<<volta

RESULTADOS POR TIPO FITOGEOGRÁFICO

Região das Áreas de Tensão Ecológica

As florestas da Região das Áreas de Tensão Ecológica, em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão, ocupam uma área de 3.199,65 km² (319.965 ha), o que corresponde a 1,13% da superfície do Estado e 6,49% da área total coberta com florestas naturais

Estágios Sucessionais Médio e Avançado

a) Composição florística
Foram encontradas 147 espécies pertencentes à 47 famílias botânicas, entre os indivíduos com CAP ³ 30 cm, 1 árvore não identificada, 35 árvores mortas e 2 cipós não identificados, além de 1 indivíduo da espécies exótica Tecoma stans. As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média de 2,4721, conforme pode ser observado pelo Índice de Diversidade de Shannon, embora algumas parcelas apresentaram índices superiores a 3,0.

As famílias Myrtaceae e Lauraceae foram as mais representativas das florestas da Área de Tensão Ecológica, com 19 e 11 espécies, respectivamente, seguidas de Fabaceae (8); Flacourtiaceae e Mimosaceae (7); Meliaceae e Rutaceae (6); Anacardiaceae, Euphorbiaceae, Moraceae e Sapindaceae (5); Caesalpiniaceae (4); Rubiaceae, Araliaceae, Bignoniaceae, Boraginaceae, Sapotaceae, Solanaceae, Ulmaceae e Verbenaceae, com 3 espécies. Das 27 famílias restantes, 8 apresentaram 2 espécies e 19 apresentaram 1 espécie apenas.

b) Parâmetros Dendrométricos
Os dados das parcelas amostradas na Região das Áreas de Tensão Ecológica
indicaram os seguintes parâmetros dendrométricos: O diâmetro médio foi estimado em 18,00 cm, variando entre 12,83 cm (Parcela 1809) e 22,45 cm (Parcela 618); o diâmetro mínimo foi 9,55 cm e o diâmetro máximo foi 101,86 cm pertencente a um Ficus insipida (Figueira), árvore nº 68 da Parcela 1456 - Carta Caxias do Sul; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 48,65%, variando entre 27,47% (Parcela 602) e 74,81% (Parcela 121).

A altura total média foi estimada em 10,23 m, variando de 7,35 m (Parcela 1808) a 13,62 m (Parcela 1449); a altura total mínima medida foi de 1,30 m; a altura total máxima amostrada foi de 29,90 m, correspondente a árvore nº 43 da Parcela 1456 – Cordia trichotoma (Louro); o coeficiente de variação médio da altura total foi de 30,65%, variando entre 17,42% (Parcela 603) e 41,55% (Parcela 625). A altura comercial média foi estimada em 5,02 m, variando entre 3,63 m (Parcela 619) e 7,16 m (Parcela 1456); a altura comercial mínima medida foi de 1,00 e a máxima foi de 19,70 m, pertencente à árvore 284 – Jacaranda micrantha (Caroba), da Parcela 1456; e o coeficiente de variação médio das alturas comerciais foi de 41,33%, variando entre 28,51% (Parcela 603) e 56,17% (Parcela 614).

O número médio de árvores, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm, foi estimado em 806,61 árvores/ha, variando entre 470 árvores/ha (Parcela 616) e 1.360 árvores/ha (Parcela 1809).

A área basal média resultou em 24,70 m²/ha, variando entre 9,71 m²/ha (Parcela 602) e 36,24 m²/ha (Parcela 121). O volume comercial médio foi estimado em 137,26 m³/ha, variando entre 59,74 m³/ha (Parcela 602) e 189,15 m³/ha (Parcela 1318). O Índice de Diversidade de Shannon foi de 2,4721, variando entre 1,539 (Parcela 603) e 3,136 (Parcela 1318).

Comparando-se os parâmetros dendrométricos da Região das Áreas de Tensão Ecológica com a média geral do Estado, verifica-se que esta apresentou índice de Shannon maior; e diâmetro médio, alturas total e comercial, número de árvores, área basal e volume comercial menores do que a média do Estado.

c) Produção Quantitativa por Espécie e por Hectare
A Tabela "Produção Quantitativa por Espécie por Hectare – Florestas Naturais – E.M.A. das Áreas de Tensão Ecológica, mostra a distribuição do volume comercial, número de árvores, área basal, altura comercial e altura total, por espécie e por classe de diâmetro.

Espécie
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Mortas

8,81

6,42

37,90

4,70

1,45

5,87

Luehea divaricata

8,09

5,89

38,12

4,73

1,40

5,67

Sebastiania commersoniana

7,64

5,57

85,43

10,59

1,31

5,31

Patagonula americana

6,97

5,08

21,83

2,71

1,39

5,63

Cupania vernalis

6,10

4,44

40,70

5,05

1,05

4,25

Nectandra megapotamica

5,31

3,87

23,95

2,97

1,00

4,05

Eugenia uniflora

5,25

3,82

58,57

7,26

1,01

4,09

Casearia sylvestris

4,79

3,49

45,26

5,61

0,86

3,48

Holocalyx balansae

4,32

3,15

5,19

0,64

1,08

4,37

Helietta apiculata

3,98

2,90

25,16

3,12

0,66

2,67

Allophylus edulis

3,84

2,80

25,56

3,17

0,67

2,71

Ateleia glazioviana

3,82

2,78

25,64

3,18

0,50

2,03

Apuleia leiocarpa

3,09

2,25

9,99

1,24

0,55

2,23

Parapiptadenia rigida

2,85

2,08

12,34

1,53

0,56

2,27

Lithraea molleoides

2,74

2,00

7,87

0,98

0,54

2,19

Cabralea canjerana

2,26

1,65

5,95

0,74

0,40

1,62

Chrysophyllum marginatum

2,25

1,64

10,99

1,36

0,45

1,82

Nectandra oppositifolia

2,25

1,64

8,83

1,09

0,32

1,30

Ocotea puberula

2,15

1,57

9,56

1,19

0,33

1,34

Nectandra lanceolata

2,00

1,46

4,78

0,59

0,40

1,62

Sub-total

88,51

64,48

503,62

62,44

15,93

64,52

Restantes

48,75

35,52

302,98

37,56

8,76

35,48

TOTAL

137,26

100,00

806,60

100,00

24,69

100,00

 

Na Tabela acima, foram relacionadas as 20 espécies que mais contribuiram para a composição do volume comercial.

Estas 20 espécies, incluindo as árvores mortas, foram as responsáveis por 88,51 m³/ha (64,48%) do volume comercial, 503,62 árvores/ha (62,44%) e 15,93 m²/ha (64,52%) da área basal.

Analisando-se a estrutura diamétrica da produção quantitativa, para todas as espécies amostradas na Região das Áreas de Tensão Ecológica, verifica-se a seguinte distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por hectare:

Classe DAP (cm)
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
10 - 20
53,62
39,07
608,71
75,47
8,75
35,44
20 - 30
32,56
23,72
121,64
15,08
5,56
22,51
30 - 40
23,14
16,86
47,88
5,94
4,43
17,94
40 - 50
14,87
10,83
18,88
2,34
2,94
11,91
50 - 60
3,97
2,89
3,74
0,46
0,82
3,32
60 - 70
5,27
3,84
3,70
0,46
1,12
4,54
70 - 80
1,57
1,14
0,96
0,12
0,42
1,71
80 - 90
1,90
1,39
0,96
0,12
0,55
2,23
> 90
0,36
0,26
0,13
0,02
0,10
0,40
TOTAL
 
100,00
0
100,00
 
100,00

 

Observa-se que, nas classes diamétricas 10-40 cm concentravam-se 109,32 m³/ha (79,64%) do volume comercial, 778,23 árvores/ha (96,48%) e 18,74 m²/ha (75,90%) da área basal.

d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise qualitativa – Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) da Região das Áreas de Tensão Ecológica mostra a distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por classe de qualidade do tronco, os quais estão resumidos na Tabela abaixo.

Classe Qualidade
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Qualidade 1
16,80
12,24
56,61
7,02
2,98
12,06
Qualidade 2
63,86
46,53
321,04
39,80
11,50
46,59
Qualidade 3
44,68
32,55
367,93
45,61
8,17
33,08
Qualidade 4
3,36
2,45
24,68
3,06
0,65
2,65
Não classificada
8,56
6,23
36,34
4,51
1,39
5,62
TOTAL
6
100,00
0
100,00
 
100,00

 

Os resultados mostram que a classe de qualidade 2 concentrava os maiores quantitativos da Região das Áreas de Tensão Ecológica, ou seja, 63,86 m³/ha (46,53%) do volume comercial, 321,04 árvores/ha (39,80%) e 11,50 m²/ha (46,59%) da área basal, seguido da classe de qualidade 3.

e) Produção Qualitativa: Sanidade No que se refere às condições de sanidade constatou-se na Região das Áreas de Tensão Ecológica, a seguinte distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por classe de sanidade das árvores:

Classe Sanidade
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Danos por animais
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Danos complexos
25,27
18,41
167,80
20,80
4,97
20,13
Danos por fungos
7,39
5,38
36,82
4,57
1,26
5,10
Danos por insetos
3,83
2,79
15,34
1,90
0,79
3,20
Danos abióticos
18,53
13,50
98,41
12,20
3,43
13,89
Árvores mortas
7,93
5,78
34,99
4,34
1,31
5,31
Árvores saudáveis
73,44
53,51
449,23
55,69
12,80
51,84
Não classificada
0,87
0,63
4,01
0,50
0,13
0,53
TOTAL
137,26
100,00
60
100,00
 
100,00

 

Portanto, 73,44 m³/ha (53,51%) do volume comercial, 449,23 árvores/ha (55,69%) e 12,80 m²/ha (51,84%) da área basal da Região das Áreas de Tensão Ecológica eram constituídos por indivíduos saudáveis. Os danos mais expressivos foram os complexos, que incidiam sobre 18% do volume comercial, 21% do número de árvores e 20% da área basal, seguidos dos danos abióticos.

f) Produção Qualitativa: Classe de Copa
A análise da formação da copa das árvores da Região das Áreas de Tensão Ecológica mostrou a seguinte distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por classe de copa:

Classe Copa
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Copa curta
27,63
20,13
204,12
25,31
4,55
18,43
Copa danificada
4,75
3,46
32,41
4,02
0,90
3,64
Copa longa
30,78
22,43
158,36
19,63
6,14
24,87
Copa média
65,31
47,58
372,76
46,21
11,67
47,27
Não classificada
8,79
6,40
38,95
4,83
1,43
5,79
TOTAL
6
100,00
60
100,00
 
100,00

 

Esses resultados mostram que, 65,31 m³/ha (47,58%) do volume comercial, 372,76 árvores/ha (46,21%) e 11,67 m²/ha (47,27%) da área basal eram compostos por indivíduos que apresentavam copa média, ou seja, copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores.

g) Produção Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos na Região das Áreas de Tensão Ecológica mostrou a distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por tendência de valorização sumarizada na Tabela abaixo.

Observa-se nessa Tabela que 51,37 m³/ha (37,43%) do volume comercial, 331,15 árvores/ha (41,06%) e 9,09 m²/ha (36,82%) da área basal eram constituídos por árvores com crescimento médio, cujas condições de crescimento indicavam mudança lenta na posição sociológica.

Classe Valorização
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Cresc. insignificante
41,27
30,07
300,16
37,21
7,92
32,08
Cresc. médio
51,37
37,43
331,15
41,06
9,09
36,82
Cresc. promissor
35,86
26,12
136,78
16,96
6,25
25,31
Não classificada
8,76
6,38
38,51
4,77
1,43
5,79
TOTAL  
100,00
60
100,00
 
100,00

 

h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica
A análise qualitativa – posição sociológica, evidencia a seguinte distribuição da produção quantitativa nos estratos verticais da Região das Áreas de Tensão Ecológica :

Posição Sociológica
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Estrato co-dominante
40,60
29,58
276,57
34,29
6,97
28,23
Estrato dominado
27,05
19,71
290,25
35,98
4,87
19,73
Estrato dominante
58,41
42,55
168,65
20,91
10,96
44,39
Estrato suprimido
2,51
1,83
33,92
4,21
0,47
1,90
Não classificada
8,69
6,33
37,21
4,61
1,42
5,75
TOTAL  
100,00
60
100,00
 
100,00

 

Como se pode observar, 58,41 m³/ha (42,55%) do volume comercial, 168,65 árvores/ha (20,91%) e 10,96 m²/ha (44,39%) da área basal eram compostos por indivíduos que ocupavamm o estrato dominante.

i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
As 20 espécies mais características e importantes das florestas das Áreas de Tensão Ecológica estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância (VI). Estas espécies foram as mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta, sendo as mais representativas da associação.

Estas 20 espécies (13,25% do total) representavam 64,08% da Densidade Relativa (número de indivíduos), 38,83% da Freqüência Relativa, 63,06% da Dominância Relativa (área basal), 55,32% do Valor de Importância e 63,57% do Valor de Cobertura total da floresta.

As restantes 131 espécies (86,75% das espécies), incluindo as exóticas encontradas, mais as não identificadas e cipós representavam 35,92% da Densidade Relativa, 61,17% da Freqüência Relativa, 36,94% da Dominância Relativa, 44,68% do Valor de Importância e 36,43% do Valor de Cobertura total.

Espécie

DR

FR

DoR

VI(%)

VI(%) Acum.

VC(%)

VC(%)

Acum.

Sebastiania commersoniana

10,59

2,44

5,32

6,12

6,12

7,96

7,96

Mortas

4,70

3,46

5,86

4,67

10,79

5,28

13,24

Luehea divaricata

4,73

3,25

5,68

4,55

15,34

5,21

18,44

Eugenia uniflora

7,26

2,24

4,08

4,53

19,87

5,67

24,11

Cupania vernalis

5,05

2,85

4,25

4,05

23,92

4,65

28,76

Casearia sylvestris

5,61

2,44

3,48

3,84

27,76

4,55

33,31

Patagonula americana

2,71

2,03

5,62

3,45

31,22

4,17

37,47

Nectandra megapotamica

2,97

2,44

4,04

3,15

34,37

3,51

40,98

Allophylus edulis

3,17

2,64

2,73

2,85

37,21

2,95

43,93

Helietta apiculata

3,12

2,44

2,68

2,75

39,96

2,90

46,83

Holocalyx balansae

0,65

0,81

4,35

1,94

41,90

2,50

49,33

Ateleia glazioviana

3,18

0,20

2,04

1,81

43,70

2,61

51,94

Chrysophyllum marginatum

1,36

2,03

1,82

1,74

45,44

1,59

53,53

Parapiptadenia rigida

1,53

1,22

2,25

1,67

47,11

1,89

55,42

Apuleia leiocarpa

1,24

1,02

2,24

1,50

48,61

1,74

57,16

Ruprechtia laxiflora

1,62

1,42

1,17

1,40

50,01

1,40

58,55

Lithraea molleoides

0,98

1,02

2,20

1,40

51,41

1,59

60,14

Sebastiania brasiliensis

1,46

1,83

0,76

1,35

52,76

1,11

61,25

Myrcianthes pungens

1,12

1,42

1,39

1,31

54,07

1,26

62,51

Matayba elaeagnoides

1,03

1,63

1,10

1,25

55,32

1,07

63,57

Sub-total

64,08

38,83

63,06

55,32

63,57

Restantes

35,92

61,17

36,94

44,68

36,43

TOTAL

100,00

100,0

100,0

100,0

100,0

 

É importante destacar que as árvores mortas, com 4,67% do VI, apareciam em segundo lugar na ordem de importância das espécies. A participação das árvores mortas é significativa na composição das comunidades e constitui um fenômeno natural de substituição dos indivíduos na dinâmica da floresta.

j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular dos indivíduos nos estratos, isto é, com maior número nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores, são as mais estáveis na associação.

k) Regeneração Natural

- Composição florística
Foram encontradas 87 espécies pertencentes a 34 famílias botânicas, além de alguns indivíduos não identificados, incluindo cipós e mortas. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,5600. A família Myrtaceae foi a mais representativa da regeneração natural, com 16 espécies, seguidas de Sapindaceae, com 6 espécies; Fabaceae e Meliaceae, com 5 espécies; Lauraceae, Rubiaceae e Rutaceae, com 4 espécies; Annonaceae, Euphorbiaceae, Flacourtiaceae, Moraceae, Solanaceae e Urticaceae, com 3 espécies. Das 21 famílias restantes, 4 apresentaram 2 espécies e 17 apresentaram 1 espécie apenas.

- Parâmetros dendrométricos
O diâmetro médio da regeneração natural foi de 3,21 cm, variando entre 1,73 cm (Parcela 616) e 5,00 cm (Parcela 1314); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 9,39 cm, situados dentro dos limites fixados para o levantamento da regeneração natural; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 46,65%, variando entre 21,61% (Parcela 1314) e 88,19% (Parcela 616).

A altura total média da regeneração natural foi de 5,53 m, variando entre 3,50 m (Parcela 616) e 7,82 m (Parcela 604); a altura total mínima medida foi de 1,50 m e a máxima foi 16,00 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 40,47%, variando de 24,51% (Parcela 608) a 64,48% (Parcela 604).

O número médio de indivíduos na regeneração natural, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou 6.499,6 indivíduos/ha, variando entre 1.600 indivíduos/ha (Parcelas 1449) e 16.000 indivíduos/ha (Parcela 224).

A área basal média da regeneração natural resultou em 5,24 m²/ha, variando entre 0,5171 m²/ha (Parcela 616) e 11,1592 m²/ha (Parcela 602). O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,5600, variando entre 0,000 (Parcelas 619) e 2,9553 (Parcela 1318). - Distribuição de freqüências Foram encontrados 6.499,6 indivíduos por hectare na regeneração natural, sendo 2.261,3 menores que 3 m de altura, 2.739,2 entre 3 e 6 m de altura e 1.499,1 maiores que 6 m de altura, conforme Anexo 3.10.e e Tabela abaixo.

Nesta Tabela foram relacionadas as 20 espécies mais abundantes na regeneração natural, as quais contribuiram com 4.664,3 indivíduos por hectare, o que representa 71,76% da regeneração natural. As 131 espécies restantes contribuiram com 1.835,3 indivíduos por hectare, o que representa 28,24% dos indivíduos presentes na regeneração natural.

Espécies Altura < 3 m Altura 3-6 m Altura > 6 m Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Gymnanthes concolor

178,3

7,88

300,4

10,97

78,7

5,25

557,4

8,58

Eugenia uniflora

282,6

12,50

190,4

6,95

36,5

2,43

509,5

7,84

Ruprechtia laxiflora

87,0

3,85

330,4

12,06

8,7

0,58

426,1

6,56

Cupania vernalis

265,2

11,73

100,0

3,65

27,0

1,80

392,2

6,03

Ilex brevicuspis

260,9

11,54

87,0

3,18

0,0

0,00

347,9

5,35

Chomelia obtusa

173,9

7,69

134,8

4,92

0,4

0,03

309,1

4,76

Sebastiania commersoniana

91,3

4,04

122,6

4,48

71,3

4,76

285,2

4,39

Helietta apiculata

43,5

1,92

178,3

6,51

30,4

2,03

252,2

3,88

Myrciaria tenella

87,0

3,85

139,1

5,08

13,1

0,87

239,2

3,68

Casearia sylvestris

56,5

2,50

135,2

4,94

37,0

2,47

228,7

3,52

Trichilia elegans

4,4

0,19

193,0

7,05

3,9

0,26

201,3

3,10

Sebastiania brasiliensis

0,0

0,00

57,0

2,08

92,2

6,15

149,2

2,30

Macfadyena unguiscati

0,0

0,00

130,4

4,76

0,0

0,00

130,4

2,01

Patagonula americana

43,5

1,92

65,7

2,40

19,1

1,27

128,3

1,97

Guarea macrophylla

47,8

2,11

38,3

1,40

16,5

1,10

102,6

1,58

Celtis spinosa

87,0

3,85

0,0

0,00

0,0

0,00

87,0

1,34

Hybanthus bigibbosus

43,5

1,92

43,5

1,59

0,0

0,00

87,0

1,34

Trichilia catigua

43,5

1,92

0,0

0,00

43,5

2,90

87,0

1,34

Luehea divaricata

43,5

1,92

26,1

0,95

9,1

0,61

78,7

1,21

Myrcia selloi

43,5

1,92

13,1

0,48

8,7

0,58

65,3

1,00

Sub-total

1882,9

83,27

2285,3

83,43

496,1

33,09

4664,3

71,76

Restantes

378,4

16,73

453,9

16,57

1003,0

66,91

1835,3

28,24

TOTAL

2261,3

100,0

2739,2

100,0

1499,1

100,0

6499,6

100,0

 

Merece destaque nas florestas das Áreas de Tensão Ecológica, a grande ocorrência de cipós – 740,44 indivíduos/ha (11,39%) e baixa mortalidade – 4,35 indivíduos/ha (0,07%).

l) Análise estatística
A partir das 23 unidades amostrais levantadas nos estágios médio e avançado das Áreas de Tensão Ecológica, resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com casca:- Média aritmética = 137,26 m³/ha
- Variância = 1.135,69 (m³/ha)²
- Desvio padrão = 33,70 m³/ha
- Coeficiente de variação = 24,55%
- Variância da média = 51,55 (m³/ha)²
- Erro padrão = ± 7,18 m³/ha
- Erro de amostragem
a) Erro absoluto = ± 14,22 m³/ha
b) Erro relativo = ± 10,36%
- Intervalo de confiança para a média
IC [123,04 m³/ha £ x £ 151,48 m³/ha] = 95%
- Total da população = 43.918.396 m³
- Intervalo de confiança para o total
I
C [39.368.494 m³ £ X £ 48.468.298 m³] = 95%

Estágio Sucessional Inicial

-Composição florística
Foram encontradas 44 espécies pertencentes a 25 famílias botânicas, além de mortas e uma espécie exótica, Ligustrum lucidum. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,9032.

As famílias Anacardiaceae, Euphorbiaceae e Myrtaceae, com 4 espécies, foram as mais representativa desses Estágios Iniciais, seguidas de: Fabaceae, Mimosaceae e Sapindaceae, com 3 espécies; Asteraceae, Lauraceae, Meliaceae e Rutaceae, com 2 espécies; e 15 famílias, com uma única espécie.

b) Parâmetros dendrométricos
O diâmetro médio dos estágios iniciais foi de 3,35 cm, variando entre 1,91 cm (Parcela 1524) e 4,65 cm (Parcela 1921); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 16,07 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 48,59%, variando entre 33,19% (Parcela 1524) e 59,42% (Parcela 122).

A altura total média dos estágios iniciais foi de 3,53 m, variando entre 2,28 m (Parcela 1524) e 4,68 m (Parcela 1921); a altura total mínima medida foi de 1,40 m e a máxima foi 11,50 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 38,25%, variando entre 25,12% (Parcela 1524) e 48,22% (Parcelas 122).

O número médio de indivíduos nos estágios iniciais, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm, resultou em 17.000,0 indivíduos/ha, variando entre 7.900,0 indivíduos/ha (Parcela 123) e 43.000,0 indivíduos/ha (Parcela 1524). A área basal média resultou em 12,34 m²/ha, variando entre 6,1640 m²/ha (Parcela 123) e 20,5741 m²/ha (Parcela 1921). O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,8376, variando entre 0,7322 (Parcelas 1524) e 2,5047 (Parcela 1447).

c) Distribuição de freqüências
Foram encontrados 17.000,0 indivíduos por hectare nos Estágios Iniciais de Sucessão, sendo 10.020,0 menores que 3 m de altura, 5.760,0 entre 3 e 6 m de altura e 1.220,0 maiores que 6 m de altura e resumo na Tabela abaixo.

Espécies
Altura < 3 m
Altura 3-6 m
Altura > 6 m
Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Baccharis semiserrata

4000.0

39.92

1600.0

27.78

0.0

0.00

5600.0

32.94

Acacia bonariensis

2600.0

25.95

200.0

3.47

0.0

0.00

2800.0

16.47

Cupania vernalis

200.0

2.00

800.0

13.89

40.0

3.28

1040.0

6.12

Eugenia uniflora

800.0

7.98

0.0

0.00

0.0

0.00

800.0

4.71

Calyptranthes concinna

600.0

5.99

200.0

3.47

0.0

0.00

800.0

4.71

Schinus lentiscifolius

600.0

5.99

120.0

2.08

0.0

0.00

720.0

4.24

Eugenia uruguayensis

400.0

3.99

200.0

3.47

0.0

0.00

600.0

3.53

Pouteria gardneriana

0.0

0.00

440.0

7.64

40.0

3.28

480.0

2.82

Sebastiania commersoniana

0.0

0.00

300.0

5.21

140.0

11.48

440.0

2.59

Sapium glandulatum

400.0

3.99

0.0

0.00

0.0

0.00

400.0

2.35

Gochnatia polymorpha

0.0

0.00

220.0

3.82

40.0

3.28

260.0

1.53

Ocotea pulchella

0.0

0.00

40.0

0.69

180.0

14.75

220.0

1.29

Trichilia claussenii

0.0

0.00

200.0

3.47

0.0

0.00

200.0

1.18

Myrocarpus frondosus

200.0

2.00

0.0

0.00

0.0

0.00

200.0

1.18

Mortas

200.0

2.00

0.0

0.00

0.0

0.00

200.0

1.18

Mimosa pilulifera

0.0

0.00

200.0

3.47

0.0

0.00

200.0

1.18

Ligustrum lucidum

0.0

0.00

200.0

3.47

0.0

0.00

200.0

1.18

Diospyros inconstans

0.0

0.00

200.0

3.47

0.0

0.00

200.0

1.18

Blepharocalyx salicifolius

0.0

0.00

200.0

3.47

0.0

0.00

200.0

1.18

Escallonia bifida

0.0

0.00

180.0

3.13

0.0

0.00

180.0

1.06

Sub-total

10000.0

99.80

4720.0

81.94

440.0

36.07

15160.0

89.18

Restantes

20.0

0.20

1040.0

18.06

780.0

63.93

1840.0

10.82

TOTAL

10020.0

100.0

5760.0

100.0

1220.0

100.0

17000.0

100.0

 

As 20 espécies relacionadas nesta Tabela foram as de maior ocorrência nos estágios iniciais das florestas das Áreas de Tensão Ecológica, contribuindo com 15.160,0 indivíduos por hectare (89,18%), sendo 10.000,0 indivíduos com alturas menores que 3 m, 4.720,0 entre 3 e 6 m, e 440,0 indivíduos com altura maior do que 6 m.

As 5 espécies mais abundantes nos estágios iniciais deste tipo fitogeográfico foram: Baccharis semiserrata, Acacia bonariensis, Cupania vernalis, Eugenia uniflora e Calyptranthes concinna, as quais contribuiram com 65,95% do número total de indivíduos. As 26 espécies restantes contribuiram com apenas 10,82% dos indivíduos.

Observou-se nos estágios iniciais das Áreas de Tensão Ecológica, a ocorrência de 200,0 indivíduos mortos/ha (1,18%).


<<volta


Parque do Espinilho