<<volta
RESULTADOS
POR TIPO FITOGEOGRÁFICO
Região
da Floresta Estacional Semidecidual
A Floresta Estacional Semidecidual, em seus estágios iniciais,
médios e avançados de sucessão, ocupa uma
área de 2.102,75 km² (210.275 ha), o que corresponde a
0,74% da superfície do Estado e 4,26% da área total
coberta com florestas naturais.
Estágios Sucessionais Médio e Avançado
a) Composição
Florística
Foram
encontradas 103 espécies pertencentes a 37 famílias
botânicas, entre os indivíduos com CAP ³
30 cm, 9 árvores não identificadas, 34 árvores
mortas e 1 cipó.
As comunidades
amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média
de 2,6305, conforme pode ser observado pelo índice de Diversidade
de Shannon, embora algumas parcelas apresentaram índices
superiores a 3,0.
A família
Myrtaceae foi a mais representativa da Floresta Estacional Semidecidual,
com 17 espécies, seguidas de Lauraceae (9), Fabaceae (7),
Flacourtiaceae (6), Rubiaceae e Sapindaceae (5), Asteraceae, Euphorbiaceae,
Meliaceae, Moraceae, Myrsinaceae, Rutaceae e Sapotaceae (3). Das
24 famílias restantes, 8 apresentaram 2 espécies
e 16 apresentaram 1 espécie apenas.
b) Parâmetros Dendrométricos
O diâmetro
médio foi estimado em 17,74 cm, variando entre 12,61 cm
(Parcela 2024) e 22,82 cm (Parcela 2506); o diâmetro mínimo
foi 9,55 cm e o diâmetro máximo foi 78,94 cm pertencente
a uma Blepharocalyx salicifolius (Murta), árvore nº
43 da parcela 2506 - Carta Pelotas; o coeficiente de variação
médio dos diâmetros foi de 44,25%, variando entre
28,97% (Parcela 2019) e 70,48% (Parcela 2506).
A altura total
média foi estimada em 10,18 m, variando de 6,17 m (Parcela
2024) a 14,00 m (Parcela 2506); a altura total mínima medida
foi de 2,00 m e a máxima foi de 32,20 m correspondente
a mesma Blepharocalyx salicifolius (Murta), árvore nº
43 da parcela 2506; o coeficiente de variação médio
da altura total foi de 26,51%, variando entre 18,99% (Parcela
2022) e 40,62% (Parcela 2506).
A altura comercial
média foi estimada em 4,70 m, variando entre 2,62 m (Parcela
2501) e 6,64 m (Parcela 1526); a altura comercial mínima
medida foi de 1,20 m e a máxima foi de 15,20 m, pertencente
a uma árvore morta, árvore 84 da parcela 2526; e
o coeficiente de variação médio das alturas
comerciais foi de 41,13%, variando entre 35,18% (Parcela 2506)
e 53,37% (Parcela 2501).
O número
médio de árvores da Floresta Estacional Semidecidual,
considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm,
foi estimado em 929,45 árvores/ha, variando entre 500 árvores/ha
(Parcela 2024) e 1.200 árvores/ha (Parcela 1520).
A área
basal média resultou em 28,38 m²/ha, variando entre 7,75
m²/ha (Parcela 2024) e 44,30 m²/ha (Parcela 2025).
O volume comercial
médio foi estimado em 154,39 m³/ha, variando entre 37,82
m³/ha (Parcela 2024) e 245,21 m³/ha (Parcela 2025).
O Índice
de Diversidade de Shannon foi de 2,6305, variando entre 2,0110
(Parcela 2504) e 3,0792 (Parcela 2025).
Comparando-se
os parâmetros dendrométricos da Floresta Estacional
Semidecidual com a média geral do Estado (Anexo 2.b), verifica-se
que esta apresentou diâmetro médio, alturas total
e comercial, e volume menores; área basal, número
de árvores e índice de Shannon maiores que a média
do Estado.
c) Produção Quantitativa por Espécie e por
Hectare
Analisando-se
a Tabela abaixo, verifica-se que as 20 espécies que mais
contribuiram para a composição do volume, juntamente
com as árvores mortas, foram as relacionadas.
Estas 20 espécies,
incluindo as árvores mortas, foram as de maior expressão
volumétrica, contribuindo com 95,79 m³/ha (62,02%) do volume
comercial, 517,74 árvores/ha (55,71%) e 17,62 m²/ha (62,06%)
da área basal.
Neste grupo de espécie, destaca-se o Podocarpus lambertii
(pinheiro-bravo), por apresentar a maior produção
quantitativa, ou seja, 9,62 m³/ha (6,23%) do volume comercial,
46,98 árvores/ha (5,05%) e 1,94 m²/ha (6,83%) da área
basal, por hectare. Trata-se de uma das poucas Gymnospermae de
ocorrência natural no Estado e característica da
Floresta Estacional Semidecidual.
As 86 espécies
restantes contribuiram com 58,65 m³/ha (37,98%) do volume comercial,
411,66 árvores/ha (44,29%) e 10,77 m²/ha (37,94%) da área
basal, por hectare.
Espécies
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Podocarpus
lambertii
Mortas
Lithraea brasiliensis
Cabralea canjerana
Ilex brevicuspis
Blepharocalyx salicifolius
Sebastiania commersoniana
Sloanea monosperma
Luehea divaricata
Parapiptadenia rigida
Nectandra megapotamica
Matayba elaeagnoides
Trichilia claussenii
Chrysophyllum marginatum
Myrsine umbellata
Cupania vernalis
Casearia sylvestris
Alchornea triplinervia
Patagonula americana
Diospyros inconstans
Sub-total
Restantes
TOTAL
|
9,62
7,17
6,94
6,92
6,60
5,93
5,88
5,11
4,88
4,46
4,32
3,81
3,50
3,26
3,25
3,07
2,99
2,87
2,80
2,41
95,79
58,65
154,44
|
6,23
4,64
4,49
4,48
4,27
3,84
3,81
3,31
3,16
2,89
2,80
2,47
2,27
2,11
2,10
1,99
1,94
1,86
1,81
1,56
62,02
37,98
100,00
|
46,98
32,94
44,55
25,98
24,55
23,34
46,97
8,19
25,94
15,46
22,99
33,33
24,54
20,39
29,10
25,72
37,54
3,64
10,91
14,68
517,74
411,66
929,40
|
5,05
3,54
4,79
2,80
2,64
2,51
5,05
0,88
2,79
1,66
2,47
3,59
2,64
2,19
3,13
2,77
4,04
0,39
1,17
1,58
55,71
44,29
100,00
|
1,94
0,96
1,38
1,34
1,26
1,18
1,17
1,02
1,00
0,80
0,70
0,65
0,63
0,52
0,49
0,50
0,56
0,66
0,42
0,44
17,62
10,77
28,39
|
6,83
3,38
4,86
4,72
4,44
4,16
4,12
3,59
3,52
2,82
2,47
2,29
2,22
1,83
1,73
1,76
1,97
2,32
1,48
1,55
62,06
37,94
100,00
|
Analisando-se
a estrutura diamétrica da produção quantitativa
para todas as espécies amostradas na Floresta Estacional
Semidecidual, verifica-se que, as classes de diâmetro 10-40
cm concentravam 131,04 m³/ha (84,85%) do volume comercial, 904,97
árvores/ha (97,37%) e 23,13 m²/ha (81,47%) da área
basal, por hectare
Classe
DAP(cm)
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
10
- 20
20 - 30
30 - 40
40 - 50
50 - 60
60 - 70
70 - 80
80 - 90
> 90
TOTAL
|
61,81
46,28
22,95
10,73
7,02
2,46
3,19
0,00
0,00
154,44
|
40,02
29,97
14,86
6,95
4,54
1,59
2,07
0,00
0,00
100,00
|
674,50
180,61
49,96
13,42
7,27
1,82
1,82
0,00
0,00
929,40
|
72,57
19,43
5,38
1,44
0,78
0,20
0,20
0,00
0,00
100,00
|
10,14
8,48
4,51
2,21
1,65
0,59
0,81
0,00
0,00
28,39
|
35,72
29,87
15,89
7,78
5,81
2,08
2,85
0,00
0,00
100,00
|
d) Produção
Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise
qualitativa - Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) da Floresta Estacional
Semidecidual indica a seguinte distribuição do volume
comercial, número de árvores e área basal,
por classe de qualidade do tronco:
Classe
Qualidade
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Qualidade
1
Qualidade 2
Qualidade 3
Qualidade 4
Não classificada
TOTAL
|
8,01
97,89
37,33
8,78
2,43
154,44
|
5,19
63,38
24,17
5,69
1,57
100,00
|
39,66
573,02
260,14
45,37
11,21
929,40
|
4,27
61,65
27,99
4,88
1,21
100,00
|
1,40
18,04
7,10
1,51
0,34
28,39
|
4,93
63,54
25,01
5,32
1,20
100,00
|
Estes resultados
mostram que a classe de qualidade 2 concentrava 97,89 m³/ha (63,38%)
do volume comercial, 573,02 árvores/ha (61,65%) e 18,04
m²/ha (63,54%) da área basal, por hectare.
e) Produção Qualitativa: Sanidade
No que se refere às condições de sanidade
constatou-se na Floresta Estacional Semidecidual (Anexo 3.4.c)
a distribuição do volume comercial, número
de árvores e área basal, por classe de sanidade
das árvores apresentada na Tabela abaixo.
Classe
Sanidade
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Danos
por animais
Danos complexos
Danos por fungos
Danos por insetos
Danos abióticos
Árvores mortas
Árvores saudáveis
Não classificada
TOTAL
|
0,00
16,30
22,03
0,34
11,54
2,50
101,08
0,65
154,44
|
0,00
10,55
14,27
0,22
7,47
1,62
65,45
0,42
100,00
|
0,00
86,02
87,27
5,45
64,85
14,24
669,14
2,43
929,40
|
0,00
9,25
9,39
0,59
6,98
1,53
72,00
0,26
100,00
|
0,00
2,87
4,14
0,07
2,39
0,38
18,47
0,07
28,39
|
0,00
10,10
14,58
0,25
8,42
1,34
65,06
0,25
100,00
|
Observa-se
nessa Tabela que, 101,08 m³/ha (65,45%) do volume comercial, 669,14
árvores/ha (72,00%) e 18,47 m²/ha (65,06%) da área
basal da Floresta Estacional Semidecidual eram constituídos
por indivíduos saudáveis.
Os danos mais expressivos foram os causados por fungos, que incidiam
sobre 14% do volume comercial, 9% do número de árvores
e 15% da área basal, seguidos dos danos abióticos.
f) Produção Qualitativa: Classe de Copa
A análise
da formação da copa das árvores da Floresta
Estacional Semidecidual mostrou a seguinte distribuição
do volume comercial, número de árvores e área
basal, por classe de copa:
Estes resultados
mostram que, 91,89 m³/ha (59,50%) do volume comercial, 523,33
árvores/ha (56,31%) e 16,88 m²/ha (59,46%) da área
basal eram compostos por indivíduos que apresentavam copa
média, ou seja, copas com comprimento entre ½ e
¼ da altura total das árvores.
Classe
Copa
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Copa
curta
Copa danificada
Copa longa
Copa média
Não classificada
TOTAL
|
17,30
8,23
33,59
91,89
3,43
154,44
|
11,20
5,33
21,75
59,50
2,22
100,00
|
135,32
38,97
211,47
523,33
20,31
929,40
|
14,56
4,19
22,75
56,31
2,19
100,00
|
2,86
1,26
6,87
16,88
0,52
28,39
|
10,07
4,44
24,20
59,46
1,83
100,00
|
g) Produção
Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise
das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos
na Floresta Estacional Semidecidual mostrou a distribuição
do volume comercial, número de árvores e área
basal, por tendência de valorização apresentada
na Tabela a seguir.
Classe
Valorização
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Cresc.
insignificante
Cresc. médio
Cresc. promissor
Não classificada
TOTAL
|
33,49
86,82
31,33
2,81
154,44
|
21,68
56,22
20,29
1,81
100,00
|
191,69
592,26
128,19
17,26
929,40
|
20,63
63,72
13,79
1,86
100,00
|
6,39
15,60
5,99
0,41
28,39
|
22,51
54,95
21,10
1,44
100,00
|
Observa-se
nesses resultados que, 86,82 m³/ha (56,22%) do volume comercial,
592,26 árvores/ha (63,72%) e 15,60 m²/ha (54,95%) da área
basal, eram constituídos por árvores com crescimento
médio, cujas condições de crescimento permitiam
mudança lenta na posição sociológica.
h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica
A análise
da Produção Qualitativa - Posição
Sociológica evidencia a seguinte distribuição
da produção quantitativa nos estratos verticais
da Floresta Estacional Semidecidual:
Posição
Sociológica
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Estrato
co-dominante
Estrato dominado
Estrato dominante
Estrato suprimido
Não classificada
TOTAL
|
44,87
27,25
74,87
5,02
2,43
154,44
|
29,06
17,64
48,48
3,25
1,57
100,00
|
363,73
281,52
246,18
26,76
11,21
929,40
|
39,13
30,29
26,49
2,88
1,21
100,00
|
8,04
4,90
14,43
0,68
0,34
28,39
|
28,32
17,26
50,83
2,39
1,20
100,00
|
Como se pode
observar, 74,87 m³/ha (48,48%) do volume comercial, 246,18 árvores/ha
(26,49%) e 14,43 m²/ha (50,83%) da área basal eram compostos
por indivíduos que ocupavam o estrato dominante.
i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
A Análise
Fitossociológica das espécies da Floresta Estacional
Semidecidual encontra-se na Tabela "Análise Fitossociológica:
Estrutura Horizontal - Tipo Fitogeográfico: Estacional
Semidecidual" do Anexo 3.4.d e síntese na Tabela abaixo.
As 20 espécies
mais características e importantes da Floresta Estacional
Semidecidual estão relacionadas na tabela abaixo, por ordem
do Valor de Importância (VI). Estas espécies são
as mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta,
sendo as mais representativas da associação.
Espécies
|
DR
|
FR
|
DoR
|
VI(%)
|
Vi(%)Acum.
|
VC(%)
|
VC(%)Acum.
|
Podocarpus
lambertii
Lithraea brasiliensis
Sebastiania commersoniana
Mortas
Blepharocalyx salicifolius
Casearia sylvestris
Cabralea canjerana
Ilex brevicuspis
Luehea divaricata
Myrsine umbellata
Matayba elaeagnoides
Nectandra megapotamica
Cupania vernalis
Trichilia classenii
Allophylus edulis
Sloanea menosperma
Chrysophyllum marginatum
Diospyros inconstans
Casearia decandra
Parapiptadenia rigida
Sub-total
Restantes
TOTAL
|
5,05
4,79
5,05
3,54
2,51
4,04
2,79
2,64
2,79
3,13
3,59
2,47
2,77
2,64
2,12
0,88
2,19
1,58
1,57
1,66
57,80
42,20
100,0
|
2,08
2,5
1,67
3,75
2,92
3,33
1,67
1,67
1,67
2,92
1,67
2,5
2,08
1,67
2,50
1,25
1,67
2,50
2,08
0,42
42,52
57,48
100,0
|
6,84
4,86
4,12
3,38
4,14
1,98
4,71
4,43
3,51
1,74
2,29
2,48
1,76
2,21
1,56
3,6
1,83
1,57
1,86
2,8
61,67
38,33
100,0
|
4,66
4,05
3,61
3,56
3,19
3,12
3,06
2,91
2,66
2,60
2,52
2,48
2,20
2,17
2,06
1,91
1,90
1,88
1,84
1,63
54,00
46,00
100,0
|
4,66
8,71
12,32
15,88
19,07
22,18
25,24
28,15
30,81
33,41
35,92
38,41
40,61
42,78
44,84
46,75
48,65
50,53
52,37
54,00
|
5,95
4,83
4,59
3,46
3,33
3,01
3,75
3,54
3,15
2,44
2,94
2,48
2,27
2,43
1,84
2,24
2,01
1,58
1,72
2,23
59,74
40,27
100,0
|
5,95
10,77
15,36
18,82
22,14
25,15
28,90
32,44
35,59
38,02
40,96
43,44
45,70
48,13
49,97
52,21
54,22
55,79
57,51
59,74
|
Estas espécies
(18,87% do total) representavam 57,80% da Densidade Relativa (número
de indivíduos), 42,52% da Freqüência Relativa,
61,67% da Dominância Relativa (área basal), 54,00%
do Valor de Importância e 59,74% do Valor de Cobertura total
da floresta.
As 86 espécies
restantes (81,13% das espécies), incluindo a não
identificada, representavam 42,20% da Densidade Relativa, 57,48%
da Freqüência Relativa, 38,33% da Dominância
Relativa, 46,00% do Valor de Importância e 40,27% do Valor
de Cobertura total.
É importante destacar que as árvores mortas (3,56%
do VI) apareciam em quarto lugar na ordem de importância
das espécies. A participação das árvores
mortas é significativa na composição das
comunidades e constitui um fenômeno natural de substituição
dos indivíduos na dinâmica da floresta.
j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular dos
indivíduos nos estratos, isto é, com maior número
nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores, são
as mais estáveis na associação.
A situação particular de cada espécie na
estrutura vertical da Floresta Estacional Semidecidual pode ser
verificada nessa Tabela.
k) Regeneração Natural
- Composição
florística
A relação
das espécies amostradas em regeneração natural
(CAP entre 3 e 30 cm) na Floresta Estacional Semidecidual encontra-se
na Tabela "Composição Florística da
Regeneração Natural - Tipo Fitogeográfico:
Floresta Estacional Semidecidual" (Anexo 3.4.e).
Foram encontradas 58 espécies pertencentes a 26 famílias
botânicas, além de alguns indivíduos não
identificados, cipós e mortas. O Índice de Diversidade
de Shannon foi de 1,7982.
A família Myrtaceae foi a mais representativa da regeneração
natural, com 17 espécies, seguida de Sapindaceae, com 4
espécies; Ephorbiaceae, Flacourtiaceae e Lauraceae, com
3 espécies. Das 21 famílias restantes, 7 apresentaram
2 espécies e 14 apresentaram 1 espécie apenas.
- Parâmetros dendrométricos
Os parâmetros dendrométricos da regeneração
natural (CAP entre 3 e 30 cm) da Floresta Estacional Semidecidual
encontram-se na Tabela "Parâmetros Dendrométricos
- Florestas Naturais: E.M.A. - RN - Tipo Fitogeográfico:
Estacional Semidecidual" (Anexo 3.4.e).
O diâmetro médio da regeneração natural
foi de 3,46 cm, variando entre 2,25 cm (Parcela 1526) e 6,93 cm
(Parcela 2501); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o
diâmetro máximo foi de 9,45 cm, situados dentro dos
limites fixados para o levantamento da regeneração
natural; o coeficiente de variação médio
dos diâmetros foi de 41,64%, variando entre 18,32% (Parcela
2501) e 62,61% (Parcela 1526).
A altura total média da regeneração natural,
na Floresta Estacional Semidecidual, foi de 5,92 m, variando entre
3,90 m (Parcela 2024) e 7,46 m (Parcela 2019); a altura total
mínima medida foi de 2,00 m e a máxima foi 15,50
m; o coeficiente de variação médio da altura
total foi de 35,50%, variando de 23,99% (Parcela 2024) a 59,46%
(Parcela 2506).
O número médio de indivíduos na regeneração
natural, considerando todos os indivíduos com CAP ³
3,0 cm e < 30,0cm, resultou 8.663,64 indivíduos/ha,
variando entre 1.400 indivíduos/ha (Parcela 2501) e 28.200
indivíduos/ha (Parcela 2024).
A área basal média da regeneração
natural resultou em 6,80 m²/ha, variando entre 2,4497 m²/ha (Parcela
2025) e 22,7388 m²/ha (Parcela 2024).
O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,7982, variando
entre 1,0913 (Parcela 2506) e 2,3786 (Parcela 2022).
-Distribuição de freqüências
Foram encontrados 8.663,6 indivíduos por hectare na regeneração
natural, sendo 2.663,7 menores que 3 m de altura, 4.554,5 entre
3 e 6 m de altura e 1.445,4 maiores que 6 m de altura (Anexo 3.4.e)
e Tabela abaixo.
Nesta Tabela foram relacionadas as 20 espécies mais abundantes
na regeneração natural, as quais contribuiram com
7.072,9 indivíduos por hectare, o que representa 81,64%
da regeneração natural. As 38 espécies restantes
contribuiram com 1.590,7 indivíduos por hectare, o que
representa 18,36% dos indivíduos presentes na regeneração
natural.
Espécies
|
Altura
< 3 m
|
Altura
3-6 m
|
Altura
> 6 m
|
Total
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
Myrsine
umbellata
Eugenia uniflora
Podocarpus lambertii
Erythroxylum deciduum
Dodonaea viscosa
Piper gaudichaudianum
Myrciaria cuspidata
Rollinia sylvatica
Casearia sylvestris
Sorocea bonplandii
Trichilia claussenii
Faramea marginata
Campomanesia xanthocarpa
Allophylus edulis
Myrcianthes gigantea
Eugenia schuechiana
Myrcia palustris
Psidium cattleyanum
Celtis iguanaea
Banara tomentosa
Sub-total
Restantes
TOTAL
|
363,6
90,9
181,9
181,8
90,9
363,6
363,6
0,0
0,0
190,9
272,7
90,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
90,9
2281,7
382,0
2663,7
|
13,65
3,41
6,83
6,83
3,41
13,65
13,65
0,00
0,00
7,17
10,24
3,41
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
3,41
85,66
14,34
100,0
|
763,6
463,6
409,1
200,0
281,8
0,0
0,0
363,6
336,4
100,0
0,0
109,1
181,8
190,9
0,0
181,8
190,9
190,9
0,0
0,0
3963,5
591,0
4554,5
|
16,77
10,18
8,98
4,39
6,19
0,00
0,00
7,98
7,39
2,20
0,00
2,40
3,99
4,19
0,00
3,99
4,19
4,19
0,00
0,00
87,02
12,98
100,0
|
27,3
72,8
0,0
9,1
0,0
0,0
0,0
0,0
18,2
45,5
45,5
72,8
36,4
18,2
200,0
9,1
0,0
0,0
181,9
90,9
827,7
617,7
1445,4
|
1,89
5,04
0,00
0,63
0,00
0,00
0,00
0,00
1,26
3,15
3,15
5,04
2,52
1,26
13,84
0,63
0,00
0,00
12,58
6,29
57,26
42,74
100,0
|
1154,5
627,3
591,0
390,9
372,7
363,6
363,6
363,6
354,6
336,4
318,2
272,8
218,2
209,1
200,0
190,9
190,9
190,9
181,9
181,8
7072,9
1590,7
8663,6
|
13,33
7,24
6,82
4,51
4,30
4,20
4,20
4,20
4,09
3,88
3,67
3,15
2,52
2,41
2,31
2,20
2,20
2,20
2,10
2,10
81,64
18,36
100,0
|
Chama a atenção,
na Floresta Estacional Semidecidual, a baixíssima ocorrência
de cipós - 9,1 indivíduos/ha (0,11%) e pequena quantidade
de indivíduos mortos - 109,1 indivíduos/ha (1,26%).
l) Análise estatística
A partir das 11 unidades amostrais levantadas nos estágios
médio e avançado da Floresta Estacional Semidecidual,
resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com
casca:
- Média aritmética: = 154,44 m³/ha
- Variância: = 3.322,37 (m³/ha)²
- Desvio padrão: = 57,64 m³/ha
- Coeficiente de variação: = 37,32%
- Variância da média: = 332,33 (m³/ha)²
- Erro padrão: = ± 18,23 m³/ha
- Erro de amostragem
a) Erro
absoluto: - = ± 36,09 m³/ha
b) Erro
relativo: - = ± 23,37%
- Intervalo de confiança para a média
IC = 95%
- Total da população = 32.474.871 m³
- Intervalo de confiança para o total
IC = 95%
Estágio
Sucessional Inicial
a) Composição
florística
A relação
das espécies amostradas nos Estágios Iniciais da
vegetação da Região da Floresta Estacional
Semidecidual encontra-se na Tabela "Composição
florística das Florestas Naturais - Estágios Iniciais,
Tipo Fitogeográfico: Estacional Semidecidual" (Anexo
3.4.f).
Foram encontradas
41 espécies pertencentes a 25 famílias botânicas,
além de mortas e uma espécie exótica, Acacia
mearnsii. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,7361.
A família
Fabaceae, com 5 espécies foi a mais representativa desses
Estágios Iniciais, seguida de Myrsinaceae e Sapindaceae,
com 3 espécies; Anacardiaceae, Asteraceae, Boraginaceae,
Flacourtiaceae, Myrtaceae e Solanaceae, com 2 espécies.
As demais 16 famílias eram representadas por uma única
espécie.
b) Parâmetros dendrométricos
Os parâmetros
dendrométricos dos Estágios Iniciais da sucessão
(CAP ³ 3,0 cm) da Floresta Estacional Semidecidual encontram-se
na Tabela "Parâmetros Dendrométricos - Florestas
Naturais - E.I. - Tipo Fitogeográfico: Estacional Semidecidual"
(Anexo 3.4.f).
O diâmetro
médio dos estágios iniciais foi de 4,08 cm, variando
entre 3,25 cm (Parcela 1552) e 4,96 cm (Parcela 1514); o diâmetro
mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi
de 24,19 cm; o coeficiente de variação médio
dos diâmetros foi de 52,12%, variando entre 41,69% (Parcela
2509) e 61,55% (Parcela 2028).
A altura total
média dos estágios iniciais, na Floresta Estacional
Semidecidual, foi de 4,62 m, variando entre 2,95 m (Parcela 1552)
e 5,38 m (Parcela 1514); a altura total mínima medida foi
de 1,90 m e a máxima foi 12,00 m; o coeficiente de variação
médio da altura total foi de 31,68%, variando entre 25,38%
(Parcela 2509) e 36,65% (Parcela 1552).
O número
médio de indivíduos nos estágios iniciais,
considerando todos os indivíduos com CAP
³ 3,0 cm, resultou 13.320,00 indivíduos/ha,
variando entre 9.800,0 indivíduos/ha (Parcela 1527) e 25.000,0
indivíduos/ha (Parcela 2509).
A área
basal média dos estágios iniciais resultou em 16,83
m²/ha, variando entre 8,3660 m²/ha (Parcela 1552) e 25,5035 m²/ha
(Parcela 2509).
O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,7361, variando
entre 0,7997 (Parcela 1552) e 2,2895 (Parcela 2028).
c) Distribuição de freqüência
Foram
encontrados 13.320,0 indivíduos por hectare nos Estágios
Iniciais de Sucessão, sendo 3.220,0 menores que 3 m de
altura, 6.420,0 entre 3 e 6 m de altura e 3.680,0 maiores que
6 m de altura (Anexo 3.4.f).
As 20 espécies
relacionadas na Tabela abaixo foram as de maior ocorrência
nos estágios iniciais da Floresta Estacional Semidecidual,
contribuindo com 12.040,0 indivíduos por hectare (90,39%),
sendo 3.000,0 indivíduos com alturas menores que 3 m, 6.000,0
entre 3 e 6 m, e 3.040,0 indivíduos com altura maior do
que 6 m.
As 5 espécies
mais abundantes nos estágios iniciais deste tipo fitogeográfico
foram: Diospyros inconstans, Myrsine umbellata, Escallonia bifida,
Myrsine coriacea, e Matayba elaeagnoides, as quais contribuiram
com 46,56% do número total de indivíduos.
As 23 espécies restantes contribuíram com, apenas,
9,61% do total de indivíduos desses estágios iniciais.
Espécies
|
Altura
< 3 m
|
Altura
3-6 m
|
Altura
> 6 m
|
Total
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
N°
|
%
|
Diospyros
inconstans
Myrsine umbellata
Escallonia bifida
Myrsine coriacea
Matayba elaeagnoides
Lonchocarpus nitidus
Cupania vernalis
Casearia sylvestris
Styrax leprosus
Mortas
Luehea divaricata
Guapira opposita
Piper gaudichaudianum
Zanthoxylum caribaeum
Machaerium stipitatum
Banara parviflora
Lithraea molleoides
Allophylus edulis
Dasyphyllum spinescens
Machaerium paraguariense
Sub-total
Restantes
TOTAL
|
200,0
200,0
400,0
0,0
200,0
0,0
200,0
400,0
0,0
0,0
0,0
0,0
400,0
0,0
200,0
200,0
200,0
200,0
200,0
0,0
3000,0
220,0
3220,0
|
6,21
6,21
12,42
0,00
6,21
0,00
6,21
12,42
0,00
0,00
0,00
0,00
12,42
0,00
6,21
6,21
6,21
6,21
6,21
0,00
93,17
6,83
100,0
|
840,0
1220,0
480,0
460,0
420,0
200,0
400,0
240,0
400,0
220,0
400,0
240,0
0,0
240,0
20,0
0,0
20,0
0,0
0,0
200,0
6000,0
420,0
6420,0
|
13,08
19,00
7,48
7,17
6,54
3,12
6,23
3,74
6,23
3,43
6,23
3,74
0,00
3,74
0,31
0,00
0,31
0,00
0,00
3,12
93,46
6,54
100,0
|
1080,0
120,0
100,0
360,0
120,0
520,0
60,0
0,0
140,0
220,0
20,0
160,0
0,0
80,0
40,0
20,0
0,0
0,0
0,0
0,0
3040,0
640,0
3680,0
|
29,35
3,26
2,72
9,78
3,26
14,13
1,63
0,00
3,80
5,98
0,54
4,35
0,00
2,17
1,09
0,54
0,00
0,00
0,00
0,00
82,61
17,39
100,0
|
2120,0
1540,0
980,0
820,0
740,0
720,0
660,0
640,0
540,0
440,0
420,0
400,0
400,0
320,0
260,0
220,0
220,0
200,0
200,0
200,0
12040,0
1280,0
13320,0
|
15,92
11,56
7,36
6,16
5,56
5,41
4,95
4,80
4,05
3,30
3,15
3,00
3,00
2,40
1,95
1,65
1,65
1,50
1,50
1,50
90,39
9,61
100,0
|
<<volta
|
|