<<volta
RESULTADOS
POR TIPO FITOGEOGRÁFICO
Região
das Áreas de Formações Pioneiras
As florestas
da Região das Áreas de Formações Pioneiras,
considerando os estágios iniciais, médios e avançados
de sucessão, ocupam uma área de 1.488,04 km²
(148.804 ha), o que corresponde a 0,53% da superfície do
Estado e 3,02% da área total coberta com florestas naturais.
Estágios
Sucessionais Médio e Avançado
a) Composição
florística
Foram encontradas 137 espécies pertencentes a 46 famílias
botânicas, entre os indivíduos com CAP ³
30 cm, 4 árvores não identificadas, 45 mortas
e 2 cipós.
As comunidades
amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média
de 2,5316, conforme pode ser observado pelo Índice de Diversidade
de Shannon, embora algumas parcelas apresentaram índices
superiores a 3,0.
A família
Myrtaceae foi a mais representativa das florestas da região
das Áreas de Formações Pioneiras, com 23 espécies,
seguida de Lauraceae (12); Euphorbiaceae (10); Flacourtiaceae
(6); Moraceae e Myrsinaceae (5); Aquifoliaceae,
Meliaceae, Rubiaceae, Sapindaceae e Sapotaceae (4); Boraginaceae,
Mimosaceae, Rutaceae, Verbenaceae e Cecropiaceae, com
3 espécies. Das 30 famílias restantes, 11 apresentaram
2 espécies e 19 apresentaram 1 espécie apenas.
b) Parâmetros
Dendrométricos
O diâmetro médio foi estimado em 18,70 cm, variando
entre 13,46 cm (Parcela 2507) e 24,25 cm (Parcela 2807); o diâmetro
mínimo foi 9,55 cm e o diâmetro máximo encontrado
nesta região fitogeográfica foi 149,61 cm pertencente
a uma Coussapoa microcarpa (Figueira-preta), árvore
nº 670 da Parcela 2103 - Carta Cidreira; o coeficiente de
variação médio dos diâmetros foi de 55,15%,
variando entre 29,52% (Parcela 1534) e 84,00% (Parcela 2808).
A altura total
média foi estimada em 10,36 m, variando de 6,77 m (Parcela
2511) a 13,27 m (Parcela 2021); a altura total mínima medida
foi de 1,70 m; a altura total máxima amostrada foi de 26,50
m, correspondente a árvore nº 434 da Parcela 1547 – Alchornea
triplinervia (Tanheiro); o coeficiente de variação
médio da altura total foi de 28,15%, variando entre 17,23%
(Parcela 1534) e 36,56% (Parcela 2511). A altura comercial média
foi estimada em 4,62 m, variando entre 2,97 m (Parcela 2803) e 6,75
m (Parcela 1547); a altura comercial mínima medida foi de
1,00 e a máxima foi de 19,50 m, pertencente a mesma árvore
de altura total máxima - Alchornea triplinervia (Tanheiro),
árvore nº 434 da Parcela 1547; e o coeficiente de variação
médio das alturas comerciais foi de 43,56%, variando entre
30,31% (Parcela 2103) e 62,83% (Parcela 2807).
O número
médio de árvores, considerando todos os indivíduos
com CAP ³ 30 cm, foi estimado em
970,86 árvores/ha, variando entre 550 árvores/ha (Parcela
2803) e 1.822 árvores/ha (Parcela 1534). A área basal
média resultou em 35,13 m²/ha, variando entre 12,8800 m²/ha
(Parcela 2507) e 62,0200 m²/ha (Parcela 2807). O volume comercial
médio foi estimado em 166,16 m³/ha, variando entre 66,85
m³/ha (Parcela 2507) e 226,45 m³/ha (Parcela 2020).
O Índice
de Diversidade de Shannon foi de 2,5316, variando entre 1,7592 (Parcela
2807) e 3,2799 (Parcela 2508).
Comparando-se
os parâmetros dendrométricos da Região das Áreas
de Formações Pioneiras com a média geral do
Estado, verifica-se que esta apresentou diâmetro médio,
número de árvores, área basal, volume comercial
e índice de Shannon maior; e alturas total e comercial menores
do que a média do Estado.
c) Produção
Quantitativa por Espécie e por Hectare
A Tabela "Produção Quantitativa por Espécie
por Hectare – Florestas Naturais – E.M.A. da Região das Áreas
de Formações Pioneiras mostra a distribuição
dos quantitativos por espécie e por classe de diâmetro,
cuja síntese é apresentada na Tabela abaixo.
Espécie
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Ficus
organensis
|
13,56
|
8,15
|
36,55
|
3,76
|
4,88
|
13,89
|
Coussapoa
microcarpa
|
10,36
|
6,23
|
21,77
|
2,24
|
2,71
|
7,71
|
Alchornea
triplinervia
|
10,24
|
6,15
|
59,72
|
6,15
|
1,93
|
5,49
|
Guapira
opposita
|
8,08
|
4,86
|
43,38
|
4,47
|
1,53
|
4,36
|
Mortas
|
7,66
|
4,60
|
42,95
|
4,42
|
1,23
|
3,50
|
Myrsine
laetevirens
|
7,59
|
4,56
|
37,62
|
3,87
|
1,67
|
4,75
|
Myrsine
umbellata
|
6,24
|
3,75
|
33,94
|
3,50
|
0,93
|
2,65
|
Trichilia
claussenii
|
5,11
|
3,07
|
43,14
|
4,44
|
0,89
|
2,53
|
Matayba
elaeagnoides
|
4,10
|
2,46
|
13,14
|
1,35
|
0,70
|
1,99
|
Blepharocalyx
salicifolius
|
3,99
|
2,40
|
24,41
|
2,51
|
0,89
|
2,53
|
Lithraea
brasiliensis
|
3,93
|
2,36
|
26,28
|
2,71
|
0,51
|
1,45
|
Sideroxylum
obtusifolium
|
3,61
|
2,17
|
11,06
|
1,14
|
1,08
|
3,07
|
Syagrus
romanzoffiana
|
3,59
|
2,16
|
12,78
|
1,32
|
0,49
|
1,39
|
Erythroxylum
argentinum
|
3,53
|
2,12
|
35,79
|
3,69
|
0,71
|
2,02
|
Luehea
divaricata
|
3,40
|
2,04
|
15,14
|
1,56
|
0,72
|
2,05
|
Chrysophyllum
marginatum
|
3,11
|
1,87
|
29,94
|
3,08
|
0,57
|
1,62
|
Allophylus
edulis
|
2,90
|
1,74
|
23,58
|
2,43
|
0,57
|
1,62
|
Zanthoxylum
fagara
|
2,86
|
1,72
|
18,71
|
1,93
|
0,56
|
1,59
|
Myrcia
brasiliensis
|
2,64
|
1,59
|
14,13
|
1,46
|
0,42
|
1,20
|
Esenbeckia
grandiflora
|
2,60
|
1,56
|
18,58
|
1,91
|
0,40
|
1,14
|
Sub-total
|
109,10
|
65,57
|
562,61
|
57,95
|
23,39
|
66,58
|
Restantes
|
57,29
|
34,43
|
408,27
|
42,05
|
11,74
|
33,42
|
TOTAL
|
166,39
|
100,00
|
970,88
|
100,00
|
35,13
|
100,00
|
Nesta Tabela,
foram relacionadas as 20 espécies que mais contribuiram para
a composição do volume comercial, incluindo as árvores
mortas.
Estas 20 espécies
foram responsáveis por 109,10 m³/ha (65,57%) do volume comercial,
562,61 árvores/ha (57,95%) e 23,39 m²/ha (66,58%) da área
basal. Analisando-se a estrutura diamétrica da produção
quantitativa, para todas as espécies amostradas na Região
das Áreas de Formações Pioneiras, verifica-se
a seguinte distribuição do volume, número de
árvores e área basal, por hectare:
Classe
DAP (cm)
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
10
- 20
|
64,86
|
38,98
|
728,92
|
75,08
|
10,78
|
30,69
|
20
- 30
|
37,14
|
22,32
|
147,46
|
15,19
|
6,67
|
18,99
|
30
- 40
|
22,53
|
13,54
|
48,09
|
4,95
|
4,47
|
12,72
|
40
- 50
|
15,51
|
9,32
|
23,48
|
2,42
|
3,65
|
10,39
|
50
- 60
|
9,79
|
5,88
|
10,26
|
1,06
|
2,37
|
6,75
|
60
- 70
|
4,44
|
2,67
|
4,50
|
0,46
|
1,47
|
4,18
|
70
- 80
|
2,82
|
1,70
|
2,00
|
0,21
|
0,89
|
2,53
|
80
- 90
|
3,11
|
1,87
|
2,29
|
0,24
|
1,36
|
3,87
|
>
90
|
6,19
|
3,72
|
3,88
|
0,40
|
3,47
|
9,88
|
TOTAL
|
-
|
100,00
|
-
|
100,00
|
|
100,00
|
Observa-se que,
nas classes diamétricas 10-40 cm concentravam-se 124,53 m³/ha
(74,84%) do volume comercial, 924,47 árvores/ha (95,22%)
e 21,92 m²/ha (62,40%) da área basal.
d) Produção
Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise qualitativa – Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) da
Região das Áreas de Formações Pioneira
mostra a distribuição do volume comercial, número
de árvores e área basal, por classe de qualidade do
tronco, os quais estão resumidos na Tabela abaixo.
Classe
Qualidade
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Qualidade
1 |
5,07
|
3,04
|
14,92
|
1,54
|
0,86
|
2,45
|
Qualidade
2 |
110,03
|
66,13
|
571,51
|
58,87
|
23,82
|
67,80
|
Qualidade
3 |
35,69
|
21,45
|
295,97
|
30,49
|
7,69
|
21,89
|
Qualidade
4 |
7,35
|
4,42
|
41,59
|
4,28
|
1,46
|
4,16
|
Não
classificada |
8,25
|
4,96
|
46,89
|
4,83
|
1,30
|
3,70
|
TOTAL |
-
|
100,00
|
8
|
100,00
|
3
|
100,00
|
Observa-se nesta
Tabela que a classe de qualidade 2 concentrava os maiores quantitativos
da Região das Áreas de Formações Pioneiras,
ou seja, 110,03 m³/ha (66,13%) do volume comercial, 571,51 árvores/ha
(58,87%) e 23,82 m²/ha (67,80%) da área basal, seguido da
classe de qualidade 3.
e) Produção
Qualitativa: Sanidade
No que se refere às condições de sanidade constatou-se
na Região das Áreas de Formações Pioneiras,
a seguinte distribuição do volume comercial, número
de árvores e área basal, por classe de sanidade das
árvores:
Classe
Sanidade
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
|
(m²/ha)
|
%
|
Danos
por animais |
0,00
|
0,00
|
0,00
|
0,00
|
0,00
|
0,00
|
Danos
complexos |
14,74
|
8,86
|
104,13
|
10,73
|
3,41
|
9,71
|
Danos
por fungos |
12,22
|
7,35
|
61,65
|
6,35
|
3,00
|
8,54
|
Danos
por insetos |
3,73
|
2,24
|
22,37
|
2,31
|
0,69
|
1,96
|
Danos
abióticos |
7,84
|
4,71
|
52,45
|
5,40
|
1,68
|
4,78
|
Árvores
mortas |
7,05
|
4,24
|
40,52
|
4,17
|
1,15
|
3,27
|
Árvores
saudáveis |
119,34
|
71,72
|
679,61
|
70,00
|
25,00
|
71,17
|
Não
classificada |
1,47
|
0,88
|
10,15
|
1,04
|
0,20
|
0,57
|
TOTAL |
|
100,00
|
8
|
100,00
|
3
|
100,00
|
Verifica-se
nesta Tabela que, 119,34 m³/ha (71,72%) do volume comercial, 679,61
árvores/ha (70,00%) e 25,00 m²/ha (71,17%) da área
basal da Região das Áreas de Formações
Pioneiras eram constituídos por indivíduos saudáveis.
Os danos mais expressivos foram os complexos, que incidiam sobre
8,86% do volume comercial, 10,73% do número de árvores
e 9,71% da área basal.
f) Produção
Qualitativa: Classe de Copa
A análise da formação da copa das árvores
da Região das Áreas de Formações Pioneiras
mostrou a seguinte distribuição do volume comercial,
número de árvores e área basal, por classe
de copa:
Classe
Copa
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Copa
curta |
24,36
|
14,64
|
186,06
|
19,16
|
4,14
|
11,78
|
Copa
danificada |
5,48
|
3,29
|
36,51
|
3,76
|
1,05
|
3,00
|
Copa
longa |
42,29
|
25,42
|
195,23
|
20,11
|
9,91
|
28,21
|
Copa
média |
85,71
|
51,51
|
504,47
|
51,96
|
18,68
|
53,17
|
Não
classificada |
8,55
|
5,14
|
48,61
|
5,01
|
1,35
|
4,14
|
TOTAL |
|
100,00
|
|
100,00
|
3
|
100,00
|
Esses resultados
mostram que, 85,71 m³/ha (51,51%) do volume comercial, 504,47 árvores/ha
(51,96%) e 18,68 m²/ha (53,17%) da área basal eram compostos
por indivíduos que apresentavam copa média, ou seja,
copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores.
g) Produção
Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise
das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos
na Região das Áreas de Formações Pioneiras
mostrou a distribuição do volume comercial, número
de árvores e área basal, por classe de valorização,
apresentada na Tabela abaixo. Observa-se nesses resultados que,
111,82 m³/ha (67,20%) do volume comercial, 665,44 árvores/ha
(68,54%) e 22,60 m²/ha (64,33%) da área basal eram compostos
por indivíduos com crescimento médio, cujas condições
de crescimento indicavam mudança lenta na posição
sociológica.
Classe
Valorização
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Cresc.
insignificante |
32,96
|
19,81
|
181,49
|
18,69
|
8,92
|
25,39
|
Cresc.
médio |
111,82
|
67,20
|
665,44
|
68,54
|
22,60
|
64,33
|
Cresc.
promissor |
13,39
|
8,05
|
77,57
|
7,99
|
2,32
|
6,61
|
Não
classificada |
8,22
|
4,94
|
46,38
|
4,78
|
1,29
|
3,67
|
TOTAL |
|
100,00
|
|
100,00
|
3
|
100,00
|
h) Produção
Qualitativa: Posição Sociológica A Análise
Qualitativa – Posição Sociológica da Região
das Áreas de Formações Pioneiras, evidencia
a seguinte distribuição da produção
quantitativa nos estratos verticais:
Posição
Sociológica
|
Vol.
Comercial
|
Nº
Árvores
|
Área
Basal
|
(m³/ha)
|
%
|
(Nº/ha)
|
%
|
(m²/ha)
|
%
|
Estrato
co-dominante |
52,84
|
31,76
|
399,63
|
41,16
|
10,26
|
29,21
|
Estrato
dominado |
19,82
|
11,91
|
223,21
|
22,99
|
3,60
|
10,25
|
Estrato
dominante |
81,99
|
49,28
|
281,30
|
28,98
|
19,30
|
54,94
|
Estrato
suprimido |
3,41
|
2,05
|
19,65
|
2,02
|
0,66
|
1,88
|
Não
classificada |
8,33
|
5,00
|
47,09
|
4,85
|
1,31
|
3,72
|
TOTAL |
|
100,00
|
88
|
100,00
|
3
|
100,00
|
Como se pode
observar, 85,99 m³/ha (49,28%) do volume comercial, 281,30 árvores/ha
(28,98%) e 19,30 m²/ha (54,94%) da área basal eram compostos
por indivíduos que ocupavam o estrato dominante.
i) Análise
Fitossociológica: Estrutura Horizontal
As espécies mais importantes
das florestas das Áreas de Formações Pioneiras
estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância
(VI).
Estas 20 espécies
(14,29% do total) representavam 58,99% da Densidade Relativa (número
de indivíduos), 32,98% da Freqüência Relativa,
69,24% da Dominância Relativa (área basal), 53,74%
do Valor de Importância e 64,12% do Valor de Cobertura total
da floresta e foram as mais abundantes, dominantes e freqüentes
da floresta, sendo as mais representativas da associação.
As
120 espécies restantes (85,71% das espécies), incluindo
as não identificadas e os cipós não identificados,
representavam 41,01% da Densidade Relativa, 67,02% da Freqüência
Relativa, 30,76% da Dominância Relativa, 46,26% do Valor de
Importância e 35,89% do Valor de Cobertura.
É
importante destacar que as árvores mortas, com 3,75% do VI,
apareciam em terceiro lugar na ordem de importância das espécies.
Espécie
|
DR
|
FR
|
DoR
|
VI(%)
|
VI(%)
Acum.
|
VC(%)
|
VC(%)
Acum.
|
Ficus
organensis
|
3,77
|
1,94
|
13,88
|
6,53
|
6,53
|
8,83
|
8,83
|
Alchornea
triplinervia
|
6,15
|
1,11
|
5,51
|
4,26
|
10,79
|
5,83
|
14,66
|
Mortas
|
4,42
|
3,32
|
3,50
|
3,75
|
14,53
|
3,96
|
18,62
|
Coussapoa
microcarpa
|
2,24
|
1,11
|
7,71
|
3,69
|
18,22
|
4,98
|
23,59
|
Guapira
opposita
|
4,47
|
2,22
|
4,36
|
3,68
|
21,90
|
4,42
|
28,01
|
Myrsine
laetevirens
|
3,87
|
1,39
|
4,76
|
3,34
|
25,24
|
4,32
|
32,32
|
Trichilia
claussenii
|
4,44
|
2,22
|
2,53
|
3,06
|
28,31
|
3,49
|
35,81
|
Myrsine
umbellata
|
3,50
|
2,49
|
2,66
|
2,88
|
31,19
|
3,08
|
38,89
|
Erythroxylum
argentinum
|
3,69
|
1,39
|
2,01
|
2,36
|
33,55
|
2,85
|
41,74
|
Casearia
sylvestris
|
3,27
|
2,49
|
1,32
|
2,36
|
35,91
|
2,30
|
44,03
|
Lithraea
brasiliensis
|
2,71
|
2,22
|
1,46
|
2,13
|
38,04
|
2,09
|
46,12
|
Chrysophyllum
marginatum
|
3,08
|
1,39
|
1,63
|
2,03
|
40,08
|
2,36
|
48,47
|
Blepharocalyx
salicifolius
|
2,51
|
0,83
|
2,54
|
1,96
|
42,04
|
2,53
|
51,00
|
Allophylus
edulis
|
2,43
|
1,66
|
1,62
|
1,90
|
43,94
|
2,03
|
53,02
|
Sideroxylum
obtusifolium
|
1,14
|
0,55
|
3,70
|
1,80
|
45,74
|
2,42
|
55,44
|
Luehea
divaricata
|
1,56
|
1,66
|
2,04
|
1,75
|
47,49
|
1,80
|
57,24
|
Scutia
buxifolia
|
1,14
|
0,83
|
3,02
|
1,66
|
49,15
|
2,08
|
59,32
|
Syagrus
romanzoffiana
|
1,32
|
1,94
|
1,40
|
1,55
|
50,71
|
1,36
|
60,68
|
Zanthoxylum
fagara
|
1,93
|
1,11
|
1,59
|
1,54
|
52,25
|
1,76
|
62,44
|
Matayba
elaeagnoides
|
1,35
|
1,11
|
2,00
|
1,49
|
53,74
|
1,68
|
64,12
|
Sub-total
|
58,99
|
32,98
|
69,24
|
53,74
|
-
|
64,12
|
-
|
Restantes
|
41,01
|
67,02
|
30,76
|
46,26
|
-
|
35,89
|
-
|
TOTAL
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
-
|
100,0
|
-
|
j) Análise Fitossociológica:
Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular dos
indivíduos nos estratos, isto é, com maior número
nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores, são
as mais estáveis na associação.
A situação particular
de cada espécie na estrutura vertical das Áreas de
Formações Pioneiras pode ser verificada nessa Tabela.
k) Regeneração Natural
- Composição florística
Foram encontradas 96 espécies pertencentes a 38 famílias
botânicas, além de alguns indivíduos não
identificados, incluindo cipós e mortas.
O Índice de Diversidade de Shannon
foi de 1,8686. As famílias Myrtaceae e Lauraceae
foram as mais representativas da regeneração natural,
com 19 e 10 espécies, respectivamente, seguidas de Rubiaceae,
com 7 espécies; Euphorbiaceae, Flacourtiaceae e
Meliaceae, com 5 espécies; e Myrsinaceae com
4 espécies. Das 31 famílias restantes, 10 apresentaram
2 espécies e 21 apresentaram 1 espécie apenas.
- Parâmetros dendrométricos
O diâmetro médio da regeneração natural
foi de 3,24 cm, variando entre 2,09 cm (Parcela 2803) e 6,90 cm
(Parcela 1534); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro
máximo foi de 9,52 cm, situados dentro dos limites fixados
para o levantamento da regeneração natural; o coeficiente
de variação médio dos diâmetros foi de
47,07%, variando entre 18,60% (Parcela 1534) e 71,78% (Parcela 2803).
A altura total média da regeneração
natural, nas Áreas de Formações Pioneiras,
foi de 5,96 m, variando entre 3,21 m (Parcela 2803) e 8,15 m (Parcela
1534); a altura total mínima medida foi de 1,30 m e a máxima
foi 15,00 m; o coeficiente de variação médio
da altura total foi de 36,07%, variando de 12,09% (Parcela 1534)
a 60,11% (Parcela 2021).
O número médio de indivíduos
na regeneração natural, considerando todos os indivíduos
com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou 8.617,14 indivíduos/ha,
variando entre 830 indivíduos/ha (Parcelas 2511) e 21.600
indivíduos/ha (Parcela 2507). A área basal média
da regeneração natural resultou em 5,85 m²/ha, variando
entre 0,5077 m²/ha (Parcela 2807) e 15,5751 m²/ha (Parcela 2507).
E o Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,8686, variando
entre 0,9248 (Parcelas 2020) e 2,6631 (Parcela 2103).
- Distribuição de freqüências
Foram encontrados 8.617,1 indivíduos por hectare na regeneração
natural, sendo 2.731,4 menores que 3 m de altura, 3.493,6 entre
3 e 6 m de altura e 2.392,2 maiores que 6 m de altura, conforme
Tabela resumida abaixo.
Nesta Tabela foram relacionadas as
20 espécies mais abundantes na regeneração
natural, as quais contribuiram com 6.452,8 indivíduos por
hectare, o que representa 74,88% da regeneração natural.
As 79 espécies restantes contribuiram com 2.164,3 indivíduos
por hectare, o que representa 25,12% dos indivíduos presentes
na regeneração natural.
Observa-se também, na regeneração
natural da região das Áreas de Fomações
Pioneiras, uma pequena ocorrência de cipós – 93,57
indivíduos/ha (1,09%) e indivíduos mortos – 31,41
indivíduos/ha (0,36%).
Espécies
|
Altura
< 3 m
|
Altura
3-6 m
|
Altura
> 6 m
|
Total
|
No
|
%
|
No
|
%
|
No
|
%
|
No
|
%
|
Gymnanthes
concolor
|
214,3
|
7,85
|
457,2
|
13,09
|
121,4
|
5,08
|
792,9
|
9,20
|
Guapira
opposita
|
286,4
|
10,49
|
236,4
|
6,77
|
130,0
|
5,43
|
652,8
|
7,58
|
Chusquea
sp.
|
0,0
|
0,00
|
0,0
|
0,00
|
571,4
|
23,89
|
571,4
|
6,63
|
Eugenia
uniflora
|
214,3
|
7,85
|
300,0
|
8,59
|
42,9
|
1,79
|
557,2
|
6,47
|
Allophylus
edulis
|
85,7
|
3,14
|
379,3
|
10,86
|
10,0
|
0,42
|
475,0
|
5,51
|
Sebastiania
serrata
|
0,0
|
0,00
|
330,8
|
9,47
|
92,9
|
3,88
|
423,7
|
4,92
|
Scutia
buxifolia
|
142,9
|
5,23
|
160,7
|
4,60
|
7,1
|
0,30
|
310,7
|
3,61
|
Eugenia
schuechiana
|
214,3
|
7,85
|
78,6
|
2,25
|
14,3
|
0,60
|
307,2
|
3,57
|
Myrciaria
cuspidata
|
142,9
|
5,23
|
142,9
|
4,09
|
0,0
|
0,00
|
285,8
|
3,32
|
Ocotea
pulchella
|
0,0
|
0,00
|
85,7
|
2,45
|
185,7
|
7,76
|
271,4
|
3,15
|
Sebastiania
brasiliensis
|
21,4
|
0,78
|
130,0
|
3,72
|
100,7
|
4,21
|
252,1
|
2,93
|
Miconia
rigidiuscula
|
142,9
|
5,23
|
71,4
|
2,04
|
7,1
|
0,30
|
221,4
|
2,57
|
Psychotria
brachyceras
|
214,3
|
7,85
|
0,0
|
0,00
|
0,0
|
0,00
|
214,3
|
2,49
|
Trichilia
claussenii
|
21,4
|
0,78
|
74,3
|
2,13
|
96,4
|
4,03
|
192,1
|
2,23
|
Blepharocalyx
salicifolius
|
0,0
|
0,00
|
81,4
|
2,33
|
90,7
|
3,79
|
172,1
|
2,00
|
Psychotria
carthagenensis
|
150,0
|
5,49
|
14,3
|
0,41
|
0,0
|
0,00
|
164,3
|
1,91
|
Quillaja
brasiliensis
|
0,0
|
0,00
|
142,9
|
4,09
|
7,1
|
0,30
|
150,0
|
1,74
|
Myrsine
umbellata
|
42,9
|
1,57
|
59,9
|
1,71
|
47,1
|
1,97
|
149,9
|
1,74
|
Guettarda
uruguensis
|
142,9
|
5,23
|
0,0
|
0,00
|
1,4
|
0,06
|
144,3
|
1,67
|
Sorocea
bonplandii
|
107,1
|
3,92
|
22,1
|
0,63
|
15,0
|
0,63
|
144,2
|
1,67
|
Sub-total
|
2143,7
|
78,48
|
2767,9
|
79,23
|
1541,2
|
64,43
|
6452,8
|
74,88
|
Restantes
|
587,7
|
21,52
|
725,7
|
20,77
|
850,9
|
35,57
|
2164,3
|
25,12
|
TOTAL
|
2731,4
|
100,0
|
3493,6
|
100,0
|
2392,1
|
100,0
|
8617,1
|
100,0
|
l)
Análise estatística
A partir das 14 unidades amostrais
levantadas nos estágios médio e avançado das
Formações Pioneiras, resultaram os seguintes estimadores
para o volume comercial com casca:
-
Média aritmética: = 166,39 m³/ha
Variância:
= 2.049,37 (m³/ha)²
- Desvio
padrão: = 45,27 m³/ha
- Coeficiente
de variação: = 27,21%
- Variância
da média: = 157,75 (m³/ha)²
- Erro
padrão: = ± 12,56 m³/ha
- Erro
de amostragem
a) Erro
absoluto: - = ± 24,88 m³/ha
b) Erro
relativo: - = ± 14,95%
- Intervalo
de confiança para a média
IC [141,52 m³/ha
£ x £
191,26 m³/ha] = 95%
- Total
da população =
24.759.498 m³
- Intervalo
de confiança para o total
IC [21.058.742
m³ £ X £
28.460.253 m³] = 95%
Estágio Sucessional Inicial
a)
Composição Florística
Foram encontradas 12 espécies pertencentes a 10 famílias
botânicas.
O
Índice de Diversidade de Shannon foi de 0,8056. As famílias
Myrtaceae e Sapindaceae, com 2 espécies foram
as mais representativas desses Estágios Iniciais, seguidas
de: Mimosaceae, Myrsinaceae, Euphorbiaceae, Symplocaceae, Verbenaceae,
Rutaceae, Asteraceae e Rhamnaceae, todas representadas por uma
única espécie.
b)
Parâmetros dendrométricos
O diâmetro
médio dos estágios iniciais foi de 3,51 cm, variando
entre 2,76 cm (Parcela 2018) e 4,21 cm (Parcela 2002); o diâmetro
mínimo foi de 1,59 cm e o máximo foi de 10,19 cm;
o coeficiente de variação médio dos diâmetros
foi de 30,36%, variando entre 26,13% (Parcela 2005) e 34,07% (Parcela
2018).
A
altura total média dos estágios iniciais foi de 4,73
m, variando entre 3,91 m (Parcela 2018) e 5,18 m (Parcela 2002);
a altura total mínima medida foi de 1,50 m e a máxima
foi 10,80 m; o coeficiente de variação médio
da altura total foi de 20,53%, variando entre 11,43% (Parcela 2005)
e 27,97% (Parcela 2002). O número médio de indivíduos
nos estágios iniciais, considerando todos os indivíduos
com CAP ³ 3,0 cm, resultou 10.375,0
indivíduos/ha, variando entre 3.100 indivíduos/ha
(Parcela 2005) e 27.200 indivíduos/ha (Parcela 2018). A área
basal média dos estágios iniciais resultou em 8,07
m²/ha, variando entre 3,0101 m²/ha (Parcela 2005) e 16,2855 m²/ha
(Parcela 2018).
O
Índice de Diversidade de Shannon foi de 0,8056, variando
entre 0,5940 (Parcelas 2002) e 1,1935 (Parcela 2013).
c)
Distribuição de freqüências Foram encontrados
10.375,0 indivíduos por hectare nos Estágios Iniciais
de Sucessão, sendo 1.500,0 menores que 3 m de altura, 8.375,0
entre 3 e 6 m de altura e 500,0 maiores que 6 m de altura, conforme
Tabela abaixo.
Espécies |
Altura
< 3 m |
Altura
3-6 m |
Altura
> 6 m |
Total |
No
|
%
|
No
|
%
|
No
|
%
|
No
|
%
|
Dodonaea
viscosa
|
250,0
|
16,67
|
5300,0
|
63,28
|
50,0
|
10,00
|
5600,0
|
53,98
|
Baccharis
semiserrata
|
500,0
|
33,33
|
750,0
|
8,96
|
0,0
|
0,00
|
1250,0
|
12,05
|
Sebastiania
commersoniana
|
250,0
|
16,67
|
600,0
|
7,16
|
250,0
|
50,00
|
1100,0
|
10,60
|
Hovenia
dulcis
|
0,0
|
0,00
|
500,0
|
5,97
|
100,0
|
20,00
|
600,0
|
5,78
|
Vitex
megapotamica
|
0,0
|
0,00
|
550,0
|
6,57
|
0,0
|
0,00
|
550,0
|
5,30
|
Campomanesia
rhombea
|
250,0
|
16,67
|
0,0
|
0,00
|
0,0
|
0,00
|
250,0
|
2,41
|
Matayba
elaeagnoides
|
0,0
|
0,00
|
250,0
|
2,99
|
0,0
|
0,00
|
250,0
|
2,41
|
Myrceugenia
oxysepala
|
250,0
|
16,67
|
0,0
|
0,00
|
0,0
|
0,00
|
250,0
|
2,41
|
Symplocos
uniflora
|
0,0
|
0,00
|
250,0
|
2,99
|
0,0
|
0,00
|
250,0
|
2,41
|
Mimosa
bimucronata
|
0,0
|
0,00
|
150,0
|
1,79
|
25,0
|
5,00
|
175,0
|
1,69
|
Zanthoxylum
fagara
|
0,0
|
0,00
|
0,0
|
0,00
|
75,0
|
15,00
|
75,0
|
0,72
|
Myrsine
lorentziana
|
0,0
|
0,00
|
25,0
|
0,30
|
0,0
|
0,00
|
25,0
|
0,24
|
Sub-total
|
1500,0
|
100,00
|
8375,0
|
100,00
|
500,0
|
100,00
|
10375,0
|
100,00
|
Restantes
|
0,0
|
0,00
|
0,0
|
0,00
|
0,0
|
0,00
|
0,0
|
0,00
|
TOTAL
|
1500,0
|
100,0
|
8375,0
|
100,0
|
500,0
|
100,0
|
10375,0
|
100,0
|
As 12 espécies
amostradas nos estágios iniciais das florestas das Áreas
de Formações Pioneiras, contribuiram com 10.375,0
indivíduos por hectare, sendo 1.500,0 indivíduos com
alturas menores que 3 m, 8.375,0 entre 3 e 6 m, e 500,0 indivíduos
com altura maior do que 6 m.
As 5 espécies
mais abundantes nos estágios iniciais deste tipo fitogeográfico
foram: Dodonaea viscosa, Baccharis semiserrata, Sebastiania commersoniana,
Hovenia dulcis e Vitex megapotamica, as quais contribuiram
com 82,72% dos indivíduos.
Observou-se
nos estágios iniciais desta região, uma grande ocorrência
de Hovenia dulcis, com 600,0 indivíduos/ha ou 5,78%
do total.
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Parque do Espinilho
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