie e por classe de diâmetro.
Espécie
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Mortas
|
8,81
|
6,42
|
37,90
|
4,70
|
1,45
|
5,87
|
Luehea
divaricata |
8,09
|
5,89
|
38,12
|
4,73
|
1,40
|
5,67
|
Sebastiania
commersoniana |
7,64
|
5,57
|
85,43
|
10,59
|
1,31
|
5,31
|
Patagonula
americana |
6,97
|
5,08
|
21,83
|
2,71
|
1,39
|
5,63
|
Cupania
vernalis |
6,10
|
4,44
|
40,70
|
5,05
|
1,05
|
4,25
|
Nectandra
megapotamica |
5,31
|
3,87
|
23,95
|
2,97
|
1,00
|
4,05
|
Eugenia
uniflora |
5,25
|
3,82
|
58,57
|
7,26
|
1,01
|
4,09
|
Casearia
sylvestris |
4,79
|
3,49
|
45,26
|
5,61
|
0,86
|
3,48
|
Holocalyx
balansae |
4,32
|
3,15
|
5,19
|
0,64
|
1,08
|
4,37
|
Helietta
apiculata |
3,98
|
2,90
|
25,16
|
3,12
|
0,66
|
2,67
|
Allophylus
edulis |
3,84
|
2,80
|
25,56
|
3,17
|
0,67
|
2,71
|
Ateleia
glazioviana |
3,82
|
2,78
|
25,64
|
3,18
|
0,50
|
2,03
|
Apuleia
leiocarpa |
3,09
|
2,25
|
9,99
|
1,24
|
0,55
|
2,23
|
Parapiptadenia
rigida |
2,85
|
2,08
|
12,34
|
1,53
|
0,56
|
2,27
|
Lithraea
molleoides |
2,74
|
2,00
|
7,87
|
0,98
|
0,54
|
2,19
|
Cabralea
canjerana |
2,26
|
1,65
|
5,95
|
0,74
|
0,40
|
1,62
|
Chrysophyllum
marginatum |
2,25
|
1,64
|
10,99
|
1,36
|
0,45
|
1,82
|
Nectandra
oppositifolia |
2,25
|
1,64
|
8,83
|
1,09
|
0,32
|
1,30
|
Ocotea
puberula |
2,15
|
1,57
|
9,56
|
1,19
|
0,33
|
1,34
|
Nectandra
lanceolata |
2,00
|
1,46
|
4,78
|
0,59
|
0,40
|
1,62
|
Sub-total
|
88,51
|
64,48
|
503,62
|
62,44
|
15,93
|
64,52
|
Restantes
|
48,75
|
35,52
|
302,98
|
37,56
|
8,76
|
35,48
|
TOTAL
|
137,26
|
100,00
|
806,60
|
100,00
|
24,69
|
100,00
|
Na Tabela acima,
foram relacionadas as 20 espécies que mais contribuiram para
a composição do volume comercial.
Estas 20 espécies,
incluindo as árvores mortas, foram as responsáveis
por 88,51 m³/ha (64,48%) do volume comercial, 503,62 árvores/ha
(62,44%) e 15,93 m²/ha (64,52%) da área basal.
Analisando-se
a estrutura diamétrica da produção quantitativa,
para todas as espécies amostradas na Região das Áreas
de Tensão Ecológica, verifica-se a seguinte distribuição
do volume comercial, número de árvores e área
basal, por hectare:
Classe
DAP (cm)
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
10
- 20
|
53,62
|
39,07
|
608,71
|
75,47
|
8,75
|
35,44
|
20
- 30
|
32,56
|
23,72
|
121,64
|
15,08
|
5,56
|
22,51
|
30
- 40
|
23,14
|
16,86
|
47,88
|
5,94
|
4,43
|
17,94
|
40
- 50
|
14,87
|
10,83
|
18,88
|
2,34
|
2,94
|
11,91
|
50
- 60
|
3,97
|
2,89
|
3,74
|
0,46
|
0,82
|
3,32
|
60
- 70
|
5,27
|
3,84
|
3,70
|
0,46
|
1,12
|
4,54
|
70
- 80
|
1,57
|
1,14
|
0,96
|
0,12
|
0,42
|
1,71
|
80
- 90
|
1,90
|
1,39
|
0,96
|
0,12
|
0,55
|
2,23
|
>
90
|
0,36
|
0,26
|
0,13
|
0,02
|
0,10
|
0,40
|
TOTAL
|
|
100,00
|
0
|
100,00
|
|
100,00
|
Observa-se que,
nas classes diamétricas 10-40 cm concentravam-se 109,32 m³/ha
(79,64%) do volume comercial, 778,23 árvores/ha (96,48%)
e 18,74 m²/ha (75,90%) da área basal.
d) Produção
Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise qualitativa – Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) da
Região das Áreas de Tensão Ecológica
mostra a distribuição do volume comercial, número
de árvores e área basal, por classe de qualidade do
tronco, os quais estão resumidos na Tabela abaixo.
Classe
Qualidade
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Qualidade
1 |
16,80
|
12,24
|
56,61
|
7,02
|
2,98
|
12,06
|
Qualidade
2 |
63,86
|
46,53
|
321,04
|
39,80
|
11,50
|
46,59
|
Qualidade
3 |
44,68
|
32,55
|
367,93
|
45,61
|
8,17
|
33,08
|
Qualidade
4 |
3,36
|
2,45
|
24,68
|
3,06
|
0,65
|
2,65
|
Não
classificada |
8,56
|
6,23
|
36,34
|
4,51
|
1,39
|
5,62
|
TOTAL |
6
|
100,00
|
0
|
100,00
|
|
100,00
|
Os resultados
mostram que a classe de qualidade 2 concentrava os maiores quantitativos
da Região das Áreas de Tensão Ecológica,
ou seja, 63,86 m³/ha (46,53%) do volume comercial, 321,04 árvores/ha
(39,80%) e 11,50 m²/ha (46,59%) da área basal, seguido da
classe de qualidade 3.
e) Produção
Qualitativa: Sanidade No que se refere às condições
de sanidade constatou-se na Região das Áreas de Tensão
Ecológica, a seguinte distribuição do volume
comercial, número de árvores e área basal,
por classe de sanidade das árvores:
Classe
Sanidade
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Danos
por animais |
0,00
|
0,00
|
0,00
|
0,00
|
0,00
|
0,00
|
Danos
complexos |
25,27
|
18,41
|
167,80
|
20,80
|
4,97
|
20,13
|
Danos
por fungos |
7,39
|
5,38
|
36,82
|
4,57
|
1,26
|
5,10
|
Danos
por insetos |
3,83
|
2,79
|
15,34
|
1,90
|
0,79
|
3,20
|
Danos
abióticos |
18,53
|
13,50
|
98,41
|
12,20
|
3,43
|
13,89
|
Árvores
mortas |
7,93
|
5,78
|
34,99
|
4,34
|
1,31
|
5,31
|
Árvores
saudáveis |
73,44
|
53,51
|
449,23
|
55,69
|
12,80
|
51,84
|
Não
classificada |
0,87
|
0,63
|
4,01
|
0,50
|
0,13
|
0,53
|
TOTAL |
137,26
|
100,00
|
60
|
100,00
|
|
100,00
|
Portanto, 73,44
m³/ha (53,51%) do volume comercial, 449,23 árvores/ha (55,69%)
e 12,80 m²/ha (51,84%) da área basal da Região das
Áreas de Tensão Ecológica eram constituídos
por indivíduos saudáveis. Os danos mais expressivos
foram os complexos, que incidiam sobre 18% do volume comercial,
21% do número de árvores e 20% da área basal,
seguidos dos danos abióticos.
f) Produção
Qualitativa: Classe de Copa
A análise da formação da copa das árvores
da Região das Áreas de Tensão Ecológica
mostrou a seguinte distribuição do volume comercial,
número de árvores e área basal, por classe
de copa:
Classe
Copa
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Copa
curta |
27,63
|
20,13
|
204,12
|
25,31
|
4,55
|
18,43
|
Copa
danificada |
4,75
|
3,46
|
32,41
|
4,02
|
0,90
|
3,64
|
Copa
longa |
30,78
|
22,43
|
158,36
|
19,63
|
6,14
|
24,87
|
Copa
média |
65,31
|
47,58
|
372,76
|
46,21
|
11,67
|
47,27
|
Não
classificada |
8,79
|
6,40
|
38,95
|
4,83
|
1,43
|
5,79
|
TOTAL |
6
|
100,00
|
60
|
100,00
|
|
100,00
|
Esses resultados
mostram que, 65,31 m³/ha (47,58%) do volume comercial, 372,76 árvores/ha
(46,21%) e 11,67 m²/ha (47,27%) da área basal eram compostos
por indivíduos que apresentavam copa média, ou seja,
copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores.
g) Produção
Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise das perspectivas de crescimento e desenvolvimento
dos indivíduos na Região das Áreas de Tensão
Ecológica mostrou a distribuição do volume
comercial, número de árvores e área basal,
por tendência de valorização sumarizada na Tabela
abaixo.
Observa-se nessa
Tabela que 51,37 m³/ha (37,43%) do volume comercial, 331,15 árvores/ha
(41,06%) e 9,09 m²/ha (36,82%) da área basal eram constituídos
por árvores com crescimento médio, cujas condições
de crescimento indicavam mudança lenta na posição
sociológica.
Classe
Valorização
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Cresc.
insignificante |
41,27
|
30,07
|
300,16
|
37,21
|
7,92
|
32,08
|
Cresc.
médio |
51,37
|
37,43
|
331,15
|
41,06
|
9,09
|
36,82
|
Cresc.
promissor |
35,86
|
26,12
|
136,78
|
16,96
|
6,25
|
25,31
|
Não
classificada |
8,76
|
6,38
|
38,51
|
4,77
|
1,43
|
5,79
|
TOTAL |
|
100,00
|
60
|
100,00
|
|
100,00
|
h) Produção
Qualitativa: Posição Sociológica
A análise qualitativa – posição sociológica,
evidencia a seguinte distribuição da produção
quantitativa nos estratos verticais da Região das Áreas
de Tensão Ecológica :
Posição
Sociológica
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Estrato
co-dominante |
40,60
|
29,58
|
276,57
|
34,29
|
6,97
|
28,23
|
Estrato
dominado |
27,05
|
19,71
|
290,25
|
35,98
|
4,87
|
19,73
|
Estrato
dominante |
58,41
|
42,55
|
168,65
|
20,91
|
10,96
|
44,39
|
Estrato
suprimido |
2,51
|
1,83
|
33,92
|
4,21
|
0,47
|
1,90
|
Não
classificada |
8,69
|
6,33
|
37,21
|
4,61
|
1,42
|
5,75
|
TOTAL |
|
100,00
|
60
|
100,00
|
|
100,00
|
Como se pode
observar, 58,41 m³/ha (42,55%) do volume comercial, 168,65 árvores/ha
(20,91%) e 10,96 m²/ha (44,39%) da área basal eram compostos
por indivíduos que ocupavamm o estrato dominante.
i) Análise
Fitossociológica: Estrutura Horizontal
As 20 espécies mais características
e importantes das florestas das Áreas de Tensão Ecológica
estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância
(VI). Estas espécies foram as mais abundantes, dominantes
e freqüentes da floresta, sendo as mais representativas da
associação.
Estas 20 espécies (13,25% do
total) representavam 64,08% da Densidade Relativa (número
de indivíduos), 38,83% da Freqüência Relativa,
63,06% da Dominância Relativa (área basal), 55,32%
do Valor de Importância e 63,57% do Valor de Cobertura total
da floresta.
As restantes
131 espécies (86,75% das espécies), incluindo as exóticas
encontradas, mais as não identificadas e cipós representavam
35,92% da Densidade Relativa, 61,17% da Freqüência Relativa,
36,94% da Dominância Relativa, 44,68% do Valor de Importância
e 36,43% do Valor de Cobertura total.
Espécie
|
DR
|
FR
|
DoR
|
VI(%)
|
VI(%)
Acum.
|
VC(%)
|
VC(%)
Acum.
|
Sebastiania
commersoniana |
10,59
|
2,44
|
5,32
|
6,12
|
6,12
|
7,96
|
7,96
|
Mortas
|
4,70
|
3,46
|
5,86
|
4,67
|
10,79
|
5,28
|
13,24
|
Luehea
divaricata |
4,73
|
3,25
|
5,68
|
4,55
|
15,34
|
5,21
|
18,44
|
Eugenia
uniflora |
7,26
|
2,24
|
4,08
|
4,53
|
19,87
|
5,67
|
24,11
|
Cupania
vernalis |
5,05
|
2,85
|
4,25
|
4,05
|
23,92
|
4,65
|
28,76
|
Casearia
sylvestris |
5,61
|
2,44
|
3,48
|
3,84
|
27,76
|
4,55
|
33,31
|
Patagonula
americana |
2,71
|
2,03
|
5,62
|
3,45
|
31,22
|
4,17
|
37,47
|
Nectandra
megapotamica |
2,97
|
2,44
|
4,04
|
3,15
|
34,37
|
3,51
|
40,98
|
Allophylus
edulis |
3,17
|
2,64
|
2,73
|
2,85
|
37,21
|
2,95
|
43,93
|
Helietta
apiculata |
3,12
|
2,44
|
2,68
|
2,75
|
39,96
|
2,90
|
46,83
|
Holocalyx
balansae |
0,65
|
0,81
|
4,35
|
1,94
|
41,90
|
2,50
|
49,33
|
Ateleia
glazioviana |
3,18
|
0,20
|
2,04
|
1,81
|
43,70
|
2,61
|
51,94
|
Chrysophyllum
marginatum |
1,36
|
2,03
|
1,82
|
1,74
|
45,44
|
1,59
|
53,53
|
Parapiptadenia
rigida |
1,53
|
1,22
|
2,25
|
1,67
|
47,11
|
1,89
|
55,42
|
Apuleia
leiocarpa |
1,24
|
1,02
|
2,24
|
1,50
|
48,61
|
1,74
|
57,16
|
Ruprechtia
laxiflora |
1,62
|
1,42
|
1,17
|
1,40
|
50,01
|
1,40
|
58,55
|
Lithraea
molleoides |
0,98
|
1,02
|
2,20
|
1,40
|
51,41
|
1,59
|
60,14
|
Sebastiania
brasiliensis |
1,46
|
1,83
|
0,76
|
1,35
|
52,76
|
1,11
|
61,25
|
Myrcianthes
pungens |
1,12
|
1,42
|
1,39
|
1,31
|
54,07
|
1,26
|
62,51
|
Matayba
elaeagnoides |
1,03
|
1,63
|
1,10
|
1,25
|
55,32
|
1,07
|
63,57
|
Sub-total
|
64,08
|
38,83
|
63,06
|
55,32
|
|
63,57
|
|
Restantes
|
35,92
|
61,17
|
36,94
|
44,68
|
|
36,43
|
|
TOTAL
|
100,00
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
|
100,0
|
|
É importante
destacar que as árvores mortas, com 4,67% do VI, apareciam
em segundo lugar na ordem de importância das espécies.
A participação das árvores mortas é
significativa na composição das comunidades e constitui
um fenômeno natural de substituição dos indivíduos
na dinâmica da floresta.
j) Análise
Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular dos
indivíduos nos estratos, isto é, com maior número
nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores, são
as mais estáveis na associação.
k) Regeneração
Natural
- Composição
florística
Foram encontradas 87 espécies pertencentes a 34 famílias
botânicas, além de alguns indivíduos não
identificados, incluindo cipós e mortas. O Índice
de Diversidade de Shannon foi de 1,5600. A família Myrtaceae
foi a mais representativa da regeneração natural,
com 16 espécies, seguidas de Sapindaceae, com 6 espécies;
Fabaceae e Meliaceae, com 5 espécies; Lauraceae,
Rubiaceae e Rutaceae, com 4 espécies; Annonaceae,
Euphorbiaceae, Flacourtiaceae, Moraceae, Solanaceae e Urticaceae,
com 3 espécies. Das 21 famílias restantes, 4 apresentaram
2 espécies e 17 apresentaram 1 espécie apenas.
- Parâmetros
dendrométricos
O diâmetro médio da regeneração natural
foi de 3,21 cm, variando entre 1,73 cm (Parcela 616) e 5,00 cm (Parcela
1314); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro
máximo foi de 9,39 cm, situados dentro dos limites fixados
para o levantamento da regeneração natural; o coeficiente
de variação médio dos diâmetros foi de
46,65%, variando entre 21,61% (Parcela 1314) e 88,19% (Parcela 616).
A altura total
média da regeneração natural foi de 5,53 m,
variando entre 3,50 m (Parcela 616) e 7,82 m (Parcela 604); a altura
total mínima medida foi de 1,50 m e a máxima foi 16,00
m; o coeficiente de variação médio da altura
total foi de 40,47%, variando de 24,51% (Parcela 608) a 64,48% (Parcela
604).
O número
médio de indivíduos na regeneração natural,
considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e
< 30,0cm, resultou 6.499,6 indivíduos/ha, variando entre
1.600 indivíduos/ha (Parcelas 1449) e 16.000 indivíduos/ha
(Parcela 224).
A área
basal média da regeneração natural resultou
em 5,24 m²/ha, variando entre 0,5171 m²/ha (Parcela 616) e 11,1592
m²/ha (Parcela 602). O Índice de Diversidade de Shannon foi
de 1,5600, variando entre 0,000 (Parcelas 619) e 2,9553 (Parcela
1318). - Distribuição de freqüências Foram
encontrados 6.499,6 indivíduos por hectare na regeneração
natural, sendo 2.261,3 menores que 3 m de altura, 2.739,2 entre
3 e 6 m de altura e 1.499,1 maiores que 6 m de altura, conforme
Anexo 3.10.e e Tabela abaixo.
Nesta Tabela
foram relacionadas as 20 espécies mais abundantes na regeneração
natural, as quais contribuiram com 4.664,3 indivíduos por
hectare, o que representa 71,76% da regeneração natural.
As 131 espécies restantes contribuiram com 1.835,3 indivíduos
por hectare, o que representa 28,24% dos indivíduos presentes
na regeneração natural.
Espécies |
Altura
< 3 m |
Altura
3-6 m |
Altura
> 6 m |
Total |
No
|
%
|
No
|
%
|
No
|
%
|
No
|
%
|
Gymnanthes
concolor
|
178,3
|
7,88
|
300,4
|
10,97
|
78,7
|
5,25
|
557,4
|
8,58
|
Eugenia
uniflora
|
282,6
|
12,50
|
190,4
|
6,95
|
36,5
|
2,43
|
509,5
|
7,84
|
Ruprechtia
laxiflora
|
87,0
|
3,85
|
330,4
|
12,06
|
8,7
|
0,58
|
426,1
|
6,56
|
Cupania
vernalis
|
265,2
|
11,73
|
100,0
|
3,65
|
27,0
|
1,80
|
392,2
|
6,03
|
Ilex
brevicuspis
|
260,9
|
11,54
|
87,0
|
3,18
|
0,0
|
0,00
|
347,9
|
5,35
|
Chomelia
obtusa
|
173,9
|
7,69
|
134,8
|
4,92
|
0,4
|
0,03
|
309,1
|
4,76
|
Sebastiania
commersoniana
|
91,3
|
4,04
|
122,6
|
4,48
|
71,3
|
4,76
|
285,2
|
4,39
|
Helietta
apiculata
|
43,5
|
1,92
|
178,3
|
6,51
|
30,4
|
2,03
|
252,2
|
3,88
|
Myrciaria
tenella
|
87,0
|
3,85
|
139,1
|
5,08
|
13,1
|
0,87
|
239,2
|
3,68
|
Casearia
sylvestris
|
56,5
|
2,50
|
135,2
|
4,94
|
37,0
|
2,47
|
228,7
|
3,52
|
Trichilia
elegans
|
4,4
|
0,19
|
193,0
|
7,05
|
3,9
|
0,26
|
201,3
|
3,10
|
Sebastiania
brasiliensis
|
0,0
|
0,00
|
57,0
|
2,08
|
92,2
|
6,15
|
149,2
|
2,30
|
Macfadyena
unguiscati
|
0,0
|
0,00
|
130,4
|
4,76
|
0,0
|
0,00
|
130,4
|
2,01
|
Patagonula
americana
|
43,5
|
1,92
|
65,7
|
2,40
|
19,1
|
1,27
|
128,3
|
1,97
|
Guarea
macrophylla
|
47,8
|
2,11
|
38,3
|
1,40
|
16,5
|
1,10
|
102,6
|
1,58
|
Celtis
spinosa
|
87,0
|
3,85
|
0,0
|
0,00
|
0,0
|
0,00
|
87,0
|
1,34
|
Hybanthus
bigibbosus
|
43,5
|
1,92
|
43,5
|
1,59
|
0,0
|
0,00
|
87,0
|
1,34
|
Trichilia
catigua
|
43,5
|
1,92
|
0,0
|
0,00
|
43,5
|
2,90
|
87,0
|
1,34
|
Luehea
divaricata
|
43,5
|
1,92
|
26,1
|
0,95
|
9,1
|
0,61
|
78,7
|
1,21
|
Myrcia
selloi
|
43,5
|
1,92
|
13,1
|
0,48
|
8,7
|
0,58
|
65,3
|
1,00
|
Sub-total
|
1882,9
|
83,27
|
2285,3
|
83,43
|
496,1
|
33,09
|
4664,3
|
71,76
|
Restantes
|
378,4
|
16,73
|
453,9
|
16,57
|
1003,0
|
66,91
|
1835,3
|
28,24
|
TOTAL
|
2261,3
|
100,0
|
2739,2
|
100,0
|
1499,1
|
100,0
|
6499,6
|
100,0
|
Merece destaque
nas florestas das Áreas de Tensão Ecológica,
a grande ocorrência de cipós – 740,44 indivíduos/ha
(11,39%) e baixa mortalidade – 4,35 indivíduos/ha (0,07%).
l) Análise
estatística
A partir das 23 unidades amostrais
levantadas nos estágios médio e avançado das
Áreas de Tensão Ecológica, resultaram os seguintes
estimadores para o volume comercial com casca:-
Média aritmética = 137,26 m³/ha
- Variância =
1.135,69 (m³/ha)²
- Desvio
padrão = 33,70 m³/ha
- Coeficiente
de variação = 24,55%
- Variância
da média = 51,55 (m³/ha)²
- Erro
padrão = ± 7,18 m³/ha
- Erro
de amostragem
a) Erro
absoluto = ± 14,22 m³/ha
b) Erro relativo = ± 10,36%
- Intervalo de confiança para a média
IC [123,04 m³/ha £ x £
151,48 m³/ha] = 95%
- Total
da população =
43.918.396 m³
- Intervalo
de confiança para o total
I C [39.368.494
m³ £ X £
48.468.298 m³] = 95%
Estágio
Sucessional Inicial
-Composição
florística
Foram encontradas 44 espécies pertencentes a 25 famílias
botânicas, além de mortas e uma espécie exótica,
Ligustrum lucidum. O Índice de Diversidade de Shannon
foi de 1,9032.
As famílias
Anacardiaceae, Euphorbiaceae e Myrtaceae, com 4 espécies,
foram as mais representativa desses Estágios Iniciais, seguidas
de: Fabaceae, Mimosaceae e Sapindaceae, com 3 espécies;
Asteraceae, Lauraceae, Meliaceae e Rutaceae, com 2
espécies; e 15 famílias, com uma única espécie.
b) Parâmetros
dendrométricos
O diâmetro médio dos estágios iniciais foi de
3,35 cm, variando entre 1,91 cm (Parcela 1524) e 4,65 cm (Parcela
1921); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro
máximo foi de 16,07 cm; o coeficiente de variação
médio dos diâmetros foi de 48,59%, variando entre 33,19%
(Parcela 1524) e 59,42% (Parcela 122).
A altura total
média dos estágios iniciais foi de 3,53 m, variando
entre 2,28 m (Parcela 1524) e 4,68 m (Parcela 1921); a altura total
mínima medida foi de 1,40 m e a máxima foi 11,50 m;
o coeficiente de variação médio da altura total
foi de 38,25%, variando entre 25,12% (Parcela 1524) e 48,22% (Parcelas
122).
O número
médio de indivíduos nos estágios iniciais,
considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm, resultou
em 17.000,0 indivíduos/ha, variando entre 7.900,0 indivíduos/ha
(Parcela 123) e 43.000,0 indivíduos/ha (Parcela 1524). A
área basal média resultou em 12,34 m²/ha, variando
entre 6,1640 m²/ha (Parcela 123) e 20,5741 m²/ha (Parcela 1921).
O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,8376, variando
entre 0,7322 (Parcelas 1524) e 2,5047 (Parcela 1447).
c) Distribuição
de freqüências
Foram encontrados 17.000,0 indivíduos por hectare nos Estágios
Iniciais de Sucessão, sendo 10.020,0 menores que 3 m de altura,
5.760,0 entre 3 e 6 m de altura e 1.220,0 maiores que 6 m de altura
e resumo na Tabela abaixo.
Espécies
|
Altura
< 3 m
|
Altura
3-6 m
|
Altura
> 6 m
|
Total
|
No
|
%
|
No
|
%
|
No
|
%
|
No
|
%
|
Baccharis
semiserrata
|
4000.0
|
39.92
|
1600.0
|
27.78
|
0.0
|
0.00
|
5600.0
|
32.94
|
Acacia
bonariensis
|
2600.0
|
25.95
|
200.0
|
3.47
|
0.0
|
0.00
|
2800.0
|
16.47
|
Cupania
vernalis
|
200.0
|
2.00
|
800.0
|
13.89
|
40.0
|
3.28
|
1040.0
|
6.12
|
Eugenia
uniflora
|
800.0
|
7.98
|
0.0
|
0.00
|
0.0
|
0.00
|
800.0
|
4.71
|
Calyptranthes
concinna
|
600.0
|
5.99
|
200.0
|
3.47
|
0.0
|
0.00
|
800.0
|
4.71
|
Schinus
lentiscifolius
|
600.0
|
5.99
|
120.0
|
2.08
|
0.0
|
0.00
|
720.0
|
4.24
|
Eugenia
uruguayensis
|
400.0
|
3.99
|
200.0
|
3.47
|
0.0
|
0.00
|
600.0
|
3.53
|
Pouteria
gardneriana
|
0.0
|
0.00
|
440.0
|
7.64
|
40.0
|
3.28
|
480.0
|
2.82
|
Sebastiania
commersoniana
|
0.0
|
0.00
|
300.0
|
5.21
|
140.0
|
11.48
|
440.0
|
2.59
|
Sapium
glandulatum
|
400.0
|
3.99
|
0.0
|
0.00
|
0.0
|
0.00
|
400.0
|
2.35
|
Gochnatia
polymorpha
|
0.0
|
0.00
|
220.0
|
3.82
|
40.0
|
3.28
|
260.0
|
1.53
|
Ocotea
pulchella
|
0.0
|
0.00
|
40.0
|
0.69
|
180.0
|
14.75
|
220.0
|
1.29
|
Trichilia
claussenii
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
3.47
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
1.18
|
Myrocarpus
frondosus
|
200.0
|
2.00
|
0.0
|
0.00
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
1.18
|
Mortas
|
200.0
|
2.00
|
0.0
|
0.00
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
1.18
|
Mimosa
pilulifera
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
3.47
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
1.18
|
Ligustrum
lucidum
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
3.47
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
1.18
|
Diospyros
inconstans
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
3.47
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
1.18
|
Blepharocalyx
salicifolius
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
3.47
|
0.0
|
0.00
|
200.0
|
1.18
|
Escallonia
bifida
|
0.0
|
0.00
|
180.0
|
3.13
|
0.0
|
0.00
|
180.0
|
1.06
|
Sub-total
|
10000.0
|
99.80
|
4720.0
|
81.94
|
440.0
|
36.07
|
15160.0
|
89.18
|
Restantes
|
20.0
|
0.20
|
1040.0
|
18.06
|
780.0
|
63.93
|
1840.0
|
10.82
|
TOTAL
|
10020.0
|
100.0
|
5760.0
|
100.0
|
1220.0
|
100.0
|
17000.0
|
100.0
|
As 20 espécies
relacionadas nesta Tabela foram as de maior ocorrência nos
estágios iniciais das florestas das Áreas de Tensão
Ecológica, contribuindo com 15.160,0 indivíduos por
hectare (89,18%), sendo 10.000,0 indivíduos com alturas menores
que 3 m, 4.720,0 entre 3 e 6 m, e 440,0 indivíduos com altura
maior do que 6 m.
As 5 espécies
mais abundantes nos estágios iniciais deste tipo fitogeográfico
foram: Baccharis semiserrata, Acacia bonariensis, Cupania vernalis,
Eugenia uniflora e Calyptranthes concinna, as quais contribuiram
com 65,95% do número total de indivíduos. As 26 espécies
restantes contribuiram com apenas 10,82% dos indivíduos.
Observou-se
nos estágios iniciais das Áreas de Tensão Ecológica,
a ocorrência de 200,0 indivíduos mortos/ha (1,18%).
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Parque do Espinilho
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